Modelo de Agravo de Instrumento Contra Decisão que Rejeitou Exceção de Pré-Executividade Alegando Impenhorabilidade de Bem de Família

Publicado em: 12/07/2024 Processo Civil Execução Fiscal
Recurso de Agravo de Instrumento interposto em face de decisão que rejeitou exceção de pré-executividade, apresentada para discutir a impenhorabilidade de imóvel caracterizado como bem de família, protegido pela Lei 8.009/1990. Fundamentado no CPC/2015, art. 1.015, II, o documento argumenta a natureza de ordem pública da matéria e a violação aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. O pedido busca a reforma da decisão agravada, a suspensão da execução e a condenação da parte agravada ao pagamento das custas e honorários advocatícios. Inclui jurisprudências e fundamentos jurídicos relacionados à execução e à proteção de bens de família.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Agravo de Instrumento

Agravante: [Nome completo da parte agravante, qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Agravado: [Nome completo da parte agravada, qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência]

PREÂMBULO

Por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de procuração anexo, o(a) agravante vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.015, II, interpor o presente Agravo de Instrumento contra a decisão proferida pelo juízo da ___ª Vara Cível da Comarca de __________, que rejeitou de plano a exceção de pré-executividade apresentada nos autos da execução de título extrajudicial, sob o fundamento de preclusão do ato da devedora.

Requer-se, desde já, a reforma da decisão agravada, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O agravante é parte em execução de título extrajudicial, na qual foi penhorado um imóvel de sua propriedade, que se trata de bem de família, protegido pela Lei 8.009/1990. Em razão disso, foi apresentada exceção de pré-executividade, sustentando a impenhorabilidade do imóvel.

Contudo, o juízo de primeiro grau rejeitou de plano a exceção de pré-executividade, sob o fundamento de que a matéria deveria ter sido arguida anteriormente, configurando preclusão, e que a defesa poderia ser apresentada por simples petição.

Tal decisão é manifestamente equivocada, pois a exceção de pré-executividade é cabível para discutir matérias de ordem pública, como a impenhorabilidade de bem de família, que pode ser reconhecida de ofício pelo juízo, independentemente de preclusão.

DO DIREITO

A exceção de pré-executividade é um instrumento processual admitido pela doutrina e jurisprudência para arguir matérias de ordem pública, cognoscíveis de ofício pelo juízo, desde que prescindam de dilação probatória. Tal entendimento está consolidado no âmbito do STJ e dos tribunais estaduais.

No caso em tela, a matéria arguida na exceção de pré-executividade – a impenhorabilidade do imóvel por se tratar de bem de família – é questão de ordem pública, conforme disposto na Lei 8.009/1990, art. 1º, que protege o imóvel residencial da entidade familiar contra penhoras.

Ademais, o CPC/2015, art. 803, I, estabelece que a execução deve ser extinta quando for fundada em título executivo extrajudicial que contenha vício ou defeito que cause sua nulidade. A impenhorabilidad"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo(a) agravante contra decisão proferida pelo juízo de primeiro grau, que rejeitou de plano a exceção de pré-executividade apresentada nos autos da execução de título extrajudicial, sob o fundamento de preclusão. O agravante sustenta que o imóvel penhorado é bem de família, protegido pela Lei 8.009/1990, e que a exceção de pré-executividade é cabível para discussão de tal matéria, de ordem pública e cognoscível de ofício.

O agravado foi devidamente intimado, apresentando contrarrazões no prazo legal. É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

Dos Fatos e do Direito

Conforme narrado, o agravante argumenta que o imóvel penhorado se trata de bem de família, protegido pela Lei 8.009/1990. Tal proteção é de ordem pública, sendo vedada a penhora de imóvel destinado à moradia da entidade familiar, salvo exceções expressamente previstas em lei.

A exceção de pré-executividade é instrumento processual admitido para discussão de matérias de ordem pública, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça. Ademais, nos termos do art. 803, I do CPC/2015, a execução deve ser extinta quando fundada em título executivo que contenha vício ou defeito que cause sua nulidade. A impenhorabilidade de bem de família enquadra-se nessa hipótese.

No caso dos autos, a decisão do juízo de primeiro grau rejeitou a exceção de pré-executividade sob o fundamento de preclusão, o que, com o devido respeito, não se sustenta. A matéria arguida – impenhorabilidade do bem de família – é questão de ordem pública, cognoscível de ofício pelo juízo, e pode ser suscitada a qualquer tempo, independentemente de preclusão.

Do Entendimento Jurisprudencial

Ressalto que a jurisprudência tem confirmado a admissibilidade da exceção de pré-executividade para discussão de matérias de ordem pública:

  • TJSP (31ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: «A exceção de pré-executividade deve ser admitida para apreciação de matéria de ordem pública, cognoscível de ofício, desde que prescinda de produção de provas.»
  • TJSP (20ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: «A exceção de pré-executividade está limitada a questões de ordem pública, cujo cabimento restringe-se à arguição de questões cognoscíveis de ofício, não exigindo instrução probatória para sua admissibilidade.»

Tais precedentes reforçam a obrigatoriedade de análise da exceção de pré-executividade em casos como o presente, onde se discute a impenhorabilidade do bem de família.

Do Princípio Constitucional da Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, todas as decisões judiciais devem ser devidamente fundamentadas. A decisão agravada, ao rejeitar de plano a exceção de pré-executividade sem análise efetiva do mérito, violou tal preceito constitucional, bem como os princípios da ampla defesa e do contraditório previstos no art. 5º, LV da CF/88.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, voto pelo provimento do agravo de instrumento, para reformar a decisão agravada e determinar que o juízo de origem analise a exceção de pré-executividade apresentada pelo agravante, à luz dos fundamentos legais e constitucionais aplicáveis.

Determino, ainda, a concessão de efeito suspensivo ao recurso, para suspender a execução até o julgamento final da exceção de pré-executividade.

É como voto.

[Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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