Modelo de Alegações Finais Escritas: Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens, Guarda e Alimentos

Publicado em: 02/01/2025 CivelProcesso Civil Familia
Documento jurídico contendo alegações finais em ação de reconhecimento e dissolução de união estável, com pedidos de partilha de bens adquiridos durante a convivência (incluindo empresa, veículos e maquinários), regulamentação da guarda de filhos menores com base no princípio do melhor interesse da criança, e fixação de alimentos. Fundamentado no Código Civil (art. 1.723 e art. 1.267), no CPC (art. 373, I), na Constituição Federal (art. 227) e no ECA (art. 4º). Inclui análise jurídica, jurisprudências e pedidos formais ao juízo.

ALEGACÕES FINAIS ESCRITAS

Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens, Regulamentação de Guarda e Alimentos

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.

Processo nº __________

Requerente: __________

Requerido: __________

DOS FATOS

A Requerente e o Requerido mantiveram união estável por um período de aproximadamente ___ anos, convivendo como se casados fossem, com comunhão de vida e esforços mútuos para a construção de um patrimônio comum. Durante a união, foi constituída uma empresa que se tornou fonte de renda do casal, além de terem sido adquiridos veículos e maquinários, como pás carregadeiras e tratores, utilizados pela empresa de forma ininterrupta desde 2019.

Embora os referidos bens estejam registrados em nome de terceiros, é evidente que pertencem ao Requerido, sendo utilizados exclusivamente pela empresa. O Requerido não apresentou qualquer contrato de locação ou recibos que demonstrem a existência de uma relação jurídica de aluguel ou parceria com os supostos proprietários. Ademais, na audiência, o Requerido arrolou testemunhas que se passaram por proprietários dos bens, sem, contudo, apresentar qualquer documento comprobatório.

Por fim, a transferência de bens móveis, como veículos e maquinários, ocorre pela simples tradição, conforme prevê o ordenamento jurídico, não sendo necessário o registro no órgão competente para a comprovação da propriedade.

DO DIREITO

Nos termos do CCB/2002, art. 1.723, a união estável é reconhecida como entidade familiar, sendo aplicáveis as regras do regime de comunhão parcial de bens, salvo disposição em contrário. Assim, todos os bens adquiridos onerosamente durante a convivência devem ser partilhados entre as partes.

Quanto aos bens móveis, como veículos e maquinários, o CCB/2002, art. 1.267, estabelece que a propriedade se transfere pela tradição, ou seja, pela entrega do bem, independentemente de registro. No presente caso, os bens em questão foram adquiridos durante a união estável e são utilizados exclusivamente pela empresa constituída pelo casal, configurando-se como patrimônio comum.

Além disso, o CPC/2015, art. 373, I, determina que cabe ao autor o ônus de provar os fatos"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de reconhecimento e dissolução de união estável, cumulada com partilha de bens, regulamentação de guarda e alimentos. A Requerente pleiteia o reconhecimento da união estável mantida com o Requerido, a partilha dos bens adquiridos durante a convivência, a regulamentação da guarda dos filhos menores e a fixação de alimentos. O Requerido, por sua vez, contesta os pedidos, alegando que os bens são de terceiros e que não houve união estável configurada.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal/1988, a motivação das decisões judiciais é requisito essencial para a validade do ato, devendo o magistrado expor os fundamentos de fato e de direito que embasam sua decisão.

1. Da União Estável

O art. 1.723 do Código Civil dispõe que a união estável configura-se como entidade familiar, sendo aplicável o regime de comunhão parcial de bens, salvo disposição em contrário. No presente caso, restou demonstrado que as partes mantiveram convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir família, preenchendo, assim, os requisitos legais para o reconhecimento da união estável.

2. Da Partilha de Bens

Conforme o art. 1.725 do Código Civil, os bens adquiridos onerosamente na constância da união estável são considerados comuns, salvo prova em contrário. No presente caso, a Requerente demonstrou que os bens móveis, como veículos e maquinários utilizados pela empresa, foram adquiridos durante a convivência e constituem patrimônio comum. Ademais, o art. 1.267 do Código Civil prevê que a propriedade de bens móveis transfere-se pela tradição, desnecessitando o registro para comprovação da titularidade.

O Requerido não apresentou provas documentais que comprovassem suas alegações de que os bens pertencem a terceiros, limitando-se a arrolar testemunhas que não apresentaram respaldo documental. Assim, reconheço a partilha igualitária dos bens adquiridos durante a união estável.

3. Da Guarda e dos Alimentos

Quanto à guarda dos filhos menores, deve ser observado o princípio do melhor interesse da criança, conforme previsto no art. 227 da Constituição Federal e no art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A regulamentação da guarda deve priorizar o bem-estar e o desenvolvimento integral dos menores, podendo ser fixada em regime compartilhado, caso não haja impedimento relevante.

Em relação aos alimentos, o binômio necessidade-possibilidade deve ser respeitado, garantindo-se que as necessidades dos menores sejam supridas, sem comprometer excessivamente a capacidade financeira do Requerido.

Dispositivo

Ante o exposto, com base no art. 93, IX, da Constituição Federal/1988, JULGO PROCEDENTE o pedido da Requerente para:

  1. Reconhecer e dissolver a união estável mantida entre as partes.
  2. Determinar a partilha igualitária dos bens adquiridos durante a convivência, incluindo os veículos e maquinários utilizados pela empresa.
  3. Regulamentar a guarda dos filhos menores, observando o princípio do melhor interesse da criança.
  4. Fixar alimentos em favor dos filhos menores, respeitando o binômio necessidade-possibilidade.

Condeno o Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data

__________________________

Magistrado


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