Modelo de Ação Declaratória para Reconhecimento da Inexistência de Vínculo Jurídico com Veículo Não Transferido

Publicado em: 03/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Ação declaratória proposta por A. J. dos S. em face de C. E. da S., visando o reconhecimento da inexistência de vínculo jurídico com veículo automotor, devido à falha na transferência de propriedade pelo réu. A autora busca a exclusão de eventuais responsabilidades tributárias, multas e débitos relacionados ao veículo, com base no Código Civil, no Código de Processo Civil e no princípio da boa-fé objetiva. O documento apresenta embasamentos legais, doutrinários e jurisprudenciais que sustentam a demanda.

AÇÃO DECLARATÓRIA

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

A. J. dos S., brasileira, solteira, profissão _______, portadora do CPF nº ___________ e RG nº ___________, residente e domiciliada na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico ____________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA

em face de C. E. da S., brasileiro, estado civil _______, profissão _______, portador do CPF nº ___________ e RG nº ___________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico ____________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

A autora, A. J. dos S., firmou contrato de financiamento de veículo na modalidade CDC (Crédito Direto ao Consumidor) para aquisição de um automóvel. Posteriormente, transferiu a posse e a responsabilidade pelo pagamento do contrato para o Sr. C. E. da S., que assumiu integralmente as obrigações decorrentes do financiamento.

Após a quitação integral do contrato, o Sr. C. E. da S. vendeu o veículo para um terceiro, que, por sua vez, comunicou a venda ao DETRAN. Contudo, o Sr. C. E. da S. não realizou a transferência do veículo para o seu nome antes de vendê-lo ao terceiro, mantendo o registro do automóvel em nome da autora.

Tal situação tem causado prejuízos à autora, que permanece como titular do veículo perante os órgãos de trânsito, sendo responsabilizada por eventuais débitos, infrações e obrigações tributárias relativas ao automóvel, mesmo não possuindo mais qualquer relação com o bem.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CCB/2002, art. 11, §1º, III, que estabelece a necessidade de transferência de propriedade de bens móveis mediante registro no órgão competente, no caso de veículos automotores. A ausência de transferência do veículo para o nome do Sr. C. E. da S. configura descumprimento de obrigação legal, gerando prejuízos à autora.

Ademais, o CPC/2015, art. 319, prevê que a ação declaratória é cabível para resolver situações de incerteza jurídica, como a presente, em que a autora busca o reconhecimento de que não possui mais qualquer vínculo com o veículo em questão.

O princípio da boa-fé objetiva, consagrado no CCB/2002, art. 422, também deve ser observado, pois a autora agiu de forma diligente ao transferir a posse e a responsabilidade pelo contrato ao Sr. C. E. da S., confiando que este cumpriria com a obrigação de regularizar a transferência do veículo.

DO EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO

Segundo Maria Helena Diniz, a ação declaratória tem como objetivo principal a obtenção de uma certez"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Dos Fatos

A autora, Sra. A. J. dos S., firmou contrato de financiamento de veículo na modalidade CDC (Crédito Direto ao Consumidor), adquirindo um automóvel. Posteriormente, transferiu a posse e a responsabilidade pelo pagamento do financiamento ao Sr. C. E. da S., o qual assumiu integralmente as obrigações contratuais.

Após a quitação do contrato, o Sr. C. E. da S. vendeu o veículo para um terceiro, que comunicou a transação ao órgão de trânsito (DETRAN). Contudo, antes dessa venda, o Sr. C. E. da S. não regularizou a transferência do automóvel para o seu nome, mantendo o registro do veículo em nome da autora.

Essa situação tem causado prejuízos à autora, que continua sendo responsabilizada por eventuais débitos, infrações e obrigações tributárias relacionadas ao automóvel, mesmo não possuindo mais qualquer vínculo com o bem.

2. Do Direito

A pretensão da autora encontra respaldo no Código Civil de 2002, artigo 11, §1º, III, que exige a transferência de propriedade de bens móveis, como veículos, mediante registro no órgão competente. O Sr. C. E. da S., ao não realizar a transferência do veículo para seu nome, descumpriu essa obrigação legal, gerando prejuízos à autora.

Além disso, o Código de Processo Civil de 2015, artigo 319, prevê a possibilidade de proposição de ação declaratória para resolver situações de incerteza jurídica. A autora busca, por meio dessa ação, o reconhecimento de que não possui mais qualquer vínculo jurídico com o veículo.

O princípio da boa-fé objetiva, consagrado no artigo 422 do Código Civil de 2002, também é aplicável ao caso. A autora transferiu a posse e responsabilidade pelo veículo ao Sr. C. E. da S., confiando que este cumpriria com suas obrigações legais, o que não ocorreu.

3. Fundamentação Doutrinária

De acordo com Maria Helena Diniz, a ação declaratória visa garantir segurança jurídica em situações de dúvida ou incerteza sobre a existência de uma relação jurídica. No presente caso, a autora busca a declaração de inexistência de vínculo com o veículo, dada a transferência de posse e responsabilidade ao Sr. C. E. da S.

Carlos Roberto Gonçalves também enfatiza a importância da boa-fé objetiva, que impõe aos contratantes o dever de agir com lealdade e transparência. O comportamento do Sr. C. E. da S., ao não regularizar a transferência do veículo, viola esse princípio, justificando a intervenção judicial para proteger os direitos da autora.

4. Jurisprudência

A jurisprudência reitera a necessidade de o adquirente regularizar a transferência de veículos e reconhece o direito do antigo proprietário de ser exonerado de responsabilidades relacionadas ao bem. Exemplos incluem:

  • TJSP (16ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1072416-74.2022.8.26.0002: "Ação declaratória de inexistência de débito e reparatória de danos morais - financiamento de veículo - baixa do apontamento em data anterior ao ajuizamento da demanda - pedido declaratório - efeitos mais abrangentes - inexistência da relação jurídica declarada."
  • TJSP (18ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1003508-79.2021.8.26.0428: "Declaratória e indenizatória - Financiamento de veículo - Contratação mediante fraude - Registro de venda - Autora que não praticou qualquer negócio jurídico relativo ao bem - Exclusão de rigor dos débitos, apontamentos e comunicação de venda."
  • TJSP (Turma Recursal Cível e Criminal) - Recurso Inominado Cível 1009572-75.2022.8.26.0362: "Ação declaratória - Autor alega que foi surpreendido com multas em sua CNH, referentes a um veículo que foi vendido, sem que o comprador tivesse realizado a transferência - Venda efetivamente realizada - Comunicação de venda que é realizada pelo cartório."

5. Conclusão

A autora solicita que seja declarada a inexistência de vínculo jurídico com o veículo objeto do contrato de financiamento, exonerando-a de quaisquer responsabilidades decorrentes do bem. Além disso, requer a condenação do réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, bem como a produção de todas as provas cabíveis.


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