Modelo de Agravo em Recurso Extraordinário ao STF com Alegação de Violação a Princípios Constitucionais
Publicado em: 24/02/2025 Processo CivilConstitucionalEXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PREÂMBULO
J. G. DO N., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO, com fundamento no CPC/2015, art. 1.042, contra a decisão que não admitiu o Recurso Extraordinário interposto nos autos do Agravo Regimental em Recurso Especial, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
O agravante foi condenado por homicídio qualificado, sendo que, em sede de recurso, foi alegado que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária às provas dos autos. Contudo, o Agravo Regimental interposto no Recurso Especial foi considerado intempestivo, sob o fundamento de que não se aplicam as regras do CPC/2015 sobre contagem de prazos em dias úteis e prazo unificado para recursos. Dessa forma, o recurso não foi conhecido.
A decisão que não admitiu o Recurso Extraordinário, por sua vez, fundamentou-se na ausência de repercussão geral da matéria e na inexistência de violação direta à Constituição Federal, o que motivou a interposição do presente Agravo em Recurso Extraordinário.
DO DIREITO
O presente recurso encontra amparo no CPC/2015, art. 1.042, que prevê a possibilidade de interposição de Agravo em Recurso Extraordinário contra decisão que não admite o Recurso Extraordinário. Ademais, a questão em debate envolve a aplicação de princípios constitucionais fundamentais, como o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal, previstos na CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV.
A decisão que não admitiu o Recurso Extraordinário desconsiderou a aplicação das regras do CPC/2015, art. 219, que estabelece a contagem de prazos processuais em dias úteis, bem como a unificação dos prazos recursais, o que configura violação ao princípio da segurança jurídica (CF/88, art. 5º, XXXVI).
Além disso, a análise da tempestividade do recurso deve observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, que são balizadores da interpretação e aplicação das normas processuais, conforme dispõe a CF/88, art. 5º, LIV.