Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito com Indenização por Danos Morais contra Instituição Bancária por Negativação Indevida

Publicado em: 01/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial que visa a declaração de inexigibilidade de débito gerado por cheques fraudulentos, atribuídos à autora por erro de instituição bancária, e a condenação do banco ao pagamento de indenização por danos morais devido à inscrição indevida da autora em cadastros de inadimplentes. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e jurisprudência pertinente, a ação destaca a falha na prestação de serviços e os prejuízos causados à consumidora.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

AUTORA: M. F. de S. L., brasileira, solteira, professora, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua [Endereço completo], e-mail: [[email protected]].

RÉU: Banco [Nome do Banco], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua [Endereço completo], e-mail: [[email protected]].

VALOR DA CAUSA

R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

PREÂMBULO

A Autora, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua [Endereço completo], onde receberá intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, no CDC, art. 14, e no CPC/2015, art. 319, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de Banco [Nome do Banco], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

A Autora, pessoa idônea e sem histórico de restrições financeiras, foi surpreendida ao tentar abrir uma conta corrente em outra instituição bancária e descobrir que seu nome constava nos cadastros de inadimplentes do SPC e Serasa. Após investigação, constatou-se que a restrição decorreu de cheques emitidos em seu nome, os quais foram devolvidos por insuficiência de fundos.

A origem do problema foi um erro grave do Banco Réu, que entregou um talão de cheques em nome da Autora a uma terceira pessoa, permitindo que esta realizasse diversas compras fraudulentas. A Autora jamais solicitou ou recebeu o referido talão de cheques, tampouco realizou as transações que originaram os débitos.

Tal situação trouxe sérios prejuízos à Autora, que teve seu nome indevidamente negativado, enfrentou constrangimentos e foi impedida de realizar operações financeiras básicas, como a abertura de uma nova conta bancária. A falha na prestação de serviços do Banco Réu é evidente e enseja a reparação pelos danos causados.

DO DIREITO

1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

A relação entre a Autora e o Banco Réu é regida pelo CDC, art. 2º e CDC, art. 3º. O Banco Réu, na qualidade de fornecedor de serviços, responde objetivamente pelos danos causados aos consumidores, nos termos do CDC, art. 14.

A entrega do talão de cheques a uma terceira pessoa configura falha grave na prestação de serviços, sendo irrelevante a discussão sobre dolo ou culpa. A responsabilidade do Banco Réu decorre do risco inerente à sua atividade e da confiança depositada pelos consumidores.

2. DA INEXIGIBILIDADE DO DÉBITO

A Autora jamais solicitou o"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais, proposta por M. F. de S. L. em face de Banco [Nome do Banco], na qual a Autora alega ter sofrido grave prejuízo em razão da entrega indevida de um talão de cheques por parte do Banco Réu a terceiros, resultando na negativação de seu nome nos cadastros de inadimplentes.

A Autora pleiteia, além da declaração de inexigibilidade dos débitos, a condenação do Réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), bem como o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

Voto

Passo à análise do mérito, em atenção ao disposto na CF/88, art. 93, inciso IX, que determina que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas.

1. Da Responsabilidade Objetiva do Réu

A relação jurídica estabelecida entre as partes é regida pelo CDC, art. 2º e CDC, art. 3º. O Banco Réu, na qualidade de fornecedor de serviços, está sujeito à responsabilidade objetiva, conforme preconizado no CDC, art. 14, respondendo pelos danos causados independentemente da demonstração de culpa.

A entrega de um talão de cheques a uma pessoa diversa da Autora configura falha na prestação dos serviços, sendo evidente a negligência do Réu em adotar as medidas de segurança necessárias para evitar o ocorrido. Tal conduta caracteriza ato ilícito, nos termos do CCB/2002, art. 186, gerando o dever de indenizar.

2. Da Inexigibilidade do Débito

A Autora demonstrou que os débitos em questão não possuem origem em sua vontade ou ação, sendo fruto de transações fraudulentas realizadas por terceiros que se utilizaram do talão de cheques indevidamente entregue pelo Banco Réu. Assim, nos termos do CCB/2002, art. 927, os débitos são inexigíveis, uma vez que inexistem elementos que vinculem a Autora às obrigações decorrentes das transações realizadas.

3. Dos Danos Morais

A negativação indevida do nome da Autora nos cadastros de inadimplentes, em razão de conduta ilícita do Banco Réu, caracteriza dano moral presumido, dispensando a comprovação de prejuízo concreto. Esse entendimento encontra respaldo na jurisprudência pátria, que reconhece o abalo à honra e à reputação como consequência natural da inclusão indevida em tais cadastros.

O valor da indenização deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, de modo a reparar o dano sofrido, punir o infrator e prevenir a reincidência, sem acarretar enriquecimento sem causa à parte Autora. Considerando as circunstâncias do caso concreto, entendo que o montante de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) é adequado e suficiente para atender a essas finalidades.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência consolidada reforça o dever de indenizar em casos de falha na prestação de serviços bancários que resultem em negativação indevida. Exemplos incluem:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Banco que, após pedido formal de encerramento da conta, sem qualquer motivo justificável, inseriu o nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito. [...] Dano moral caracterizado. [...] Indenização bem fixada em R$ 8.000,00.\" (J. em 30/09/2024)
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Inversão do ônus da prova. [...] O réu não apresentou documentos suficientes para comprovar a validade do contrato. [...] A inscrição indevida em órgão de proteção ao crédito caracteriza ato ilícito e enseja o dever de indenizar por danos morais.\" (J. em 27/01/2025)
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"A inscrição indevida em órgão de proteção ao crédito, sem comprovação de débito, caracteriza ato ilícito e enseja o dever de indenizar por danos morais. [...] Indenização fixada em R$ 10.000,00.\" (J. em 03/10/2024)

5. Conclusão

Ante o exposto, voto no sentido de julgar procedente o pedido inicial para:

  1. Declarar a inexigibilidade dos débitos oriundos dos cheques emitidos fraudulentamente;
  2. Condenar o Banco Réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
  3. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 20% sobre o valor da condenação.

É como voto.

[Local e Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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