Modelo de Ação Declaratória de Direito Real de Habitação por Cônjuge Sobrevivente com Pedido de Antecipação de Tutela

Publicado em: 11/06/2024 Familia
A presente ação declaratória busca assegurar o direito real de habitação da autora, cônjuge sobrevivente, sobre o imóvel em que residia com o falecido companheiro, com base no art. 7º da Lei 9.278/1996 e no art. 1.831 do Código Civil. A autora requer tutela antecipada para garantir a permanência no imóvel, em respeito aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do direito à moradia, destacando a vulnerabilidade da autora e a inexistência de outra moradia. O documento também fundamenta o pedido com jurisprudências do STJ e solicita a citação dos herdeiros, produção de provas e audiência de conciliação.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE DIREITO REAL DE HABITAÇÃO POR CÔNJUGE SOBREVIVENTE C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA JURISDICIONAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________

Nome da autora: M. F. de S. L., brasileira, viúva, do lar, portadora do RG nº __________ e do CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Nome dos réus: F. S. de S., brasileiro, maior, profissão __________, portador do RG nº __________ e do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________; e demais herdeiros, qualificados nos autos.

Por intermédio de sua procuradora infra-assinada, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE DIREITO REAL DE HABITAÇÃO POR CÔNJUGE SOBREVIVENTE C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA JURISDICIONAL

Com fundamento no art. 7º da Lei 9.278/1996, art. 1.831 do CCB/2002, art. 300 do CPC/2015, e demais dispositivos legais aplicáveis, em face dos herdeiros do falecido companheiro, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo assegurar o direito real de habitação da autora, companheira supérstite, sobre o imóvel em que residia com o falecido, garantindo-lhe a permanência no local, em respeito aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e do direito à moradia (CF/88, art. 6º).

DOS FATOS

A autora manteve união estável com o falecido, Sr. J. A. de S., por mais de 20 anos, período em que residiram no imóvel localizado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, que servia como moradia familiar.

O falecido deixou filhos maiores de idade, que não residiam no imóvel, e a autora, que não possui outro local para morar, encontra-se em situação de vulnerabilidade, necessitando da proteção jurisdicional para assegurar o direito de permanecer no imóvel.

DO DIREITO

O direito real de habitação é assegurado ao companheiro sobrevivente pela Lei 9.278/1996, art. 7º, e pelo CCB/2002, art. 1.831, sendo um direito vitalício e personalíssimo, que visa garantir a moradia digna ao cônjuge ou companheiro supérstite.

Conforme entendimento consolidado pelo STJ, o direito real de habitação aplica-se ao companheiro sobrevivente, mesmo na ausência de descendentes comuns, em respeito ao princípio da especialidade e à dignidade da pessoa humana.

...

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Voto do Magistrado

1. Relatório

Trata-se de ação declaratória de direito real de habitação c/c antecipação de tutela jurisdicional, ajuizada por M. F. de S. L., companheira sobrevivente, com fundamento no art. 7º da Lei 9.278/1996 e no art. 1.831 do Código Civil. A autora busca reconhecimento de seu direito vitalício de habitação no imóvel em que residia com o falecido companheiro, Sr. J. A. de S., invocando os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e do direito à moradia (CF/88, art. 6º).

A autora fundamenta seu pedido na vulnerabilidade em que se encontra, dada a ausência de outro local para residir, e no respaldo legal e jurisprudencial que assegura o direito real de habitação ao cônjuge ou companheiro supérstite.

Os réus, herdeiros do falecido, foram devidamente citados, e apresentaram contestação, alegando que o imóvel integra o inventário e deve ser partilhado entre todos os herdeiros.

2. Fundamentação

O direito real de habitação está expressamente previsto no art. 1.831 do Código Civil e no art. 7º da Lei 9.278/1996, consistindo em um direito personalíssimo, vitalício e gratuito, concedido ao cônjuge ou companheiro sobrevivente sobre o imóvel que servia como residência familiar.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 1º, III, consagra a dignidade da pessoa humana como fundamento do Estado Democrático de Direito, e no art. 6º elenca a moradia como direito social. Neste contexto, o direito real de habitação assegura a proteção do núcleo familiar e a garantia de condições dignas de existência ao cônjuge ou companheiro supérstite.

Ademais, a jurisprudência pátria, em especial os precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reconhece que o direito real de habitação se estende ao companheiro sobrevivente, independentemente da existência de descendentes comuns, conforme destacado no REsp Acórdão/STJ e no REsp Acórdão/STJ.

Considerando os fatos narrados, a probabilidade do direito da autora está devidamente demonstrada, haja vista o tempo de convivência com o falecido e o fato de o imóvel em questão ter servido como residência familiar. O perigo de dano irreparável também está presente, pois a privação do imóvel colocaria a autora em grave situação de vulnerabilidade social.

Portanto, há fundamento jurídico e probatório suficiente para o reconhecimento do direito real de habitação da autora, nos termos do art. 300 do CPC/2015, que trata da concessão de tutela provisória com base na probabilidade do direito e no perigo de dano.

3. Dispositivo

Ante o exposto, com base na Constituição Federal de 1988 (art. 1º, III, e art. 6º), no art. 7º da Lei 9.278/1996, no art. 1.831 do Código Civil e no art. 300 do CPC/2015, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente o pedido da autora, declarando o direito real de habitação sobre o imóvel localizado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, em caráter vitalício;
  2. Conceder a tutela antecipada para assegurar à autora o direito de permanecer no imóvel até o trânsito em julgado da presente decisão;
  3. Condenar os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, § 2º, do CPC/2015.

É como voto.

Local e data.

__________________________________________

Juiz(a) de Direito


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