Modelo de Alegações Finais em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) com Fundamentação na Imunidade Parlamentar e Invalidade de Provas
Publicado em: 05/10/2024 EleitoralALEGAÇÕES FINAIS
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA ___ª ZONA ELEITORAL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
[NOME COMPLETO DO ADVOGADO], advogado regularmente inscrito na OAB sob o nº [NÚMERO], com escritório profissional situado à [ENDEREÇO COMPLETO], endereço eletrônico [E-MAIL], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta por [NOME DO REPRESENTANTE], em face de [NOME DO REPRESENTADO], apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fundamento nos fatos e no direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
Trata-se de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ajuizada em face de [NOME DO REPRESENTADO], sob a alegação de prática de conduta vedada e abuso de poder político, em razão de discurso proferido na Câmara Municipal, o qual teria configurado propaganda eleitoral antecipada e irregular.
DOS FATOS
O Representado, na qualidade de vereador, proferiu discurso na Câmara Municipal, no exercício de suas funções parlamentares, abordando temas de interesse público e de sua atuação legislativa. O discurso foi transcrito e divulgado em redes sociais, sendo utilizado como fundamento para a presente AIJE.
A parte Representante sustenta que o discurso teria extrapolado os limites da atividade parlamentar, configurando propaganda eleitoral antecipada e abuso de poder político. No entanto, a acusação carece de fundamento, como será demonstrado a seguir.
DA INVALIDADE DA PROVA APRESENTADA
Preliminarmente, é necessário destacar a invalidade das provas apresentadas, consistentes em prints de publicações de redes sociais. Tais documentos não foram submetidos a qualquer tipo de verificação ou perícia que pudesse atestar sua autenticidade, violando-se, assim, a cadeia de custódia das provas.
Conforme dispõe o CPC/2015, art. 369, "as partes têm o ônus de provar os fatos que alegam". No entanto, a prova apresentada pela parte Representante não atende aos requisitos de confiabilidade e autenticidade, sendo inadmissível como elemento probatório válido.
Ademais, a ausência de verificação da autenticidade dos prints compromete a integridade da prova, em afronta ao princípio do devido processo legal, previsto no CF/88, art. 5º, LIV.
DO DIREITO
1. DA IMUNIDADE PARLAMENTAR
O discurso proferido pelo Representado encontra-se protegido pela imunidade parlamentar, prevista no CF/88, ar"'>...