Modelo de Ação Declaratória de Reconhecimento de União Estável Pós-Mortem e Pedido de Direitos Sucessórios

Publicado em: 27/02/2024 Familia
Petição inicial destinada ao reconhecimento de união estável post mortem entre o autor e a falecida, com o objetivo de assegurar direitos sucessórios, conforme disposto no Código Civil Brasileiro (art. 1.723 e art. 1.829, III). O documento apresenta os fatos que comprovam a convivência pública, contínua e duradoura, fundamentação jurídica baseada na Constituição Federal de 1988 e no Código Civil Brasileiro de 2002, além de jurisprudências que corroboram o pedido. Inclui solicitações de expedição de mandado para averbação da união estável, reconhecimento de direitos sucessórios e produção de provas.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL PÓS MORTEM

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ____________

Nome do Autor: A. J. dos S., brasileiro, viúvo, aposentado, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, e-mail __________.

Nome do Réu: Não aplicável, considerando a natureza da ação.

Valor da Causa: R$ __________ (valor estimado dos bens a serem partilhados, se aplicável).

DOS FATOS

O Autor manteve relacionamento com a falecida M. F. de S. L., de forma pública, contínua, duradoura e com o objetivo de constituição de família, desde o ano de __________ até o falecimento da mesma, ocorrido em __________. Durante esse período, ambos coabitaram no endereço __________, dividindo responsabilidades financeiras, emocionais e sociais, sendo reconhecidos pela comunidade como um casal.

A falecida não deixou descendentes ou ascendentes, sendo o Autor o único companheiro sobrevivente. Contudo, a ausência de formalização da união estável em vida gerou a necessidade de reconhecimento judicial para que o Autor possa exercer seus direitos sucessórios, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.723 e seguintes.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, devendo ser facilitada sua conversão em casamento. O Código Civil Brasileiro de 2002, no art. 1.723, define a união estável como a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituição de família.

O Autor apresenta provas documentais e testemunhais que demonstram a convivência pública e duradoura com a falecida, incluindo contas conjuntas, fotografias, declarações de terceiros e outros elementos que evidenciam o vínculo afetivo e patrimonial entre ambos. Tais provas são suficientes para o reconhecimento da união estável, conforme preconizado pelo CPC/2015, art. 373, I, que atribui ao Autor o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito.

Ademais, o reconhecimento da união estável é essencial para garantir os direitos sucessórios do Autor, que, na ausência de descendentes ou ascendentes da falecida, é o único herdeiro legítimo, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.829, III.

JURISPRUDÊNCIA"'>...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Reconhecimento de União Estável Pós Morte proposta por A. J. dos S., com fundamento no art. 226, §3º, da Constituição Federal de 1988 e no art. 1.723 do Código Civil Brasileiro. O autor busca o reconhecimento judicial da união estável mantida com a falecida M. F. de S. L., com o objetivo de garantir seus direitos sucessórios.

Segundo os autos, o autor alega ter convivido com a falecida de forma pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família, até o óbito da mesma. Apresenta provas documentais e testemunhais que corroboram sua pretensão. A causa de pedir repousa na ausência de formalização da união estável em vida e na inexistência de descendentes ou ascendentes da falecida, o que lhe conferiria o direito à herança nos termos do art. 1.829, III, do Código Civil.

II. Fundamentação

O art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 determina que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, sob pena de nulidade. Nesse sentido, passo a analisar os fatos e o direito aplicável ao caso.

Dos Fatos

A prova documental apresentada pelo autor, incluindo contas conjuntas, registros fotográficos e declarações de terceiros, evidencia a convivência pública, contínua e duradoura entre ele e a falecida, com o objetivo de constituição de família. Ademais, o depoimento das testemunhas reforça a existência de uma relação afetiva estável e reconhecida pela comunidade.

Do Direito

A Constituição Federal, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, impondo ao Estado o dever de facilitar sua conversão em casamento. O Código Civil Brasileiro, por sua vez, no art. 1.723, define a união estável como a convivência entre duas pessoas, caracterizada pela publicidade, continuidade, durabilidade e objetivo de constituição de família.

No presente caso, o autor cumpriu com o ônus probatório que lhe é atribuído pelo art. 373, I, do Código de Processo Civil de 2015, ao demonstrar os fatos constitutivos de seu direito. Não há nos autos qualquer elemento que infirme a veracidade das alegações do autor ou que descaracterize a união estável.

Ademais, no que tange aos direitos sucessórios, o art. 1.829, III, do Código Civil estabelece que, na ausência de descendentes ou ascendentes, o companheiro sobrevivente é o herdeiro legítimo. Assim, o reconhecimento da união estável é essencial para garantir o direito do autor à herança deixada pela falecida.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria tem consolidado entendimento no sentido de que o reconhecimento da união estável post mortem exige a comprovação robusta da convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família. Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes:

  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhecimento da união estável e homologação do plano de partilha, considerando o companheiro sobrevivente como único herdeiro legítimo.
  • TJSP (9ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhecimento de união estável com base em provas robustas, reafirmando que a coabitação não é elemento indispensável para a configuração do vínculo.

III. Conclusão

Diante do exposto, entendo estarem presentes todos os elementos necessários para o reconhecimento da união estável entre o autor e a falecida M. F. de S. L., nos termos do art. 226, §3º, da Constituição Federal e do art. 1.723 do Código Civil. Com isso, estão garantidos os direitos sucessórios do autor, conforme previsto no art. 1.829, III, do Código Civil.

IV. Decisão

Ante o exposto, voto no sentido de julgar procedente o pedido formulado pelo autor, reconhecendo a união estável entre A. J. dos S. e M. F. de S. L., declarando o período de sua existência de __________ até __________. Determino, ainda, a expedição de mandado para averbação junto ao registro civil competente e a concessão dos direitos sucessórios ao autor como único herdeiro legítimo.

É como voto.

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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