Modelo de Agravo de Instrumento para Exclusão de Honorários Sucumbenciais e Liberação de Penhora em Cumprimento de Sentença

Publicado em: 20/03/2025 CivelProcesso Civil
Recurso de agravo de instrumento interposto contra decisão que determinou a inclusão de honorários sucumbenciais nos cálculos de cumprimento de sentença, mesmo sem advogado constituído pela parte agravada. A agravante contesta a legitimidade da cobrança, a penhora de valores em conta bancária e a ausência de oportunidade para complementação do pagamento do débito principal. Fundamenta-se no CPC/2015, art. 85, § 18º, além de princípios constitucionais, como o direito de propriedade. Os pedidos incluem a concessão de efeito suspensivo, reforma da decisão agravada, exclusão da verba honorária, liberação da penhora e quitação do débito principal, conforme valores já depositados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUÍZO COMPETENTE DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Processo nº: [inserir número do processo]

Agravante: [nome completo da agravante]

Agravado: [nome completo do agravado]

PREÂMBULO

[Nome completo da agravante], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador(a) do CPF nº [inserir número] e RG nº [inserir número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, com endereço profissional em [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Com fundamento no art. 80, III, da Resolução nº 20 de 21 de dezembro de 2021, e demais dispositivos aplicáveis, em face da decisão proferida nos autos do cumprimento de sentença nº [inserir número], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de cumprimento de sentença deflagrado pela parte autora, ora agravada, que, desde o processo de conhecimento, não constituiu advogado nos autos. No entanto, nos cálculos apresentados pela contadoria judicial, foram incluídos honorários de sucumbência arbitrados pela Turma Recursal, os quais seriam devidos, em tese, ao advogado da parte autora, caso houvesse representação.

A agravante, por sua vez, impugnou os cálculos apresentados, alegando a ausência de advogado constituído pelo credor nos autos e, ainda, depositou o valor correspondente ao débito principal. Não obstante, o Juízo a quo determinou o prosseguimento da execução, com bloqueio de valores em conta bancária da agravante, sem oportunizar o complemento do pagamento.

A decisão proferida pelo Juízo de origem indeferiu os pedidos da agravante, determinando a aplicação de multa de 10% sobre o valor do débito remanescente, nos termos do CPC/2015, art. 523, § 2º. A impugnação à penhora indevida foi igualmente rejeitada, sob o fundamento de que o acórdão condenatório transitado em julgado teria legitimado a cobrança dos honorários de sucumbência.

A agravante interpôs embargos de declaração, os quais foram rejeitados, com a manutenção da decisão anterior. Diante disso, não restou alternativa senão a interposição do presente agravo de instrumento.

DO DIREITO

A decisão agravada padece de vícios que ensejam sua reforma, conforme se demonstrará a seguir.

1. DA ILEGALIDADE DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Nos termos do CPC/2015, art. 85, § 18º, a verba honorária sucumbencial pertence ao advogado da parte vencedora. No caso em tela, a parte agravada não constituiu advogado nos autos, razão pela qual não há que se falar em cobrança de honorários sucumbenciais.

A decisão agravada, ao determinar a inclusão de honorá"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de agravo de instrumento interposto pela parte agravante contra decisão que determinou a inclusão de honorários de sucumbência nos cálculos de cumprimento de sentença e a penhora de valores em sua conta bancária. A agravante, em suas razões, alega a ilegalidade da cobrança de honorários sucumbenciais, a ilegitimidade da parte agravada e a desproporcionalidade da penhora realizada.

O recurso foi devidamente processado com pedido de efeito suspensivo. Recolhidas as custas processuais e apresentadas as contrarrazões pela parte agravada, o agravo encontra-se apto para julgamento.

Voto

Excelentíssimos Senhores Desembargadores, passo à análise do mérito do presente recurso, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais.

1. Da Ilegalidade da Cobrança de Honorários de Sucumbência

Conforme estabelece o CPC/2015, art. 85, § 18º, os honorários de sucumbência pertencem exclusivamente ao advogado da parte vencedora. No caso em análise, restou incontroverso que a parte agravada não constituiu advogado nos autos, razão pela qual não há amparo legal para a cobrança dessa verba.

A decisão agravada, ao determinar a inclusão dos honorários sucumbenciais nos cálculos, violou o princípio da legalidade, assegurado pela CF/88, art. 5º, II, uma vez que inexiste base jurídica para a cobrança dessa verba pela parte agravada desassistida por advogado.

2. Da Ilegitimidade da Parte Agravada

A execução de honorários sucumbenciais é prerrogativa exclusiva do advogado constituído, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência. A ausência de advogado impede a legitimação da parte agravada para pleitear os valores correspondentes, tornando ilegítima a cobrança realizada.

Assim, entendo que houve erro de procedimento por parte do juízo de origem ao admitir a legitimidade da parte agravada para a execução de honorários sucumbenciais.

3. Da Penhora Indevida

A ordem de penhora emitida pelo juízo de origem foi desproporcional, uma vez que a agravante havia realizado o pagamento do débito principal. A ausência de oportunidade para o complemento do pagamento pelo juízo de origem configura violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa, previstos na CF/88, art. 5º, LV.

Ademais, a penhora de valores em conta bancária da agravante, sem observância do devido processo legal e de critérios de proporcionalidade, também afronta o direito fundamental à propriedade, consagrado na CF/88, art. 5º, XXII.

4. Da Reforma da Decisão

Verifico que a decisão recorrida padece de vícios que justificam a sua reforma. A inclusão de honorários sucumbenciais nos cálculos do cumprimento de sentença, a ilegitimidade da parte agravada e a penhora indevida de valores em conta bancária configuram erros materiais e procedimentais que ensejam a concessão de provimento ao agravo.

Dispositivo

Ante o exposto, em respeito ao princípio da legalidade, da ampla defesa e do contraditório, voto no sentido de dar provimento ao agravo de instrumento para:

  1. Determinar a exclusão dos honorários de sucumbência dos cálculos de cumprimento de sentença;
  2. Declarar a ilegitimidade da parte agravada para a execução de honorários sucumbenciais;
  3. Suspender a decisão agravada quanto à penhora de valores em conta bancária da agravante;
  4. Reconhecer como quitado o débito principal, conforme valores já depositados pela agravante;
  5. Condenar a parte agravada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios devidos.

É como voto.

Termos Finais

[Local], [data].

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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