Modelo de Alegações Finais em Ação de Ressarcimento por Inadimplemento Contratual

Publicado em: 02/10/2024 CivelProcesso Civil
Este documento apresenta as alegações finais de M. F. de S. L., parte Requerente em processo cível, em face de C. E. da S., o Requerido. A ação trata de inadimplemento contratual referente à construção de um telhado de garagem, com pedido de ressarcimento do valor pago de R$ 2.000,00, além de danos materiais, morais e honorários advocatícios. Fundamenta-se nos artigos 422, 475, e 884 do Código Civil, além do artigo 389 do CPC/2015, destacando a violação do princípio da boa-fé objetiva e o enriquecimento ilícito do Requerido. O documento inclui jurisprudência para reforçar os pedidos e requer a condenação do Requerido ao pagamento do valor devido, devidamente corrigido, e das custas processuais.

ALEGAÇÕES FINAIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Requerente: M. F. de S. L.

Requerido: C. E. da S.

M. F. de S. L., já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do CPC/2015, art. 364, §2º, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

A Requerente contratou os serviços do Requerido para a construção de um telhado para garagem, no valor total de R$ 3.000,00 (três mil reais). Para tanto, realizou o pagamento de uma entrada no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), conforme comprovante anexado aos autos.

O Requerido, entretanto, não cumpriu com a sua obrigação contratual, deixando de realizar a construção do telhado e, ainda, recusando-se a devolver o valor pago pela Requerente. Tal conduta configura inadimplemento contratual, causando prejuízos materiais e morais à Requerente.

Assim, a presente ação visa o ressarcimento do valor pago, bem como a reparação pelos danos causados.

DO DIREITO

O inadimplemento contratual por parte do Requerido é evidente, configurando violação ao princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, que impõe às partes o dever de lealdade e cooperação na execução do contrato.

Nos termos do CCB/2002, art. 475, "a parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir o cumprimento da obrigação, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos". Assim, é direito da Requerente obter o ressarcimento do valor pago, uma vez que o Requerido não cumpriu com a sua obrigação.

Além disso, o CCB/2002, art. 884, dispõe que "aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários". No caso em tela, o Requerido enriqueceu-se ilicitamente ao reter o valor pago pela Requerente sem prestar o serviço contratado.

Por fim, o CPC/2015, art. 389, prevê que "não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado". Assim, a Requerente faz jus à devolução do valor pago, devidamente corrigido, além da condenação do Requerido ao pagamento de honorários advocatícios.

JURISPRUDÊNCIAS

Embora as jurisprudências fornecidas tratem de situações relacionadas à advocacia predatória, é possível extrair delas a importância de se observar os princípios da boa-fé e da lealdade processual, bem como a necessidade de se evitar o enriquecimento sem causa. Nesse sentido:

"Ação declaratória e indenizatória. Hipótese em que sérios indícios de "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Processo nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Requerente: M. F. de S. L.

Requerido: C. E. da S.

Relatório

Trata-se de ação proposta por M. F. de S. L. em face de C. E. da S., visando o ressarcimento do valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) pagos como entrada para a construção de um telhado de garagem, o qual não foi executado pelo Requerido. A Requerente alega inadimplemento contratual, prejuízos materiais e morais, requerendo, ainda, a condenação do Requerido ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais.

O Requerido, devidamente citado, não apresentou contestação. Os autos encontram-se instruídos, prontos para julgamento.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário devem ser públicos, fundamentados e em obediência ao devido processo legal. Desta forma, passo à análise dos fatos e do direito.

Dos Fatos

Restou incontroverso que a Requerente realizou o pagamento de entrada no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), conforme comprovante anexado aos autos, sem que o Requerido tenha cumprido sua obrigação contratual de construir o telhado da garagem. Além disso, o Requerido recusou-se a devolver o valor pago, configurando enriquecimento sem causa.

Do Direito

O inadimplemento contratual é evidente e viola o princípio da boa-fé objetiva, disposto no art. 422 do Código Civil, que impõe o dever de cooperação e lealdade na execução dos contratos.

O art. 475 do Código Civil assegura à parte lesada pelo inadimplemento a possibilidade de exigir o cumprimento da obrigação ou a resolução contratual, cumulada com indenização por perdas e danos. No caso em exame, a Requerente faz jus ao ressarcimento do valor pago, devidamente corrigido.

Ademais, o art. 884 do Código Civil veda o enriquecimento sem causa, determinando a restituição de valores indevidamente auferidos. A conduta do Requerido é incompatível com os princípios contratuais de boa-fé e equilíbrio obrigacional.

Conforme previsto no art. 389 do Código de Processo Civil, o inadimplemento gera a obrigação de reparar perdas e danos, acrescidos de juros e correção monetária, além de honorários advocatícios. Assim, a pretensão da Requerente encontra respaldo legal e jurisprudencial.

Jurisprudências

"A parte lesada pelo inadimplemento contratual pode exigir a reparação pelos danos materiais e morais, devendo prevalecer os princípios da boa-fé e do equilíbrio contratual."
TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel.: Des. João Camillo de Almeida Prado Costa
"O enriquecimento sem causa é vedado pelo ordenamento jurídico, sendo imperiosa a restituição de valores indevidamente retidos."
TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Rel.: Des. João Camillo de Almeida Prado Costa

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal; nos arts. 422, 475 e 884 do Código Civil; e no art. 389 do Código de Processo Civil, julgo procedente o pedido formulado por M. F. de S. L., para fins de:

  1. Condenar o Requerido C. E. da S. ao ressarcimento do valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), devidamente corrigido;
  2. Condenar o Requerido ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 10% sobre o valor da condenação;
  3. Condenar o Requerido ao pagamento das custas processuais;

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data]

Juiz de Direito: [NOME DO MAGISTRADO]


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