Modelo de Ação de Reconhecimento de União Estável: Pedido de Reconhecimento Judicial e Partilha de Bens com Base nos Artigos 1.723 e 1.725 do Código Civil

Publicado em: 02/06/2023 Familia
A presente ação tem como objetivo o reconhecimento judicial de uma união estável entre as partes, com base no artigo 1.723 do Código Civil, que define a relação como pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituição de família. O documento apresenta os fatos que comprovam a convivência, os fundamentos jurídicos que sustentam o pedido, bem como jurisprudências relevantes que reforçam a tese de proteção à união estável como entidade familiar. Entre os pedidos estão o reconhecimento da união estável no período determinado, a aplicação do regime de comunhão parcial de bens e a condenação do réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.

Nome completo do(a) autor(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado(a) à __________, endereço eletrônico __________, vem, por meio de seu advogado, com endereço profissional à __________, endereço eletrônico __________, propor a presente:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL

Em face de Nome completo do(a) réu(ré), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado(a) à __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O(a) autor(a) e o(a) réu(ré) mantiveram uma convivência pública, contínua, duradoura e com o objetivo de constituição de família, nos termos do art. 1.723 do Código Civil. Tal convivência teve início em __________ e perdurou até __________.

Durante o período de convivência, o casal compartilhou o mesmo domicílio, dividiu despesas e responsabilidades, e apresentou-se socialmente como uma unidade familiar. Diversos documentos e testemunhos comprovam a existência da união estável, como __________ (listar documentos e provas).

Apesar da evidente configuração da união estável, o(a) réu(ré) se recusa a reconhecer formalmente tal relação, o que motivou a presente demanda judicial.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, garantindo sua proteção pelo Estado. O Código Civil de 2002, em seu art. 1.723, define a união estável como a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituição de família.

O reconhecimento da união estável é essencial para assegurar os direitos decorrentes dessa relação, como a partilha de bens adquiridos durante a convivência, conforme o regime de comunhão parcial de bens previsto no art. 1.725 do Código Civil.

Além disso, o CPC/2015, art. 319, estabelece os requisitos para a propositura da presente ação, os quais foram devidamente observados.

Doutrinariamente, Maria Berenice Dias destaca que a união estável é uma forma de entidade familiar protegida pelo ordenamento jurídico, sendo desnecessária a formalização da relação para que seus efeitos sejam reconhecidos. Segundo a autora, "o que caracteriza a união estável é a convivência com aparência de casamento, sem a exigência de formalidades legais".

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Dos Fatos

O(a) autor(a) propôs uma ação de reconhecimento de união estável em face do(a) réu(ré), alegando que ambos mantiveram uma convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituição de família. A relação teve início em __________ e perdurou até __________.

Durante o período de convivência, o casal compartilhou o mesmo domicílio, dividiu despesas e responsabilidades e apresentou-se socialmente como uma unidade familiar. A existência da relação é corroborada por diversos documentos e testemunhos que comprovam a configuração da união estável, conforme disposto no art. 1.723 do Código Civil.

Apesar da convivência descrita, o(a) réu(ré) se recusa a reconhecer formalmente a união estável, o que motivou a presente demanda judicial. O(a) autor(a) busca o reconhecimento da relação para garantir os direitos patrimoniais decorrentes, como a partilha de bens adquiridos durante a convivência.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, no art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, assegurando sua proteção pelo Estado. O Código Civil, em seu art. 1.723, define a união estável como uma convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituição de família, independentemente de formalização.

O regime de bens aplicável à união estável é o de comunhão parcial de bens, conforme o art. 1.725 do Código Civil, que assegura a partilha dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência. A ausência de formalização não impede o reconhecimento da união estável ou dos direitos dela decorrentes.

Doutrinadores renomados, como Maria Berenice Dias e Pablo Stolze Gagliano, reforçam que a união estável é uma entidade familiar por si só, sendo irrelevante a ausência de registro formal para o reconhecimento de seus efeitos jurídicos. Ambos destacam que o afeto e a convivência contínua são os elementos essenciais para a configuração da relação.

O Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 319, disciplina os requisitos necessários para a propositura da presente ação, os quais foram devidamente observados pelo(a) autor(a).

Jurisprudências

A jurisprudência também reforça a proteção à união estável. Por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), no REsp 1.935.910-SP, reafirmou que a união estável é caracterizada pela convivência pública, contínua e com objetivo de constituição de família, sendo aplicável o regime de comunhão parcial de bens, mesmo na ausência de formalização.

Tribunais estaduais, como o TJSP (Apelação Cível Acórdão/TJSP), têm reiterado o reconhecimento da união estável com base em análise documental e testemunhal, garantindo a partilha de bens. No entanto, conforme a decisão no caso Acórdão/TJSP, a ausência de comprovação documental pode limitar os efeitos patrimoniais.

Conclusão

O(a) autor(a) busca o reconhecimento judicial da união estável que manteve com o(a) réu(ré), fundamentando-se nos artigos 1.723 e 1.725 do Código Civil e no art. 226, §3º, da Constituição Federal. A procedência da ação é essencial para assegurar os direitos patrimoniais decorrentes da relação, especialmente a partilha de bens adquiridos durante a convivência, nos termos do regime de comunhão parcial de bens.


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