Modelo de Alegações Finais em Ação de Obrigação de Fazer: Pedido de Indenização Securitária por Negativa Abusiva de Cobertura
Publicado em: 16/04/2024 CivelConsumidorALEGACÕES FINAIS
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.
Processo nº: _____________
A. J. dos S., já qualificado nos autos da presente ação de obrigação de fazer, que move em face de Seguradora XYZ, também devidamente qualificada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, apresentar suas ALEGACÕES FINAIS, nos termos do CPC/2015, art. 364, pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
Trata-se de ação de obrigação de fazer ajuizada pelo autor em razão da negativa da ré em realizar o pagamento da indenização securitária decorrente do furto do veículo segurado, ocorrido em __/__/____.
Após a comunicação do sinistro e a apresentação de toda a documentação exigida, a seguradora ré negou o pagamento sob a alegação de que houve divergências nas informações prestadas pelo autor, especialmente quanto aos locais onde o veículo teria transitado e estacionado nos dias anteriores ao furto.
O autor, no entanto, demonstrou que tais divergências não comprometem a veracidade do sinistro, tampouco configuram má-fé ou tentativa de fraude, sendo a negativa da ré injustificada e abusiva, em flagrante desrespeito às normas consumeristas e contratuais aplicáveis.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que a relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme disposto no CDC, art. 2º e art. 3º, §2º, uma vez que o autor figura como consumidor e a ré como fornecedora de serviços.
O contrato de seguro celebrado entre as partes estabelece a obrigação da seguradora de indenizar o segurado em caso de sinistro devidamente comprovado, mediante o pagamento do prêmio. No caso em tela, o autor cumpriu todas as suas obrigações contratuais, incluindo o pagamento regular do prêmio e a comunicação tempestiva do sinistro, acompanhada da documentação necessária.
A negativa de cobertura pela ré, sob o argumento de divergências nas informações prestadas, configura prática abusiva, vedada pelo CDC, art. 51, IV, que considera nulas as cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada ou que sejam incompatíveis com a boa-fé e a equidade.
Ademais, a ré não demonstrou qualquer indício de má-fé ou tentativa de fraude por parte do autor, sendo certo que eventuais inconsi"'>...