Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Contrato de Seguro com Pedido de Indenização por Danos Morais e Restituição em Dobro Contra Banco Itaú S/A

Publicado em: 07/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial apresentada por policial civil contra o Banco Itaú S/A, visando à declaração de nulidade de contrato de seguro de vida firmado com vício de consentimento, devido à omissão de informações essenciais e à indução em erro quanto à cobertura para sua profissão. Requer indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00, restituição em dobro de eventuais valores pagos, além da condenação do Réu por violação aos princípios da boa-fé objetiva e da transparência, conforme o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil Brasileiro. A peça inclui fundamentação com doutrina, jurisprudências e pedidos de citação, produção de provas e audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição com urgência

PREÂMBULO

Autor: C. E. da S., brasileiro, solteiro, policial civil, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________.
Réu: Banco Itaú S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Avenida __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________.

DOS FATOS

O Autor, policial civil, contratou um seguro de vida junto ao Banco Itaú S/A. Contudo, ao ser contatado pela seguradora, foi induzido a erro, pois a mesma omitiu que não realizava seguros de vida para policiais civis. Além disso, na apólice emitida, constava a profissão do Autor como "agrônomo", o que não condiz com a realidade.

O Autor percebeu a irregularidade ao analisar a apólice, constatando que fora enganado pelo corretor responsável. Tal conduta caracteriza má-fé, violando os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, fundamentais nas relações de consumo.

DO DIREITO

A relação entre o Autor e o Réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), sendo o Autor consumidor e o Réu fornecedor de serviços, conforme os artigos 2º e 3º da referida lei. O caso em questão evidencia a prática de conduta abusiva, vedada pelo CDC, art. 39, IV, que proíbe a prestação de serviços mediante informações enganosas.

A boa-fé objetiva, princípio basilar das relações contratuais, foi violada pelo Réu ao omitir informações essenciais sobre a impossibilidade de contratação do seguro de vida para policiais civis. Tal conduta também fere o dever de transparência, previsto no CDC, art. 6º, III.

Ademais, o Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 422) reforça a obrigatoriedade de observância da boa-fé e da lealdade nas relações contratuais. A conduta do Réu, ao induzir o Autor a erro, configura vício de consentimento, passível de anulação do contrato, conforme o CCB/2002, art. 171, II.

Por fim, a conduta do Réu causou danos morais ao Autor, que foi exposto a situação vexatória e de insegurança. O dano moral é passível de reparação, conforme o CDC, art. 6º, VI, e o CCB/2002, art. 927.

Doutrina

Segundo Cláudia Lima Marques, em sua obra "Contratos no Código de Defesa do Consumidor", a boa-fé objetiva é um princípio norteador das relações de consumo, impondo aos fornecedores o dever de agir com lealdade e transparência. A omissão de informações relevantes, como no caso em tela, configura violação desse princípio, ensejando a responsabilização do fornecedor.

Ainda, Maria Helena Diniz, em "Curso de Direito Civil Brasileiro", destaca que o vício de consentimento, como o erro induzido por informações falsas ou omissas, compromete a validade do contrato, sendo passível de anulação. A autora refo"'>...

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Informações complementares

Aqui está a simulação do voto do magistrado em formato HTML, atendendo ao pedido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de uma ação movida pelo Autor, C. E. da S., em face do Réu, Banco Itaú S/A, na qual se discute a nulidade de contrato de seguro de vida, firmado sob vício de consentimento, bem como a reparação por danos morais decorrentes de conduta de má-fé do Réu.

Dos Fatos e Fundamentação

Consta nos autos que o Autor, pertencente à classe de policiais civis, firmou contrato de seguro de vida com o Réu, sendo posteriormente constatado que a seguradora não realizava seguros para profissionais dessa categoria. Ademais, houve a inserção equivocada da profissão do Autor como "agrônomo", o que caracteriza erro substancial e vício de consentimento.

A análise dos autos conduz à conclusão de que o Réu violou os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, previstos no Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/1990). O artigo 6º, inciso III, do CDC, assegura ao consumidor o direito à informação clara e adequada sobre os produtos e serviços. Por sua vez, o artigo 39, inciso IV, veda práticas abusivas, como a prestação de serviços mediante informações enganosas.

A conduta do Réu também encontra óbice no Código Civil Brasileiro (CCB/2002), que, em seu artigo 422, impõe a observância da boa-fé e lealdade nas relações contratuais. O vício de consentimento, configurado pela omissão de informações essenciais e pela inserção de dados falsos, é passível de anulação do contrato, nos termos do artigo 171, inciso II, do CCB/2002.

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, entendo que restou configurado o abalo à dignidade e à segurança do Autor, ensejando reparação pecuniária, conforme dispõe o artigo 6º, inciso VI, do CDC, e o artigo 927 do Código Civil.

Jurisprudência

A jurisprudência pátria é pacífica no sentido de que a má-fé na contratação de seguros e a omissão de informações essenciais ensejam a nulidade contratual e a reparação por danos morais. Destaco os seguintes precedentes:

  • SEGURO DE VIDA - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS: "Considerando que a legitimidade passiva é verificada em abstrato, à luz dos argumentos articulados na petição inicial (teoria da asserção), possível se concluir que o banco corréu possui legitimidade para responder à presente ação, eis que integra a cadeia de consumo, fornecendo à seguradora o serviço de lançamento do valor do prêmio em débito na conta bancária da autora, respondendo solidariamente pelos eventuais danos causados à esta." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Paulo Ayrosa, julgado em 11/10/2024)
  • SEGURO DE VIDA - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS: "Comprovada falsidade da assinatura do autor junto à apólice de seguro apresentada pela seguradora, pertinente a condenação das rés em restituir em dobro a quantia paga, assim como ao pagamento de compensação pelo dano moral caracterizado." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Paulo Ayrosa, julgado em 10/06/2024)

Conclusão

Em consonância com os fatos, fundamentos constitucionais e legais, voto no sentido de dar procedência parcial ao pedido, para:

  1. Declarar a nulidade do contrato de seguro de vida firmado entre as partes, com base no vício de consentimento (CCB/2002, art. 171, II);
  2. Condenar o Réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00, corrigidos monetariamente a partir da data deste julgamento;
  3. Condenar o Réu à restituição em dobro dos valores eventualmente pagos pelo Autor, nos termos do artigo 42, parágrafo único, do CDC;
  4. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

É como voto.

__________, ___ de __________ de 20__.
___________________________
Magistrado(a)

Essa estrutura emprega títulos claros, parágrafos organizados e lista os fundamentos jurídicos, além de apresentar uma conclusão fundamentada com base nos artigos constitucionais e infraconstitucionais aplicáveis ao caso.


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