Modelo de Acordo Extrajudicial Entre Condomínio e Proprietário de Imóvel Comercial com Quitação de Débitos e Extinção de Processo Judicial no STJ

Publicado em: 17/12/2024 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Minuta de acordo extrajudicial firmado entre um condomínio comercial, na qualidade de credor, e o proprietário de um imóvel comercial, na qualidade de devedor, visando a quitação de débitos referentes a cotas extraordinárias de condomínio. O acordo, fundamentado no CPC/2015, art. 998, e no CCB/2002, arts. 421, 422 e 840, prevê o pagamento de R$ 115.000,00 à vista e a desistência de recurso em trâmite no STJ. Inclui pedidos de homologação judicial, extinção do processo e quitação total das obrigações. Jurisprudências relacionadas à validade de confissões de dívida reforçam o embasamento legal do instrumento.

MINUTA DE ACORDO

PREÂMBULO

Pelo presente instrumento particular de transação, de um lado, o Condomínio Comercial, doravante denominado CREDOR, e, de outro lado, o Sr. A. J. dos S., proprietário do imóvel comercial identificado como Loja “B”, doravante denominado DEVEDOR, resolvem, de comum acordo, celebrar o presente acordo, nos termos e condições abaixo estipulados, com fundamento no CPC/2015, art. 998, e demais disposições legais aplicáveis.

DOS FATOS

O DEVEDOR possui dívida junto ao CREDOR referente a cotas extraordinárias de condomínio relativas ao imóvel comercial identificado como Loja “B”. A dívida, devidamente atualizada até dezembro de 2024, totaliza o montante de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).

Atualmente, há um processo judicial em trâmite no Superior Tribunal de Justiça (STJ), aguardando julgamento de recurso interposto pelas partes. Contudo, as partes decidiram, de forma consensual, resolver a controvérsia por meio de acordo, com a consequente desistência do recurso, nos moldes do CPC/2015, art. 998.

DO DIREITO

O presente acordo encontra fundamento nos princípios da autonomia da vontade e da boa-fé objetiva, previstos no CCB/2002, art. 421 e art. 422, que asseguram às partes a liberdade de contratar e a obrigação de agir com lealdade e transparência na relação jurídica.

Além disso, o CPC/2015, art. 998, permite expressamente que as partes desistam de recurso interposto, independentemente da anuência da parte contrária, desde que haja manifestação expressa nesse sentido. Tal dispositivo visa promover a celeridade e a economia processual, incentivando a solução consensual de conflitos.

A transação, como negócio jurídico bilateral, é regulada pelo CCB/2002, art. 840, que estabelece que as partes podem, por meio de concessões mútuas, prevenir ou extinguir litígios. No presente caso, o DEVEDOR e o CREDOR ajustaram o pagamento do valor de R$ 115.000,00 (cento e quinze mil reais), à vista, como forma de quitação total, geral e irrestrita de todos os débitos relacionados ao imóvel Loja “B”.

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de análise e julgamento acerca de acordo celebrado entre o Condomínio Comercial, na condição de CREDOR, e o Sr. A. J. dos S., na condição de DEVEDOR, no qual as partes, visando à solução consensual de litígio, pleiteiam a homologação do acordo pelo juízo competente, nos termos do CPC/2015, art. 998.

Voto

Inicialmente, cumpre observar que o princípio da celeridade processual, previsto no art. 5º, LXXVIII da Constituição Federal de 1988 (CF/88), e o incentivo à solução consensual de conflitos, conforme preceitua o CPC/2015, art. 3º, §2º, amparam a presente transação entre as partes. Nos termos do CPC/2015, art. 998, é plenamente admissível a desistência de recursos interpostos no curso de processo judicial, desde que as partes manifestem expressamente sua intenção nesse sentido.

Os fatos narrados pelos interessados evidenciam a existência de uma dívida no montante de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), cuja quitação foi objeto de consenso entre as partes, fixando-se o pagamento de R$ 115.000,00 (cento e quinze mil reais), à vista, como forma de extinguir a obrigação principal e seus acessórios. A transação encontra respaldo nos arts. 421 e 422 do Código Civil de 2002, que consagram os princípios da autonomia da vontade e da boa-fé objetiva, reforçados pelo art. 840 do mesmo diploma, que regula a transação como meio de prevenir ou extinguir litígios.

Ademais, a jurisprudência pátria reconhece a validade de acordos celebrados entre as partes, especialmente quando há confissão de dívida e quitação integral das obrigações, conforme demonstrado pelos precedentes citados no documento.

Fundamentação

Com base nos fatos apresentados, o pedido de homologação do acordo deve ser analisado à luz dos seguintes fundamentos constitucionais e legais:

  • CF/88, art. 5º, incisos XXXV e LXXVIII: Garantia do acesso à justiça e à razoável duração do processo.
  • CPC/2015, art. 3º, §2º: Estímulo à autocomposição como meio de solução de conflitos.
  • CPC/2015, art. 998: Possibilidade de desistência de recursos interpostos, independentemente da anuência da parte contrária.
  • CCB/2002, art. 421 e 422: Princípios da autonomia da vontade e da boa-fé objetiva.
  • CCB/2002, art. 840: Regulação da transação como negócio jurídico bilateral.

Ainda, a jurisprudência citada reforça a segurança jurídica do acordo em análise, especialmente pelo reconhecimento da validade de instrumentos de confissão de dívida e da quitação plena das obrigações.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, VOTO pela procedência do pedido formulado pelas partes, homologando o acordo celebrado entre o Condomínio Comercial (CREDOR) e o Sr. A. J. dos S. (DEVEDOR), nos seguintes termos:

  1. Extinção do processo judicial em trâmite no STJ com resolução do mérito, nos termos do CPC/2015, art. 487, III, "b".
  2. Declaração de quitação total, geral e irrestrita de todos os débitos relacionados ao imóvel comercial identificado como Loja “B”.
  3. Determinação para que cada parte arque com os honorários advocatícios contratuais e sucumbenciais, conforme ajustado no acordo.
  4. Expedição de alvará para levantamento de eventuais valores depositados em juízo, caso existentes, em favor do CREDOR.

É como voto.

Juiz(a) _______________________________
Tribunal de Justiça


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