Modelo de Ação Declaratória de Ineficácia de Ato Jurídico para Proteção de Direito de Propriedade em Imóvel Adquirido de Boa-Fé

Publicado em: 24/04/2024 Civel Direito Imobiliário
Petição inicial de Ação Declaratória de Ineficácia de Ato Jurídico, proposta por adquirente de imóvel de boa-fé que busca a proteção de seu direito de propriedade contra averbação de certidão premonitória promovida pela Requerida em execução judicial contra terceiro. Fundamentada no direito de propriedade (art. 5º, XXII, da CF/88), na boa-fé objetiva e nos dispositivos do CPC/2015 e CC/2002, a ação solicita tutela de urgência e a declaração de ineficácia da averbação em relação ao bem adquirido antes da constituição do crédito exequendo.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE PASSO FUNDO/RS

Processo nº 000002220228210001

PREÂMBULO

C. A. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Passo Fundo/RS, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEFICÁCIA DE ATO JURÍDICO

em face de ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Rua W, nº Z, Bairro Y, Erechim/RS, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente adquiriu, por meio de instrumento particular, um apartamento localizado na cidade de Passo Fundo/RS, matriculado sob o nº 001 no Registro de Imóveis competente. Desde então, passou a residir no imóvel, exercendo posse mansa, pacífica e de boa-fé.

Contudo, o vendedor, J. dos S., não procedeu à averbação da transferência do imóvel na matrícula, permanecendo como titular registral. Posteriormente, a empresa ALFA LTDA ajuizou ação de execução contra J. dos S., processo nº 000002220228210001, em trâmite na 4ª Vara Cível da Comarca de Erechim/RS, e promoveu a averbação de certidão premonitória nos termos do CPC/2015, art. 828, no Registro de Imóveis.

Tal situação coloca em risco o direito de propriedade do Requerente, que, embora tenha adquirido o imóvel de boa-fé e esteja na posse do bem, vê-se ameaçado pela constrição judicial promovida pela Requerida.

DO DIREITO

A presente demanda encontra fundamento no direito de propriedade, garantido pela CF/88, art. 5º, XXII, e na proteção à boa-fé objetiva, princípio basilar do ordenamento jurídico brasileiro. O Requerente, ao adquirir o imóvel e exercer sua posse de forma pacífica, adquiriu direitos que não podem ser prejudicados por atos de terceiros.

O CPC/2015, art. 828, que trata da averbação de certidão premonitória, não tem o condão de atingir direitos de terceiros de boa-fé que, como o Requerente, adquiriram o imóvel antes da constituição do crédito exequendo. O CC/2002, art. 1.245, §1º, estabelece que a transferência da propriedade se dá com o registro do título translativo, mas a jurisprudência reconhece a proteção à posse de boa-fé em casos como o presente.

Ademais, a boa-fé do Requerente é evidente, poi"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue a simulação do voto do magistrado, em formato HTML, com base no documento jurídico apresentado: Simulação de Voto do Magistrado

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Ineficácia de Ato Jurídico ajuizada por C. A. dos S. em face de ALFA LTDA., com o objetivo de declarar a ineficácia da averbação de certidão premonitória em relação ao imóvel adquirido pelo autor, alegando-se a posse de boa-fé e a proteção de seus direitos de propriedade.

O autor fundamenta seu pedido no direito de propriedade garantido pelo art. 5º, inciso XXII, da Constituição Federal de 1988, e na proteção à boa-fé objetiva, princípio basilar do ordenamento jurídico brasileiro. Argumenta que a averbação da certidão premonitória não pode atingir direitos de terceiros de boa-fé, especialmente quando adquiridos antes da constituição do crédito exequendo.

A requerida, ALFA LTDA., foi devidamente citada e apresentou contestação, defendendo a validade do ato jurídico e a eficácia da certidão premonitória no contexto da execução ajuizada contra J. dos S., anterior proprietário do imóvel.

Fundamentação

Conforme determina o art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões". Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos.

Inicialmente, cumpre reconhecer a relevância do direito de propriedade, garantido pelo art. 5º, inciso XXII, da Constituição Federal. O autor demonstrou, mediante contrato válido, a aquisição do imóvel antes da averbação da certidão premonitória promovida pela requerida. Tal fato é corroborado pelos documentos anexos, que demonstram a posse mansa, pacífica e de boa-fé do autor.

O art. 828 do Código de Processo Civil de 2015, que trata da averbação de certidão premonitória, não possui o condão de atingir direitos de terceiros adquirentes de boa-fé. Trata-se de mecanismo processual direcionado ao devedor, com o objetivo de resguardar o crédito exequendo, não podendo prejudicar terceiros que agiram de forma legítima. Nesse sentido, o art. 1.245, §1º, do Código Civil dispõe que a transferência da propriedade se dá com o registro do título translativo, mas a jurisprudência tem reconhecido a proteção à posse de boa-fé em situações como a dos autos.

A boa-fé do autor é notória, considerando que adquiriu o imóvel mediante contrato válido e anterior à averbação da certidão premonitória. Além disso, exerce posse legítima, conforme os requisitos do art. 561 do CPC/2015.

A jurisprudência também reforça o entendimento de que atos jurídicos que busquem atingir direitos de terceiros adquirentes de boa-fé devem ser declarados ineficazes. Decisões recentes, como a Apelação Cível nº Acórdão/TJSP, julgada pelo TJSP, destacam a proteção à posse de boa-fé e à segurança jurídica.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 5º, XXII, da Constituição Federal, no art. 828 do CPC/2015, e no art. 1.245, §1º, do Código Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por C. A. dos S. para declarar a INEFICÁCIA da averbação da certidão premonitória promovida pela requerida ALFA LTDA. em relação ao imóvel descrito na inicial.

Determino, ainda, a suspensão dos efeitos da referida averbação e a manutenção dos direitos de posse e propriedade do autor sobre o bem imóvel.

Condeno a requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Passo Fundo/RS, ___ de __________ de 2023.

_______________________________
Magistrado(a)

### Explicação: 1. Organização**: O texto foi dividido em seções claras utilizando `

` para títulos como "Relatório", "Fundamentação" e "Dispositivo". 2. Fundamentação Jurídica**: Baseou-se nos dispositivos constitucionais e legais apresentados no documento (CF/88, art. 5º, XXII; CPC/2015, art. 828; CC/2002, art. 1.245, §1º). 3. Decisão Final**: O voto foi formulado com base na fundamentação, dando procedência ao pedido do autor, conforme solicitado. 4. Estilo**: Utilizou-se uma estrutura HTML semântica e estilizada para leitura clara. Se precisar de ajustes ou especificações adicionais, estou à disposição!


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