Modelo de Agravo de Instrumento para Revisão de Cálculos Homologados em Cumprimento de Sentença

Publicado em: 23/11/2024 Processo Civil
Este documento trata de um agravo de instrumento interposto contra decisão judicial que homologou cálculos apresentados pela contadoria judicial em desacordo com os parâmetros definidos em sentença. O agravo busca a revisão dos cálculos homologados, que foram considerados incorretos, resultando em um valor excessivo indevido ao agravante. O pedido inclui a atribuição de efeito suspensivo para evitar dano irreparável e a reforma da decisão para novos cálculos que respeitem a coisa julgada.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Tribunal de Justiça do Estado de [Estado/UF]

Agravante: [Nome do agravante - somente iniciais]
Agravado: [Nome do agravado - somente iniciais]

[Nome do agravante - somente iniciais], representado por seu advogado, OAB/UF nº [número], com endereço eletrônico [e-mail do advogado], nos autos da ação originária de número [número do processo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de atribuição de efeito suspensivo, em face da decisão que homologou os cálculos apresentados pela contadoria judicial, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

I - BREVE RELATO DOS FATOS

Trata-se de cumprimento de sentença em que foram apresentados cálculos pela contadoria judicial, os quais não respeitam os parâmetros definidos na sentença. A sentença estabeleceu critérios claros para a correção monetária e aplicação de juros sobre os valores devidos, especificando que os juros deveriam incidir somente sobre o valor da restituição, enquanto que, para o Agravado, a fruição deveria ser limitada ao percentual de 5%.

Contudo, os cálculos apresentados pela contadoria incluem a correção monetária sobre a fruição acrescida dos juros, prática que não encontra amparo na sentença transitada em julgado. Em nenhum momento a sentença determinou a correção da fruição, tampouco a aplicação de juros cumulados sobre o valor da fruição. A homologação dos cálculos com tais incorreções impõe ao Agravante um ônus indevido, gerando um valor excessivo e em desacordo com o decidido.

Além disso, é importante destacar que a sentença foi expressa ao determinar que a fruição deveria ser limitada ao percentual de 5%, sem qualquer menção à aplicação de correção monetária sobre tal montante. Os cálculos apresentados pela contadoria, entretanto, desconsideraram totalmente o comando judicial, extrapolando os limites da sentença ao adicionar valores que não possuem base legal ou respaldo na decisão condenatória. O Agravante, ao perceber as incorreções, apresentou impugnação de maneira fundamentada, a qual, no entanto, não foi acolhida, resultando na homologação equivocada dos cálculos.

A homologação dos cálculos nos moldes apresentados pela contadoria judicial compromete gravemente os direitos do Agravante, impondo-lhe um valor indevido, muito superior ao efetivamente devido, contrariando o comando judicial que transitou em julgado e, consequentemente, violando a segurança jurídica garantida pela coisa julgada. A decisão que homologa cálculos incorretos, que não respeitam os parâmetros fixados na sentença, deve ser revista, pois representa flagrante excesso de execução.

II - DA DECISÃO AGRAVADA

A decisão agravada homologou os cálculos apresentados pela contadoria judicial, desconsiderando as impugnações do Agravante quanto ao excesso de execução, em razão da aplicação incorreta dos critérios de correção monetária e juros sobre a fruição. A sentença é expressa ao determinar que apenas o valor da restituição deve ser corrigido e acrescido de juros, enquanto que a fruição deve ser aplicada apenas no percentual de 5%, sem qualquer menção a correção monetária ou juros adicionais.

A homologação dos cálculos em tais condições faz com que o Agravante seja onerado injustamente, pois os valores calculados não refletem a realidade da condenação. A decisão agravada, ao ratificar os cálculos equivocados, viola não apenas os termos da sentença condenatória, mas também o princípio da proporcionalidade, ao determinar que o Agravante arque com valores que não lhe são devidos. Tal situação se revela ainda mais gravosa quando consideramos o impacto financeiro que a execução de valores indevidos pode causar à parte, acarretando danos patrimoniais e até mesmo prejuízos de difícil reparação.

III - DO DIREITO

O Agravante sustenta que a decisão agravada desrespeitou os limites impostos pela sentença transitada em julgado, violando o princípio da coisa julgada, conforme CF/88, art. 5º, XXXVI, que assegura a imutabilidade das decisões judiciais. A sentença estabeleceu de forma clara e precisa que a correção monetária e os juros deveriam incidir exclusivamente sobre o valor da restituição, sendo a fruição limitada ao percentual de 5%, sem qualquer menção à atualização monetária ou incidência de juros sobre essa.

De acordo com o CPC/2015, art. 509, § 4º, a liquidação de sentença deve observar rigorosamente os critérios estabelecidos na decisão condenatór"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

O agravante interpõe o presente agravo de instrumento contra decisão que homologou cálculos apresentados pela contadoria judicial, os quais desrespeitam os parâmetros previamente estabelecidos na sentença transitada em julgado. Em síntese, a sentença exequenda definiu que a correção monetária e os juros de mora deveriam incidir apenas sobre o valor principal da restituição, ao passo que a fruição deveria ser limitada ao percentual de 5%, sem previsão de atualização monetária. No entanto, os cálculos homologados incluíram a correção monetária e juros também sobre a fruição, impondo ao agravante valores superiores ao devido e em desacordo com a sentença.

A decisão agravada homologou os cálculos, ignorando as impugnações apresentadas pelo agravante. Em sua impugnação, o agravante apontou detalhadamente os equívocos cometidos, como a aplicação de correção e juros sobre a fruição, algo que não foi determinado pela sentença. A homologação nos termos apresentados compromete o equilíbrio entre as partes e desrespeita a coisa julgada, gerando um enriquecimento sem causa para o agravado. O presente recurso visa à reforma dessa decisão, para garantir que os cálculos sejam refeitos em estrita observância ao comando sentencial.

Defesas Possíveis pela Parte Contrária

A parte contrária (agravado) pode alegar que os cálculos apresentados pela contadoria judicial foram realizados com base na interpretação mais favorável da sentença, objetivando preservar os direitos do credor e evitar qualquer tipo de déficit no pagamento. Pode argumentar que a aplicação de correção monetária sobre a fruição seria justificável como medida compensatória para manter o valor real do crédito, diante do período em que houve a mora na execução.

Ademais, o agravado poderá sustentar que os parâmetros utilizados pela contadoria não extrapolaram os limites da sentença, mas sim seguiram os critérios comumente aplicáveis em execução para garantir a correção do valor devido, prevenindo prejuízos ao credor, especialmente em contextos de desvalorização monetária. Por fim, poderá argumentar que a decisão que homologou os cálculos está amparada pela presunção de legitimidade dos atos judiciais, não havendo erro material claro que justifique a sua revisão.

Conceitos e Definições Importantes

  • Agravo de Instrumento: é o recurso utilizado para atacar decisões interlocutórias (decisões proferidas durante o curso do processo e que não põem fim à lide), especialmente em situações que causam prejuízo imediato à parte e que não podem aguardar a decisão final do processo.

  • Coisa Julgada: Trata-se da imutabilidade da decisão judicial, garantida pelo CF/88, art. 5º, XXXVI. A coisa julgada assegura que uma decisão judicial transitada em julgado não possa ser modificada em qualquer fase subsequente do processo.

  • Efeito Suspensivo: Pedido que visa suspender os efeitos da decisão agravada até que o recurso seja julgado. No contexto deste agravo, o efeito suspensivo busca evitar que o agravante seja compelido a pagar valores indevidos antes da revisão dos cálculos.

  • Liquidação de Sentença: Fase processual destinada a quantificar o valor devido quando a condenação não é líquida, ou seja, quando a sentença não determina o valor exato que deve ser pago.

Considerações Finais

O agravo de instrumento é um meio fundamental para assegurar que a execução de uma sentença seja realizada de acordo com o que foi expressamente decidido, respeitando os limites da coisa julgada e evitando o enriquecimento sem causa da parte contrária. Ao permitir que valores indevidos sejam cobrados com base em cálculos incorretos, a decisão agravada impõe ao agravante um ônus não previsto e contrário ao princípio da proporcionalidade.

A revisão dos cálculos homologados, bem como a atribuição de efeito suspensivo ao agravo, são medidas necessárias para evitar prejuízos irreparáveis ao agravante e garantir que a execução se dê de maneira justa e fiel aos termos da sentença. Desta forma, é imperioso que o Tribunal reavalie a decisão, assegurando a correta apuração dos valores devidos e restabelecendo o equilíbrio entre as partes envolvidas no processo.


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