Modelo de Ação Declaratória de Fraude Processual em Caso de União Estável com Pedido de Reconhecimento de Litigância de Má-Fé

Publicado em: 20/01/2025 CivelProcesso Civil Familia
Petição inicial de Ação Declaratória de Fraude Processual proposta por advogado em face de ex-companheira, envolvendo questões de união estável e apresentação de documentos falsificados em ação de alimentos. O documento detalha os fatos que configuram fraude processual, fundamentação jurídica baseada no CPC/2015 e Constituição Federal, jurisprudências aplicáveis e pedidos como multa por litigância de má-fé, nulidade de atos processuais contaminados, indenização por danos morais e produção de provas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/___ sob o nº ___, portador do CPF nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 319 e 330 do CPC/2015, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE FRAUDE PROCESSUAL

em face de M. F. de S. L., brasileira, solteira, empresária, portadora do CPF nº ___, residente e domiciliada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS

O autor e a ré mantiveram união estável por aproximadamente 10 anos, da qual resultaram dois filhos menores. Após o término da relação, foi ajuizada ação de alimentos pela ré, na qual foram apresentados documentos que, posteriormente, revelaram-se falsificados, com o intuito de induzir o juízo a erro e obter vantagem indevida.

Durante o curso do processo, constatou-se que a ré alterou a verdade dos fatos ao apresentar recibos de despesas escolares inexistentes e contratos de locação adulterados, configurando, assim, a prática de fraude processual, nos termos do CPC/2015, art. 80, II e III.

DO DIREITO

A fraude processual é vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro, sendo considerada ato atentatório à dignidade da justiça, conforme disposto no CPC/2015, art. 139, III, que impõe ao magistrado o dever de prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.

No caso em tela, a conduta da ré enquadra-se no conceito de litigância de má-fé, conforme previsto no CPC/2015, art. 80, II e III, uma vez que alterou a verdade dos fatos e utilizou-se do processo para obter vantagem ilícita. Tal prática não apenas compromete a lisura do processo, mas também viola os princípios da boa-fé processual e da lealdade, previstos no CPC/2015, art. 5º.

Doutrinariamente, ensina Fredie Didier Jr. que \"a boa-fé processual impõe às partes o dever de agir com lealdade e probidade, sendo vedado o uso do processo como instrumento de fraude ou abuso de direito\". Essa lição reforça a necessidade de condenação da ré pela prática de fraude processual.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXXV, assegura o direito de acesso à justiça, o qual deve ser exer"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Fraude Processual proposta por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., tendo como objeto o reconhecimento de suposta fraude processual praticada pela ré. Os fatos narrados indicam que, no curso de ação de alimentos, foram apresentados documentos falsificados com o intuito de induzir o juízo a erro, violando os princípios da boa-fé processual e da lealdade.

As partes foram regularmente citadas e apresentaram suas manifestações. Passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e da Configuração da Fraude Processual

Conforme narrado nos autos, a ré apresentara documentos falsificados, como recibos de despesas escolares inexistentes e contratos de locação adulterados, com o propósito de obter vantagem indevida na ação de alimentos. Tal conduta, se comprovada, configura ato atentatório à dignidade da justiça e litigância de má-fé, nos moldes do Código de Processo Civil de 2015, art. 80, incisos II e III.

A prática de fraude processual é vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro, conforme dispõe o art. 139, III, do CPC/2015, que impõe ao magistrado o dever de prevenir e reprimir atos contrários à dignidade da justiça.

2. Da Violação aos Princípios Constitucionais

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXXV, estabelece que \"a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito\", assegurando o acesso à justiça. Contudo, tal prerrogativa deve ser exercida com ética e responsabilidade, sendo vedados abusos ou fraudes que comprometam a função jurisdicional.

A conduta descrita nos autos viola o princípio da boa-fé processual, conforme previsto no art. 5º do CPC/2015, e coloca em risco a credibilidade do Poder Judiciário, uma vez que se utilizou do processo como instrumento de fraude.

3. Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência pátria tem reiteradamente reconhecido a necessidade de coibir práticas fraudulentas, conforme os seguintes precedentes:

  • TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Mairiporã: \"Incumbe ao juiz prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias, consubstanciando medida imprescindível para prevenir fraudes na propositura de ações judiciais.\" (J. em 24/10/2024)
  • TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Aguaí: \"Sérios indícios de abuso do direito de litigar consubstanciam advocacia predatória, justificando a adoção de medidas para prevenir fraudes processuais.\" (J. em 09/10/2024)

4. Da Aplicação das Sanções

Nos termos do art. 81 do CPC/2015, a prática de litigância de má-fé sujeita a parte às sanções correspondentes, incluindo multa e indenização por danos processuais. Ademais, os atos processuais contaminados pela fraude devem ser declarados nulos, resguardando-se a integridade do processo judicial.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal e nos arts. 80, II e III, 81 e 139, III, do Código de Processo Civil de 2015, voto pela procedência do pedido para:

  1. Reconhecer a prática de fraude processual pela ré;
  2. Condenar a ré ao pagamento de multa por litigância de má-fé, no percentual de 10% sobre o valor atualizado da causa;
  3. Declarar a nulidade dos atos processuais contaminados pela fraude;
  4. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
  5. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação.

É como voto.

Local e data.

_______________________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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