Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais Contra Instituição Financeira por Descontos Indevidos em Benefício Previdenciário

Publicado em: 05/05/2024 Consumidor
A autora, aposentada e beneficiária do INSS, ajuíza ação contra o Banco XYZ S.A. para declarar a inexistência de débito referente a suposto contrato de cartão de crédito consignado jamais contratado ou autorizado. A ação pleiteia, ainda, a repetição de indébito pelos descontos realizados em seu benefício previdenciário, verba de caráter alimentar, além da indenização por danos morais devido à violação da dignidade e prejuízo financeiro. A demanda fundamenta-se no CDC, Constituição Federal e jurisprudência correlata, visando a reparação pelos danos sofridos.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Valor da Causa: Valor de Alçada

PREÂMBULO

A. F. de S., brasileira, aposentada, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado Q, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua Y, nº Z, Bairro X, Cidade W, Estado Q, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face do Banco XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado Q, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora, aposentada e beneficiária do INSS, constatou que, desde julho de 2018, vêm sendo realizados descontos mensais em seu benefício previdenciário, sob a rubrica de "empréstimo consignado". Contudo, a autora jamais contratou qualquer empréstimo ou cartão de crédito consignado junto ao réu.

Ao buscar esclarecimentos junto ao INSS, foi informada que os descontos referem-se a um suposto contrato de cartão de crédito consignado. No entanto, o relatório fornecido pelo INSS não apresenta todas as parcelas descontadas, sob a justificativa de "economia de papel", o que impossibilita a autora de calcular precisamente o montante total indevidamente subtraído de seu benefício.

A autora, pessoa idosa e de baixa escolaridade, jamais foi informada ou consentiu com a contratação de qualquer serviço que autorizasse descontos em sua renda previdenciária, verba de natureza alimentar e essencial à sua subsistência. Assim, resta evidente a ocorrência de fraude ou irregularidade na contratação, imputável exclusivamente ao réu.

DO DIREITO

A presente demanda fundamenta-se no direito à proteção da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e na inviolabilidade do patrimônio do consumidor, especialmente no que tange à proteção contra práticas abusivas (CF/88, art. 5º, XXXII; CDC, art. 6º, IV).

A responsabilidade civil do réu é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, sendo desnecessária a comprovação de culpa, bastando a demonstração do dano e do nexo causal. No caso em tela, os descontos indevidos em benefício previdenciário configuram dano material e moral, pois comprometem verba de caráter alimentar, essencial à sobrevivência da autora.

Ademais, o ônus da prova quanto à regularidade da contratação recai sobre o réu, conforme disposto no CPC/2015, art. 373, II. Contudo, o réu nã"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais movida por A. F. de S., em face do Banco XYZ S.A. Sustenta a autora que foram realizados descontos indevidos em seu benefício previdenciário, sob a rubrica de "empréstimo consignado", sem que houvesse qualquer relação contratual válida entre as partes.

Os descontos, segundo a autora, referem-se a um suposto contrato de cartão de crédito consignado, o qual jamais foi celebrado ou autorizado por ela. A autora requer a declaração de inexistência do débito, a restituição dos valores descontados, bem como a compensação por danos morais.

Fundamentação

1. Dos Fatos e da Prova

Conforme relatado nos autos, verifica-se que a autora, pessoa idosa e aposentada, teve valores descontados de sua renda previdenciária, de natureza alimentar, sem sua autorização. O réu, por sua vez, não apresentou documentos aptos a comprovar a regularidade da contratação do cartão de crédito consignado ou a anuência expressa da autora.

Nos termos do art. 373, II, do Código de Processo Civil, cabia ao réu o ônus de provar a regularidade do contrato questionado, o que não foi demonstrado. Assim, presume-se a inexistência de relação jurídica válida entre as partes.

2. Do Direito Aplicável

A Constituição Federal de 1988, no art. 1º, III, assegura a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Adicionalmente, o art. 5º, XXXII, impõe ao Estado a promoção da defesa do consumidor, consolidada no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor por danos causados ao consumidor (art. 14, CDC).

Os descontos indevidos em benefício previdenciário configuram prática abusiva, vedada pelo art. 6º, IV, do CDC, e violam direitos básicos do consumidor. A natureza alimentar da verba previdenciária, essencial à subsistência da autora, torna ainda mais grave a irregularidade perpetrada.

Quanto ao dano moral, este é presumido em razão do abalo psicológico e da violação à dignidade da autora, que foi privada de valores indispensáveis à sua sobrevivência. A jurisprudência pacífica dos tribunais superiores reconhece o direito à compensação em situações análogas.

3. Da Jurisprudência

Cito como precedentes relevantes:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Em sua defesa, deixou o réu de apresentar prova da contratação de empréstimo consignado com autorização para a reserva da margem consignável. Dano moral mantido, fixado com atenção aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Verificação de indevidos descontos em verba alimentar, que tem especial proteção do sistema legislativo. Dano moral configurado."

4. Do Pedido

A autora requer a declaração de inexistência do débito, a restituição dos valores descontados e a condenação do réu ao pagamento de danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Considerando os fatos e fundamentos apresentados, entendo que os pedidos são procedentes.

Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora para:

  1. Declarar a inexistência do débito referente ao suposto contrato de cartão de crédito consignado;
  2. Condenar o réu à restituição dos valores indevidamente descontados, em dobro, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC, a serem apurados em liquidação de sentença;
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data desta sentença e acrescidos de juros legais a partir da citação;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

____________________________________

Juiz(a) de Direito


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