Modelo de Ação de Usucapião Familiar com Base no Art. 1.240-A do Código Civil: Reconhecimento de Propriedade por Abandono de Lar

Publicado em: 30/11/2024 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Petição inicial de Ação de Usucapião Familiar proposta por Fulano de Tal contra Maria de Tal, fundamentada no art. 1.240-A do Código Civil, objetivando o reconhecimento da propriedade de imóvel urbano com área inferior a 250m² após abandono voluntário do lar conjugal pela Requerida. O documento apresenta os fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudências pertinentes e os pedidos, incluindo citação por edital, expedição de mandado de registro e condenação em custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº __________ e inscrito no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.240-A do Código Civil (CCB/2002, art. 1.240-A), propor a presente:

AÇÃO DE USUCAPIÃO FAMILIAR

Em face de MARIA DE TAL, brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF/MF sob o nº __________, atualmente em local incerto e não sabido, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente conviveu em união estável com a Requerida por aproximadamente ___ anos, período em que ambos residiram no imóvel situado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, com área total de ___ m².

Contudo, há cerca de 4 (quatro) anos, a Requerida abandonou voluntariamente o lar conjugal, deixando o imóvel sem qualquer justificativa ou intenção de retorno. Desde então, o Requerente permaneceu no imóvel, exercendo a posse de forma mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini, arcando exclusivamente com todas as despesas relacionadas à manutenção e conservação do bem.

O imóvel em questão é o único de propriedade do Requerente, que não foi beneficiado por outra usucapião familiar anteriormente. Ademais, a área do imóvel é inferior a 250m², atendendo aos requisitos legais para a presente modalidade de usucapião.

DO DIREITO

A presente ação encontra fundamento no art. 1.240-A do Código Civil (CCB/2002, art. 1.240-A), que dispõe sobre a usucapião familiar. Para que seja reconhecido o direito à propriedade, é necessário comprovar os seguintes requisitos:

  • Abandono do lar pelo cônjuge ou companheiro;
  • Exercício de posse direta, mansa, pacífica e ininterrupta pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos;
  • Imóvel com área de até 250m²;
  • Posse exercida por quem não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
  • Não ter sido beneficiado pela mesma norma em outra relação.

No caso em tela, todos os requisitos foram devidamente preenchidos. A Requerida abandonou o lar há mais de 4 (quatro) anos, conforme será demonstrado por meio de provas documentais e testemunhais. Desde então, o Requerente exerce a posse do imóvel com exclusividade, sem qualquer oposição ou intervenção da Requerida.

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Dos Fatos

O Requerente, Fulano de Tal, conviveu em união estável com Maria de Tal por aproximadamente ___ anos. Durante esse período, ambos residiram em um imóvel localizado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, com área total de ___ m².

Há cerca de 4 (quatro) anos, Maria de Tal abandonou voluntariamente o lar conjugal, sem apresentar justificativa ou qualquer intenção de retorno. Desde então, Fulano de Tal permaneceu no imóvel, exercendo a posse de forma mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini, assumindo integralmente as despesas de manutenção e conservação da propriedade.

O imóvel em questão é o único de propriedade de Fulano de Tal, que também não foi beneficiado por outra usucapião familiar anteriormente. O imóvel atende ao requisito legal de ter área inferior a 250m², conforme exigido pela legislação aplicável.

2. Do Direito

A presente ação de usucapião familiar tem fundamento no art. 1.240-A do Código Civil (CCB/2002), que estabelece os seguintes requisitos para o reconhecimento do direito à propriedade do imóvel:

  • Abandono do lar pelo cônjuge ou companheiro;
  • Exercício de posse direta, mansa, pacífica e ininterrupta por, no mínimo, 2 (dois) anos;
  • Imóvel com área de até 250m²;
  • O possuidor não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
  • O possuidor não pode ter sido beneficiado pela mesma norma em outra relação.

No caso em questão, todos os requisitos foram preenchidos. Ficou demonstrado que Maria de Tal abandonou o lar há mais de 4 (quatro) anos, conforme será comprovado por meio de documentos e testemunhas. Desde então, Fulano de Tal exerce posse exclusiva do imóvel, sem qualquer oposição ou interferência da ex-companheira.

O abandono do lar, para fins de usucapião familiar, é interpretado como a ausência voluntária e definitiva de um cônjuge ou companheiro, acompanhada da renúncia à responsabilidade pela tutela da família, conforme estabelecido pelo Enunciado 595 da VII Jornada de Direito Civil.

Além disso, Fulano de Tal não possui outro imóvel e nunca foi beneficiado por usucapião familiar anteriormente, o que reforça a legitimidade de sua pretensão.

3. Jurisprudências

A jurisprudência brasileira tem reconhecido o direito à usucapião familiar em casos semelhantes. Alguns precedentes relevantes incluem:

  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel. Des. Enio Zuliani: "Reconhecimento de usucapião familiar em imóvel utilizado exclusivamente pelo varão após abandono voluntário e irreversível do lar pela mulher."
  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel. Des. Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho: "Procedência do pedido de usucapião familiar em razão da ausência de oposição quanto ao uso exclusivo do imóvel pelo ex-cônjuge."
  • TJSP (1ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel. Des. Mônica de Carvalho: "Comprovação do abandono do lar e posse mansa e pacífica por mais de dois anos são suficientes para a procedência da usucapião familiar."

4. Conclusão

A narrativa demonstrou que Fulano de Tal preenche todos os requisitos legais para o reconhecimento da usucapião familiar, conforme disposto no art. 1.240-A do Código Civil. O abandono voluntário e definitivo do lar por Maria de Tal, aliado à posse exclusiva, mansa e pacífica exercida por Fulano de Tal, confere a ele o direito de propriedade sobre o imóvel onde reside.

A concessão do pedido é respaldada tanto pela legislação quanto pela jurisprudência consolidada, que reconhecem a importância de proteger o direito à moradia e a estabilidade patrimonial em situações como a descrita.


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