Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais e Materiais contra Banco do Brasil S.A.

Publicado em: 30/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial em que a autora ajuíza Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e materiais, em face do Banco do Brasil S.A., alegando débito indevido decorrente de transferências via PIX não autorizadas. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), destacando a responsabilidade objetiva do réu por falha na prestação de serviços e nos danos causados. A ação requer, entre outros pedidos, a declaração de inexistência dos débitos, devolução dos valores indevidamente debitados, indenização por danos morais, e a inversão do ônus da prova.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Nome da autora: M. F. de S. L., brasileira, estado civil [especificar], profissão [especificar], portadora do CPF nº [especificar], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
Nome do réu: Banco do Brasil S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [especificar], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].

PREÂMBULO

A autora, por meio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), com fundamento no CPC/2015, art. 319, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face do Banco do Brasil S.A., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora recebeu uma ligação do Banco do Brasil S.A., ocasião em que foi informada sobre a realização de duas transferências via PIX, que ela não havia autorizado. Apesar de não ter concedido qualquer autorização para tais transações, o banco efetivou os pagamentos, causando prejuízo financeiro à autora.

A autora, ao perceber a irregularidade, entrou em contato com o banco para relatar o ocorrido e solicitar a devolução dos valores debitados indevidamente. Contudo, até o presente momento, não obteve solução satisfatória, permanecendo com o prejuízo financeiro e sofrendo abalo emocional em razão da falha na prestação de serviço por parte do réu.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo o banco réu responsável objetivamente pelos danos causados à autora, conforme o CDC, art. 14. A responsabilidade objetiva decorre da falha na prestação do serviço, que não garantiu a segurança necessária para evitar as transações fraudulentas.

A autora não autorizou as transferências realizadas via PIX, e o banco não demonstrou a regularidade das operações, descumprindo o ônus da prova que lhe cabia. Ademais, a falha na segurança do sistema bancário caracteriza a responsabilidade objetiva do réu, conforme a Súmula 479/STJ, que estabelece que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".

A conduta do banco violou os direitos básicos do consumidor, previstos no CDC, art. 6º, VIII, que assegura a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova em seu f"'>...

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Informações complementares

Segue abaixo a simulação do voto do magistrado em formato HTML, considerando o documento jurídico apresentado:

Simulação de Voto

I. RELATÓRIO

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com pedido de Indenização por Danos Morais e Materiais, ajuizada por M. F. de S. L. em face do Banco do Brasil S.A., em razão da realização de transferências financeiras via PIX não autorizadas, que resultaram em prejuízo financeiro à autora.

A autora alega que não autorizou as transações e que o réu, mesmo após notificado, não solucionou a questão, motivo pelo qual pleiteia a devolução dos valores debitados indevidamente e a condenação do réu à reparação de danos morais e materiais.

O réu, por sua vez, sustenta a inexistência de falha na prestação do serviço e nega qualquer responsabilidade pelos prejuízos sofridos pela autora.

II. FUNDAMENTAÇÃO

1. Da Responsabilidade Objetiva do Réu

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, inciso IX, determina que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Neste sentido, passo à análise.

A relação jurídica entre as partes caracteriza-se como de consumo, sendo aplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC). O artigo 14 do CDC estabelece a responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviços pelos danos causados aos consumidores, salvo nas hipóteses em que comprovada a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que não foi demonstrado nos autos.

Ademais, a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias". Assim, resta configurada a responsabilidade do réu, dada a falha na prestação do serviço bancário, que não garantiu a segurança necessária para evitar as transações fraudulentas.

2. Do Dano Material

No que tange ao dano material, verifica-se que os valores debitados indevidamente configuram prejuízo financeiro direto à autora. Nos termos do artigo 42, parágrafo único, do CDC, é cabível a devolução dos valores em dobro, salvo hipótese de engano justificável, o que não foi demonstrado pelo réu.

3. Do Dano Moral

O dano moral, por sua vez, é inequívoco e prescindível de comprovação ("damnum in re ipsa"), considerando o abalo emocional e os transtornos causados à autora pela falha na prestação do serviço. A conduta negligente do réu violou os direitos básicos do consumidor, previstos no artigo 6º, inciso VIII, do CDC, especialmente no que tange à segurança e à proteção de seus interesses econômicos.

A indenização por danos morais deve ser fixada em valor suficiente para compensar o sofrimento da autora e desestimular práticas semelhantes pelo réu, observando-se os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

4. Da Inversão do Ônus da Prova

Com fundamento no artigo 6º, inciso VIII, do CDC, entendo cabível a inversão do ônus da prova em favor da autora, considerando a hipossuficiência técnica da consumidora em relação ao réu e a verossimilhança das alegações apresentadas.

III. DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fulcro no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal e nas disposições do Código de Defesa do Consumidor, julgo PROCEDENTE o pedido inicial para:

  1. Declarar a inexistência dos débitos decorrentes das transferências via PIX não autorizadas;
  2. Condenar o réu à devolução dos valores debitados de forma indevida, em dobro, conforme o artigo 42, parágrafo único, do CDC;
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85, § 2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

___________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito

Essa simulação apresenta o voto do magistrado de maneira estruturada, detalhando o relatório, a fundamentação e o dispositivo da decisão, com base no documento jurídico fornecido.


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