Modelo de Alegações Finais em Processo de Homicídio Qualificado: Pedido de Impronúncia e Garantia de Plenitude de Defesa

Publicado em: 02/03/2024 Direito Penal
Apresentação de Alegações Finais pelo acusado em processo de homicídio qualificado, com fundamentação no art. 403, §3º, do CPP. O documento expõe a ausência de provas robustas para comprovação da autoria do delito, invocando o princípio do in dubio pro reo e a necessidade de plenitude de defesa. São requeridas a decisão de impronúncia, a realização de atos complementares para elucidação dos fatos e o julgamento por um Conselho de Sentença imparcial, com observância dos princípios constitucionais aplicáveis ao Tribunal do Júri.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fundamento no art. 403, §3º, do CPP, nos termos que seguem.

DOS FATOS

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio qualificado, previsto no art. 121, §2º, do CP. Segundo a denúncia, no dia __/__/____, na localidade de __________, o acusado teria, supostamente, ceifado a vida da vítima, M. F. de S. L., mediante dissimulação e emprego de meio cruel.

Durante a instrução processual, foram colhidos depoimentos de testemunhas, realizadas perícias e ouvidas as partes envolvidas. Contudo, a defesa sustenta que a autoria do delito não foi devidamente comprovada, havendo sérias dúvidas quanto à participação do acusado nos fatos narrados.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o Tribunal do Júri é o juízo natural para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, conforme disposto no CF/88, art. 5º, XXXVIII, "d". Nesse contexto, a plenitude de defesa e o contraditório devem ser assegurados ao acusado em todas as fases do procedimento, sob pena de nulidade.

No presente caso, a defesa aponta a ausência de provas robustas e inequívocas que demonstrem a autoria do crime imputado ao acusado. O princípio do in dubio pro reo, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, impõe que, diante de dúvidas quanto à autoria ou materialidade do delito, deve-se decidir em favor do réu.

Ademais, a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, prevista no CF/88, art. 5º, XXXVIII, "c", não pode ser utilizada como justificativa para condenações baseadas em provas frágeis ou insuficientes. É imprescindível que o Conselho de Sentença tenha acesso a um conjunto probatório sólido e coerente para fundamentar suas decisões.

JURISPRUDÊNCIAS

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue a simulação de voto do magistrado em formato HTML, com base no documento fornecido e nos fundamentos constitucionais e legais mencionados:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de julgamento no âmbito do Tribunal do Júri, em que o réu, A. J. dos S., é acusado da prática do crime de homicídio qualificado, previsto no art. 121, §2º, do Código Penal, cometido supostamente contra a vítima M. F. de S. L., mediante dissimulação e emprego de meio cruel.

Após a análise dos autos, dos depoimentos colhidos, das perícias realizadas e das alegações finais apresentadas pela defesa e pela acusação, passo a proferir meu voto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que determina que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas.

Da Análise Hermenêutica entre os Fatos e o Direito

Conforme relatado, o princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV) foi devidamente observado durante a instrução processual. No entanto, a análise do conjunto probatório revela a fragilidade das provas apresentadas pela acusação quanto à autoria do delito.

O princípio do in dubio pro reo, consagrado no art. 5º, LVII, da CF/88, impõe que, na ausência de provas inequívocas sobre a autoria ou materialidade do delito, deve-se decidir em favor do réu. A ausência de elementos probatórios claros e consistentes impede uma condenação justa e fundamentada.

Ademais, ainda que o Tribunal do Júri seja soberano em seus veredictos (CF/88, art. 5º, XXXVIII, "c"), não se pode admitir que tal soberania seja exercida com base em provas frágeis, sob pena de afronta aos princípios da justiça e do devido processo legal.

Dos Fundamentos Legais e Constitucionais

O Código de Processo Penal, em seu art. 414, estabelece que, na ausência de provas suficientes de autoria ou materialidade, deve ser proferida decisão de impronúncia. Tal decisão não encerra o processo em definitivo, mas assegura que o acusado não seja submetido a julgamento sem um conjunto probatório robusto.

Ressalta-se que o direito à plenitude de defesa (CF/88, art. 5º, XXXVIII, "d") constitui pilar fundamental do Tribunal do Júri, devendo ser assegurado em todas as fases do procedimento. No presente caso, a inconsistência das provas apresentadas pela acusação compromete a imparcialidade do julgamento.

Conclusão do Voto

Diante do exposto, em respeito aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, e considerando a ausência de provas suficientes para sustentar a acusação, julgo procedente o pedido de impronúncia do réu, nos termos do art. 414 do Código de Processo Penal.

Caso, eventualmente, surjam novas provas que demonstrem de forma inequívoca a autoria do delito, poderá ser reaberto o processo, conforme previsto em lei. No momento, contudo, entendo que o conjunto probatório atual não autoriza a submissão do acusado ao julgamento pelo Tribunal do Júri.

Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de impronunciar o acusado A. J. dos S., com base no art. 414 do CPP, determinando o arquivamento do processo, sem prejuízo de eventual reabertura, caso surjam novas provas.

É como voto.

Simulação de decisão fundamentada conforme os princípios constitucionais e legais vigentes no ordenamento jurídico brasileiro.

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