Modelo de Alegações Finais Escritas: Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens, Guarda e Alimentos
Publicado em: 02/01/2025 CivelProcesso Civil FamiliaALEGACÕES FINAIS ESCRITAS
Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens, Regulamentação de Guarda e Alimentos
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.
Processo nº __________
Requerente: __________
Requerido: __________
DOS FATOS
A Requerente e o Requerido mantiveram união estável por um período de aproximadamente ___ anos, convivendo como se casados fossem, com comunhão de vida e esforços mútuos para a construção de um patrimônio comum. Durante a união, foi constituída uma empresa que se tornou fonte de renda do casal, além de terem sido adquiridos veículos e maquinários, como pás carregadeiras e tratores, utilizados pela empresa de forma ininterrupta desde 2019.
Embora os referidos bens estejam registrados em nome de terceiros, é evidente que pertencem ao Requerido, sendo utilizados exclusivamente pela empresa. O Requerido não apresentou qualquer contrato de locação ou recibos que demonstrem a existência de uma relação jurídica de aluguel ou parceria com os supostos proprietários. Ademais, na audiência, o Requerido arrolou testemunhas que se passaram por proprietários dos bens, sem, contudo, apresentar qualquer documento comprobatório.
Por fim, a transferência de bens móveis, como veículos e maquinários, ocorre pela simples tradição, conforme prevê o ordenamento jurídico, não sendo necessário o registro no órgão competente para a comprovação da propriedade.
DO DIREITO
Nos termos do CCB/2002, art. 1.723, a união estável é reconhecida como entidade familiar, sendo aplicáveis as regras do regime de comunhão parcial de bens, salvo disposição em contrário. Assim, todos os bens adquiridos onerosamente durante a convivência devem ser partilhados entre as partes.
Quanto aos bens móveis, como veículos e maquinários, o CCB/2002, art. 1.267, estabelece que a propriedade se transfere pela tradição, ou seja, pela entrega do bem, independentemente de registro. No presente caso, os bens em questão foram adquiridos durante a união estável e são utilizados exclusivamente pela empresa constituída pelo casal, configurando-se como patrimônio comum.
Além disso, o CPC/2015, art. 373, I, determina que cabe ao autor o ônus de provar os fatos"'>...