Modelo de Ação de Rescisão Contratual com Pedido de Devolução de Valores e Reintegração de Posse de Bem Móvel

Publicado em: 11/02/2024 Civel
Petição inicial pleiteando a rescisão de contrato de compra e venda de bem móvel, com devolução dos valores pagos, reintegração de posse do bem esbulhado ou indenização equivalente, além de pedido de danos morais. Fundamentada no CPC/2015, art. 560, no CCB/2002, art. 475, e no Código de Defesa do Consumidor, art. 6º, IV. Inclui pedidos de citação do réu, pagamento de juros, correção monetária e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCAL]

[Nome da Parte], por meio de seu advogado, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C PEDIDO DE DEVOLUÇÃO DE VALORES E REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Em face de [Nome da Parte Ré], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

Nos termos do CPC/2015, art. 319, a parte Autora apresenta os seguintes elementos obrigatórios:

  • Juízo a que é dirigida: Vara Cível da Comarca de [Local].
  • Qualificação das partes: [Nome completo da parte autora], [estado civil], [profissão], inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], e-mail: [e-mail].
  • Parte Ré: [Nome completo da parte ré], [estado civil], [profissão], inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], e-mail: [e-mail].
  • Valor da causa: R$ [valor].

DOS FATOS

A parte Autora adquiriu da parte Ré um bem móvel, descrito como [descrição do bem], mediante contrato de compra e venda firmado em [data]. O pagamento foi ajustado em [detalhes do pagamento], tendo a parte Autora quitado até o momento o valor de R$ [valor quitado].

Contudo, a parte Ré, de forma arbitrária e sem qualquer respaldo legal, esbulhou a posse do bem móvel em [data], retirando-o da posse da parte Autora. Tal conduta configura grave violação contratual e afronta ao direito de propriedade, garantido pela CF/88, art. 5º, XXII.

Diante do ocorrido, a parte Autora busca a rescisão do contrato, com a devolução dos valores pagos, bem como a reintegração de posse do bem ou, alternativamente, a indenização correspondente.

DO DIREITO

A conduta da parte Ré caracteriza esbulho possessório, conforme definido no CPC/2015, art. 560, que prevê a proteção possessória contra atos de turbação ou esbulho. Além disso, a rescisão contratual é amparada pelo CCB/2002, art. 475, que dispõe sobre a possibilidade de resolução do contrato em caso de inadimplemento de uma das partes.

O Código de Defesa "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Processo nº: [Número do Processo]

VOTO

Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com pedido de devolução de valores e reintegração de posse, proposta pela parte Autora em face da parte Ré. A controvérsia reside na alegação de esbulho possessório do bem móvel adquirido, bem como no descumprimento contratual por parte da Ré.

Inicialmente, verifica-se que as condições da ação estão presentes, não havendo óbices processuais para o julgamento do mérito, em atenção ao art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que assegura a fundamentação de todas as decisões judiciais.

Análise dos Fatos e do Direito

A parte Autora alega que adquiriu o bem móvel descrito como [descrição do bem], mediante contrato de compra e venda firmado em [data], tendo quitado até o momento o valor de R$ [valor quitado]. Contudo, afirma que a parte Ré, de maneira arbitrária, esbulhou a posse do bem em [data], retirando-o de sua posse sem qualquer respaldo legal.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXII, garante o direito de propriedade, o que torna ilegítima qualquer conduta que viole este preceito constitucional. Ademais, o Código de Processo Civil (CPC/2015), em seu artigo 560, assegura proteção possessória contra atos de esbulho.

No que tange à rescisão contratual, o Código Civil Brasileiro (CCB/2002), no artigo 475, é claro ao dispor sobre a possibilidade de resolução do contrato em caso de inadimplemento de uma das partes. A devolução dos valores pagos, por sua vez, encontra amparo no princípio do "status quo ante", amplamente reconhecido na doutrina e na jurisprudência pátria.

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 6º, inciso IV, prevê a reparação de danos patrimoniais e morais decorrentes de práticas abusivas, sendo plenamente aplicável ao caso concreto, dada a relação de consumo existente entre as partes.

Fundamentos Legais e Jurisprudenciais

A jurisprudência tem reiteradamente reconhecido a possibilidade de rescisão contratual com devolução dos valores pagos e aplicação do princípio do "status quo ante". Cito, a título de exemplo:

  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A rescisão do contrato acarreta a reposição das partes ao 'status quo ante', admitida a retenção de 20% do que foi efetivamente pago para compensar os prejuízos decorrentes do desfazimento do negócio."
  • TJSP (28ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Rescisão dos contratos com o retorno das partes ao 'status quo ante'. Dano moral. Ocorrência. Ré que prestou serviço defeituoso. Excessiva demora na entrega dos bens."

Diante do exposto, resta evidente a procedência do pedido da parte Autora, que busca a rescisão contratual, a devolução dos valores pagos e a reintegração de posse do bem móvel.

Conclusão

Ante o exposto, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente o pedido para declarar a rescisão do contrato de compra e venda firmado entre as partes;
  2. Determinar a devolução integral dos valores pagos pela parte Autora, no montante de R$ [valor quitado], corrigidos monetariamente desde o desembolso e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês a partir da citação;
  3. Deferir a reintegração de posse do bem móvel à parte Autora ou, alternativamente, o pagamento de indenização correspondente ao valor de mercado do bem;
  4. Condenar a parte Ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ [valor], corrigido monetariamente;
  5. Condenar a parte Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 20% sobre o valor da condenação.

É como voto.

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito

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