Modelo de Agravo de Instrumento Contra Indeferimento de Medidas Protetivas de Urgência em Caso de Violência Doméstica
Publicado em: 24/03/2024 Familia Direito PenalEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileira, solteira, profissão __________, portadora do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 19 da Lei 11.340/2006, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO contra o despacho que indeferiu, por ora, o pedido de medida protetiva de urgência formulado nos autos do processo em epígrafe.
DOS FATOS
A agravante, vítima de violência doméstica e familiar perpetrada por seu ex-companheiro, C. E. da S., registrou ocorrência policial narrando episódios de agressões físicas e psicológicas, os quais colocam em risco sua integridade física e psíquica. Em razão disso, foi pleiteada a concessão de medidas protetivas de urgência, nos termos da Lei 11.340/2006, art. 22, como forma de resguardar sua segurança e dignidade.
Contudo, o MM. Juízo de primeiro grau indeferiu, por ora, o pedido de medidas protetivas, sob o fundamento de insuficiência de elementos que demonstrem a atualidade ou iminência da violência. Tal decisão, data venia, merece ser reformada, pois desconsidera o contexto de vulnerabilidade da vítima e os princípios que norteiam a Lei Maria da Penha.
DO DIREITO
A Lei 11.340/2006, art. 22, prevê a possibilidade de concessão de medidas protetivas de urgência para assegurar a integridade física e psíquica da mulher em situação de violência doméstica. Tais medidas possuem natureza cautelar e caráter eminentemente penal, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o direito à vida (CF/88, art. 5º, caput) são pilares fundamentais que devem ser resguardados em casos de violência doméstica. Além disso, a Lei Maria da Penha presume a hipossuficiência e a vulnerabilidade da mulher nesse contexto, dispensando a demonstração específica de subjugação para aplicação do sistema protetivo.
No caso em tela, a narrativa da vítima, corroborada pelos elementos constantes nos autos, evidencia o fumus boni iuris e o pe"'>...