Modelo de Ação de Tutela de Urgência com Pedido de Nulidade de Transferência Financeira e Anulação de Alienação de Bens do Espólio

Publicado em: 30/11/2024 CivelProcesso Civil Sucessão
Ação judicial proposta por herdeira contra outros dois herdeiros, pleiteando tutela de urgência para impedir alienação de bens do espólio e a declaração de nulidade de transferência financeira e venda de bens sem consentimento. Fundamentada nos princípios da boa-fé objetiva, igualdade entre herdeiros e vedação ao enriquecimento ilícito, a ação aborda coação, má-fé e busca a restituição de valores ao espólio, além de indenização por danos morais. Inclui jurisprudências relevantes e pedidos de produção de provas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição com pedido de tutela de urgência

PREÂMBULO

Nome da autora: M. J. dos S., brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Nome do réu: J. F. dos S., brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Nome da ré: M. F. dos S., brasileira, viúva, profissão, portadora do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Valor da causa: R$ 100.000,00 (cem mil reais).

DOS FATOS

A autora, ora requerente, é filha do falecido A. J. dos S., que veio a óbito em 25/09/2024, deixando como herança seis imóveis e uma aplicação financeira no valor de R$ 100.000,00. Contudo, a requerente tomou conhecimento de que seu irmão, J. F. dos S., transferiu indevidamente o valor da aplicação para sua conta pessoal enquanto o genitor estava hospitalizado em estado grave.

Além disso, no dia 28/11/2024, a autora foi surpreendida por seu irmão e sua mãe, que a coagiram a entregar seus documentos para formalizar a escritura de venda de um dos imóveis pertencentes ao espólio, sem sua anuência. Tal atitude foi tomada para atender aos interesses exclusivos do irmão, que vive de forma ostentatória, viajando ao exterior, sem nunca ter trabalhado.

A autora, ao se recusar a concordar com a venda, foi ameaçada e coagida a "reembolsar" o valor correspondente ao imóvel com recursos próprios, o que demonstra evidente abuso de direito e má-fé por parte dos réus.

DO DIREITO

A conduta dos réus viola frontalmente os princípios da boa-fé objetiva e da igualdade entre os herdeiros, previstos no CCB/2002, art. 1.829 e no CF/88, art. 5º, caput. A partilha de bens deve ser realizada de forma justa, respeitando os direitos de todos os herdeiros, sem que um deles seja prejudicado ou coagido.

A transferência indevida do valor da aplicação financeira configura enriquecimento ilícito, vedado pelo CCB/2002, art. 884. Ademais, a venda de imóvel pertencente ao espólio sem a anuência de todos os herdeiros é nula, conforme o CCB/2002, art. 1.793, §1º, que exige o consentimento de todos para a alienação de bens indivisíveis.

A coação exercida pelos réus caracteriza vício de consentimento, nos termos do CCB/2002, art. 151, sen"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos Principais

A autora, M. J. dos S., filha do falecido A. J. dos S., relata que, após o falecimento de seu pai em 25/09/2024, descobriu que seu irmão, J. F. dos S., transferiu indevidamente R$ 100.000,00 (valor oriundo de uma aplicação financeira pertencente ao espólio) para sua conta pessoal. Essa transferência ocorreu enquanto o genitor estava hospitalizado em estado grave.

Posteriormente, em 28/11/2024, a autora foi coagida por seu irmão e sua mãe, M. F. dos S., a entregar documentos para formalizar a venda de um dos imóveis do espólio. Tal venda, no entanto, visava atender exclusivamente aos interesses do irmão, que, segundo a autora, vive de forma ostentatória sem nunca ter trabalhado. Diante da recusa da autora em anuir com a venda, ela foi ameaçada e coagida a "reembolsar" o valor do imóvel, demonstrando abuso de direito e má-fé por parte dos réus.

Fundamentos Jurídicos

A conduta dos réus viola os princípios da boa-fé objetiva e da igualdade entre os herdeiros, conforme os arts. 1.829 do Código Civil (CCB/2002) e 5º da Constituição Federal (CF/88). A partilha de bens deve ser realizada de forma justa, respeitando os direitos de todos os herdeiros.

A transferência do valor da aplicação financeira configura enriquecimento ilícito, vedado pelo art. 884 do CCB/2002. Além disso, a venda de qualquer imóvel pertencente ao espólio sem a anuência de todos os herdeiros é nula, conforme o art. 1.793, §1º do CCB/2002.

A coação sofrida pela autora caracteriza vício de consentimento nos termos do art. 151 do CCB/2002, sendo passível de anulação qualquer ato jurídico praticado sob essas condições. Doutrinadores como Maria Helena Diniz e Silvio Rodrigues ressaltam que a igualdade entre herdeiros e a liberdade de manifestação de vontade são princípios fundamentais no direito sucessório e nos negócios jurídicos.

Jurisprudências Relevantes

  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1005354-03.2019.8.26.0073: "Reconhecimento da autora como herdeira necessária. Má-fé comprovada. Partilha extrajudicial anulada e refeita respeitando o direito sucessório."
  • TJSP (22ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1001949-45.2024.8.26.0020: "Decisão modificada para permitir o prosseguimento da ação, reconhecendo a necessidade de análise do mérito em casos de nulidade de negócio jurídico."
  • TJSP (5ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1000728-14.2021.8.26.0414: "Escritura pública de compra e venda sem consentimento de todos os herdeiros é nula, sendo imprescindível o respeito aos direitos sucessórios."

Pedidos

A autora pleiteia:

  1. A concessão de tutela de urgência para impedir qualquer alienação dos bens do espólio até a conclusão do inventário.
  2. A declaração de nulidade da transferência de R$ 100.000,00 feita pelo réu J. F. dos S. para sua conta pessoal, com restituição ao espólio.
  3. A anulação de qualquer venda ou alienação de bens do espólio realizada sem a anuência da autora.
  4. A condenação dos réus ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00, devido à coação sofrida.
  5. A citação dos réus para apresentarem contestação no prazo legal.
  6. A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental e testemunhal.
  7. A procedência integral da ação, com a condenação dos réus ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

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