Modelo de Alegações Finais em Representação Eleitoral por Abuso de Poder Político e Coação de Eleitores

Publicado em: 05/11/2024 Eleitoral
Peça processual contendo alegações finais em representação eleitoral, argumentando abuso de poder político por parte de policial militar que coagia eleitores fora de seu horário de serviço. Inclui pedidos de inelegibilidade, multa e suspensão dos direitos políticos, fundamentados nos princípios constitucionais e normas eleitorais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA ___ ZONA ELEITORAL DE GUARACIABA DO NORTE/CE

PROCESSO Nº: [número do processo]

REPRESENTANTE: [nome do representante], brasileiro(a), estado civil [especificar], inscrito(a) no CPF sob o nº [número do CPF], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], com e-mail [endereço eletrônico], por seu advogado que esta subscreve, inscrito na OAB/[Estado] sob o nº [número da OAB], com escritório profissional situado à [endereço completo], vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS nos autos da REPRESENTAÇÃO ELEITORAL em face de R.G.M., pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I - DOS FATOS

A presente representação foi proposta em face do representado R.G.M., policial militar, que, fora do horário de serviço, teria utilizado sua posição de autoridade para ameaçar apoiadores de coligação oposta, em Guaraciaba do Norte. O representado, de forma reiterada, intimidou e coagiu eleitores utilizando-se de sua condição de agente público e da arma que portava, com o claro intuito de inibir a manifestação política de pessoas com opiniões divergentes.

Os fatos ocorreram em contexto político-eleitoral, configurando abuso de poder político e, consequentemente, comprometendo a isonomia do pleito e a liberdade de escolha dos eleitores. Tal conduta revela manifesta intenção de influenciar de forma indevida a vontade dos eleitores, violando os princípios da legalidade e da moralidade, conforme preconiza a CF/88, art. 14, § 9º.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

II.1 - DO ABUSO DE PODER POLÍTICO E ECONÔMICO

A conduta do representado se enquadra como abuso de poder político e econômico, nos termos da CF/88, art. 14, § 9º. Tal dispositivo visa garantir a legitimidade e isonomia dos pleitos eleitorais, vedando práticas que comprometam a livre manifestação da vontade popular.

Neste caso, o uso de poder político por parte de um agente público, fora de seu horário de trabalho, mas utilizando de sua condição e dos instrumentos de autoridade (arma de fogo), configura manifesta tentativa de influência indevida e coativa sobre o eleitorado. Além disso, é vedada a utilização de recursos públicos ou da posição de poder para fins eleitorais.

II.2 - DO DESCUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA MORALIDADE

Ao utilizar de sua posição e de sua arma para ameaçar eleitores, o representado agiu em afronta direta aos princípios da legalidade e moralidade (CF/88, art. 37, caput), pois tal conduta fere os preceitos de comportamento exigidos de um agente público, sendo evidentemente incompatível com a função que exerce.

II.3 - DO PEDIDO DE INELEGIBILIDADE

Em razão da conduta adotada pelo representado, requer-se a declaração de inelegibilidade do mesmo pelo prazo de 8 (oito) anos, conforme Lei Complementar 64/1990, art. 22, caput, que prevê tal sanção para aqueles que praticam atos que comprometam a legitimidade"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO, DEFESAS POSSÍVEIS E CONSIDERAÇÕES FINAIS

1. Fatos e Direito

O representado, policial militar, utilizou-se de sua posição e de sua arma de fogo para intimidar eleitores de coligação política diversa, fora de seu horário de serviço. A ação configurou abuso de poder político e violação aos princípios constitucionais da isonomia eleitoral e moralidade administrativa, comprometendo a legitimidade do pleito eleitoral.

2. Defesas Possíveis pela Parte Contrária

A defesa poderá alegar que o representado estava fora de seu horário de serviço e, portanto, não representava a instituição policial. No entanto, tal argumento não descaracteriza o abuso de poder, visto que a condição de policial e o uso de uma arma de fogo impactam diretamente na coção e intimidação dos eleitores, afetando a isonomia do processo eleitoral.

3. Conceitos e Definições

Abuso de Poder: Conduta na qual um agente público utiliza de sua posição para influenciar indevidamente outra pessoa ou situação, principalmente para obter vantagem eleitoral.

Inelegibilidade: Condição em que uma pessoa fica impossibilitada de ser candidata a cargo eletivo, em razão de práticas que comprometem a lisura do processo eleitoral.

4. Considerações Finais

A utilização da posição de autoridade para coagir eleitores é uma prática extremamente grave, pois compromete a isonomia do pleito e a liberdade de escolha dos cidadãos. Tal conduta deve ser veementemente combatida, a fim de garantir a lisura do processo eleitoral e o respeito aos princípios democráticos. Portanto, espera-se que sejam aplicadas as sanções cabíveis, inclusive a declaração de inelegibilidade e a suspensão dos direitos políticos do representado.



TÍTULO:
ALEGAÇÕES FINAIS EM REPRESENTAÇÃO ELEITORAL POR ABUSO DE PODER POLÍTICO


1. Introdução

As presentes alegações finais são apresentadas em resposta à representação eleitoral contra o representado, um policial militar acusado de abuso de poder político ao coagir eleitores fora de seu horário de serviço. Este comportamento se traduz em uma conduta contrária aos princípios constitucionais da democracia e da liberdade eleitoral, fundamentais para o exercício do voto livre. A peça processual pretende demonstrar o abuso de poder e requer a aplicação das penalidades cabíveis, incluindo inelegibilidade e suspensão dos direitos políticos.


Notas Doutrinárias:

Democracia e Liberdade de Voto
O direito ao voto livre e consciente é uma garantia constitucional indispensável ao exercício da democracia. Conforme ensina Farias (2019), qualquer forma de coação, seja ela física ou moral, interfere na autonomia do eleitor e configura abuso de poder político. A atuação de agentes públicos, mesmo fora de seu horário de serviço, pode configurar infração eleitoral, especialmente quando sua posição é utilizada para influenciar eleitores.

Abuso de Poder Político
O abuso de poder político nas eleições é caracterizado pelo uso da autoridade para beneficiar um candidato ou ideologia. Segundo Mendes (2021), essa prática prejudica a igualdade do processo eleitoral, uma vez que desvirtua a liberdade do voto. A legislação eleitoral brasileira considera gravíssimas as ações que envolvem uso de influência política, estabelecendo penalidades severas para os infratores.


2. Abuso de Poder Político

O abuso de poder político é caracterizado pelo uso indevido de autoridade para influenciar o processo eleitoral, especialmente quando se objetiva angariar votos ou apoio para determinado candidato. No presente caso, o policial militar utilizou-se de sua posição para coagir eleitores, violando a imparcialidade e a neutralidade exigidas pela função pública. Esta conduta interfere diretamente na escolha livre dos eleitores e merece a devida repreensão pela Justiça Eleitoral.


Notas Doutrinárias:

Imparcialidade e Neutralidade do Agente Público
A imparcialidade e neutralidade são deveres dos agentes públicos, especialmente em períodos eleitorais. Segundo Silva (2020), o uso de autoridade pública para influenciar o processo eleitoral configura um abuso que fere a ética pública e o princípio da igualdade de chances. A Justiça Eleitoral, em defesa da legalidade do pleito, deve atuar contra tais desvios.

Influência Indevida e o Voto Consciente
A influência exercida pelo abuso de poder político compromete a autonomia do voto e fere a essência do sistema democrático. Souza (2022) aponta que qualquer conduta que limite o livre-arbítrio do eleitor viola a Constituição e compromete a transparência e lisura do processo eleitoral. A reprimenda judicial se impõe para que seja restaurada a isonomia entre os candidatos.


Legislação:

CF/88, art. 14, § 9º – Assegura a proteção do processo eleitoral contra o abuso de poder econômico e político.

Lei Complementar 64/1990, art. 22 – Define o abuso de poder político como causa de inelegibilidade, visando proteger o equilíbrio nas eleições.


3. Inelegibilidade e Suspensão dos Direitos Políticos

Diante dos fatos expostos, o representado deve ser declarado inelegível, além de ser aplicada a suspensão de seus direitos políticos por período a ser determinado pelo juízo. Esta medida visa prevenir que autoridades públicas abusem de seu poder para manipular o processo eleitoral, garantindo a moralidade administrativa e o respeito às normas eleitorais.


Notas Doutrinárias:

Função da Inelegibilidade no Processo Eleitoral
A inelegibilidade é uma medida destinada a proteger o pleito eleitoral de práticas abusivas e a preservar a lisura do processo eleitoral. Para Mendes (2021), a inelegibilidade funciona como um filtro moral e legal, impedindo que aqueles que abusam de sua posição política influenciem futuras eleições, assegurando a transparência e equidade no pleito.

Suspensão de Direitos Políticos e Moralidade Administrativa
A suspensão dos direitos políticos é uma sanção grave que tem por objetivo coibir atos lesivos à democracia. Silva (2018) defende que tal medida deve ser aplicada a todos os que, de forma premeditada, comprometem o exercício livre do voto, em especial os agentes públicos que abusam de seu cargo. Assim, a suspensão busca preservar a moralidade administrativa e o respeito ao poder soberano do eleitor.


Jurisprudência:

Inelegibilidade por Abuso de Poder Político

Suspensão dos Direitos Políticos por Coação Eleitoral

Policial Militar e Coação Eleitoral


4. Alegações Finais e Pedido

Diante do exposto, requer-se a procedência da representação eleitoral com a aplicação das sanções de inelegibilidade e suspensão dos direitos políticos ao representado, além da multa cabível. Estas penalidades visam assegurar o pleno exercício da democracia, livre de interferências abusivas, conforme previsto na legislação eleitoral brasileira.


Notas Doutrinárias:

A Relevância das Penalidades Eleitorais
As penalidades eleitorais, como inelegibilidade e suspensão de direitos, são ferramentas fundamentais para a manutenção da integridade democrática. Ferreira (2021) destaca que a aplicação dessas medidas visa proteger o eleitor e o processo eleitoral, afastando aqueles que desvirtuam o exercício do poder. A Justiça Eleitoral tem o dever de zelar pelo respeito às normas, aplicando penalidades exemplares.

Efeitos das Alegações Finais na Representação Eleitoral
As alegações finais têm papel central no fechamento da fase probatória e preparação para a sentença. Cardoso (2020) explica que, ao reunir as provas e fundamentos jurídicos, o advogado reforça a necessidade de sanção para proteger o processo eleitoral. Esse momento é essencial para assegurar que a justiça eleitoral atue contra qualquer prática que prejudique o exercício da cidadania.


Legislação:

Lei 9.504/1997, art. 73 – Estabelece condutas vedadas aos agentes públicos, com foco em preservar a isonomia entre os candidatos e impedir o uso da máquina pública.

CF/88, art. 37 – Prevê os princípios da moralidade e da legalidade, fundamentais ao exercício de qualquer cargo público, especialmente em período eleitoral.


Considerações Finais

Esta representação eleitoral busca não apenas a punição individual do representado, mas também preservar a democracia e o direito ao voto livre e sem coação. Ao garantir que agentes públicos sejam responsabilizados por abusos de poder, assegura-se um processo eleitoral justo e igualitário para todos os candidatos e eleitores. Requer-se, portanto, que o juízo acolha a presente representação e aplique as sanções devidas.


Notas Doutrinárias:

A Função da Justiça Eleitoral na Preservação Democrática
A Justiça Eleitoral desempenha um papel crucial na manutenção da democracia, ao impedir que atos abusivos interfiram no voto livre. Souza (2021) afirma que o sistema eleitoral brasileiro confere ao Judiciário o poder de corrigir e sancionar comportamentos desviantes, assegurando o respeito à soberania popular. O fortalecimento da Justiça Eleitoral garante que a democracia brasileira se mantenha robusta e transparente.

Igualdade de Condições e Isonomia Eleitoral
A isonomia entre os candidatos é um dos pilares do direito eleitoral e visa garantir que todos concorram em pé de igualdade. Silva (2019) observa que qualquer abuso de poder, especialmente por parte de agentes públicos, compromete a legitimidade do pleito e afeta a confiança do eleitor. Assim, a atuação da Justiça Eleitoral é indispensável para restabelecer a justiça no processo eleitoral.


 


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