Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Ato Administrativo com Pedido de Tutela Antecipada contra o INSS para Restabelecimento de Benefício Previdenciário

Publicado em: 17/10/2024 Administrativo Direito Previdenciário
Modelo de petição inicial para Ação Declaratória de Nulidade de Ato Administrativo c/c Pedido de Tutela Antecipada, apresentada por beneficiário de aposentadoria por tempo de contribuição contra o INSS. O documento busca o restabelecimento do benefício cessado indevidamente, com pedido de declaração de nulidade do ato administrativo, pagamento de valores retroativos e tutela de urgência. Fundamentada na violação do contraditório, ampla defesa e legalidade, conforme CF/88, art. 5º, LV, e princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e inafastabilidade da jurisdição.

AÇÃO DECLARATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

1. PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da Subseção Judiciária de [CIDADE/UF]

[NOME COMPLETO DO AUTOR], brasileiro, [estado civil], [profissão], inscrito no CPF sob o nº [XXX.XXX.XXX-XX] e RG nº [XX.XXX.XXX-X], endereço eletrônico [[email protected]], residente e domiciliado na [endereço completo], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na [endereço do advogado], endereço eletrônico [email do advogado], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. CPC/2015, art. 319 e seguintes, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 29.979.036/0001-40, com sede na [endereço da agência ou sede regional], endereço eletrônico [e-mail institucional], pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

2. DOS FATOS

O Autor é beneficiário de aposentadoria por tempo de contribuição, devidamente concedida pelo INSS após o preenchimento de todos os requisitos legais exigidos pela legislação previdenciária vigente à época.

Ocorre que, em [data], o Autor foi surpreendido com a cessação unilateral e indevida de seu benefício, sob a alegação de que teria retornado ao trabalho, o que não condiz com a realidade dos fatos.

O vínculo empregatício apontado pelo INSS refere-se a um contrato de trabalho com o Hospital [nome do hospital], o qual foi encerrado em virtude do fechamento definitivo da instituição, ocorrido em [data do fechamento]. Desde então, o Autor não mais exerceu qualquer atividade laborativa, tampouco auferiu renda que justificasse a suspensão de seu benefício.

Importante destacar que o Autor não foi previamente notificado acerca da instauração de qualquer procedimento administrativo que pudesse culminar na cessação do benefício, tampouco lhe foi oportunizado o exercício do contraditório e da ampla defesa, em flagrante violação ao CF/88, art. 5º, LV.

Assim, diante da flagrante ilegalidade do ato administrativo, busca-se o restabelecimento imediato da aposentadoria, bem como a declaração de nulidade da cessação indevida e o pagamento dos valores retroativos devidos desde a data da suspensão.

3. DO DIREITO

A Constituição Federal assegura, em seu art. 5º, XXXV, o direito de acesso ao Poder Judiciário sempre que houver ameaça ou lesão a direito. No mesmo sentido, o CPC/2015, art. 3º consagra a inafastabilidade da jurisdição.

O ato administrativo que cessou o benefício do Autor padece de vícios insanáveis, notadamente pela ausência de motivação e pela inobservância do devido processo legal. Como se sabe, todo ato administrativo deve observar os princípios da legalidade, motivação, finalidade, forma e objeto, conforme consagrado pela doutrina e jurisprudência.

Nos termos do CF/88, art. 5º, LV, “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. A ausência de notificação prévia e de oportunidade para manifestação do Autor configura grave ofensa a tais garantias constitucionais.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Voto do Magistrado

Trata-se de Ação Declaratória de Nulidade de Ato Administrativo com pedido de tutela antecipada, proposta por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, objetivando o restabelecimento de benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição, cessado de forma unilateral pela autarquia.

Conforme narrado nos autos, o benefício previdenciário do Autor foi cessado sob a alegação de retorno ao trabalho, com base em vínculo empregatício com o Hospital [nome do hospital], o qual já se encontrava fechado à época da cessação. O Autor alega que não foi previamente notificado sobre a instauração de procedimento administrativo, tampouco foi-lhe oportunizado o exercício do contraditório e da ampla defesa.

Inicialmente, destaco que o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, estabelece que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise fundamentada.

1. Do Conhecimento da Ação

Preenchidos os requisitos legais, conheço da presente ação. O direito de acesso à jurisdição é garantido pelo artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, sendo desnecessária a exaustão da via administrativa para o exame da matéria pelo Poder Judiciário, conforme jurisprudência consolidada dos tribunais.

2. Do Mérito

A análise do mérito revela que o ato administrativo que cessou o benefício do Autor padece de vícios insanáveis, especialmente pela ausência de notificação prévia e pela inobservância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV). Estes princípios são pilares do devido processo legal, inclusive em sede administrativa.

Ademais, não há elementos concretos nos autos que comprovem o efetivo exercício de atividade laborativa pelo Autor após o encerramento do vínculo com a instituição hospitalar mencionada. A simples existência de registro de vínculo empregatício, sem a devida comprovação de efetivo labor ou percepção de renda, não é suficiente para justificar a cessação do benefício.

Ressalte-se que o benefício previdenciário, uma vez regularmente concedido, somente pode ser cessado mediante processo administrativo formal, assegurando-se ao beneficiário o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. A ausência deste rito torna o ato administrativo nulo de pleno direito, conforme jurisprudência amplamente consolidada, inclusive nos precedentes colacionados pela parte autora.

A dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), princípio fundante da República, também impõe ao Estado o dever de garantir a subsistência mínima de seus cidadãos em situação de vulnerabilidade, como é o caso do Autor.

3. Da Tutela Antecipada

Presentes os requisitos do artigo 300 do CPC/2015, especialmente a probabilidade do direito e o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, entendo cabível a concessão da tutela de urgência para o imediato restabelecimento do benefício previdenciário, a fim de garantir a subsistência do Autor, idoso e sem fonte alternativa de renda.

4. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal e demais dispositivos legais e constitucionais aplicáveis, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na presente ação para:

  1. Declarar a nulidade do ato administrativo que cessou o benefício previdenciário do Autor, por violação aos princípios do contraditório, ampla defesa e legalidade;
  2. Determinar ao INSS o imediato restabelecimento do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição do Autor, sob pena de multa diária em caso de descumprimento;
  3. Condenar o INSS ao pagamento dos valores retroativos devidos desde a data da cessação indevida até o efetivo restabelecimento do benefício, com correção monetária e juros legais;
  4. Conceder a tutela antecipada, nos termos do art. 300 do CPC/2015, para que o restabelecimento do benefício ocorra de forma imediata.

Condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos com as anotações de praxe.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [data do julgamento].

[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz Federal da ___ Vara Federal da Subseção Judiciária de [CIDADE/UF]


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