Modelo de Alegações Finais por Memoriais em Ação de Reintegração de Posse com Fundamentação no CPC/2015, Art. 561
Publicado em: 15/10/2024 Civel Direito ImobiliárioALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado
2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES
Processo nº: ____________
Requerente: A. M. da S.
Requerida: M. F. de S. L.
3. SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se de ação de reintegração de posse ajuizada por A. M. da S., na qualidade de usufrutuária de imóvel situado em ____________, contra sua ex-nora, M. F. de S. L., que reside no referido imóvel há aproximadamente 19 anos, de forma mansa, pacífica e ininterrupta.
A Requerida passou a residir no imóvel em virtude de sua união com o filho da Autora, com quem conviveu por 6 anos. Após o término da relação, o filho da Autora abandonou o lar, deixando a Requerida e o filho do casal no imóvel. Desde então, a Requerida permaneceu no local, exercendo posse direta e ostensiva, sem qualquer oposição.
A Autora, após longo período de inércia, ajuizou a presente ação, alegando esbulho possessório. Contudo, não compareceu à audiência de instrução e julgamento, frustrando a produção de prova oral e demonstrando desinteresse na condução do feito.
4. PRELIMINARES (SE HOUVER)
Não há preliminares a serem arguidas neste momento processual.
5. DO DIREITO
A presente demanda deve ser julgada totalmente improcedente, uma vez que não restaram preenchidos os requisitos legais para a concessão da tutela possessória pleiteada pela Autora.
Nos termos do CPC/2015, art. 561, para a procedência da ação de reintegração de posse, o autor deve comprovar:
- Posse anterior;
- Esbulho praticado pelo réu;
- Data do esbulho;
- Perda da posse.
No caso em tela, a Autora não demonstrou posse direta ou indireta recente sobre o imóvel, tampouco a ocorrência de esbulho. Ao contrário, a Requerida exerce a posse há quase duas décadas, de forma contínua, pacífica e com animus domini, o que afasta qualquer alegação de esbulho possessório.
Ademais, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a composse e a ausência de animus de retomada da posse por parte do autor impedem a caracterização do esbulho, conforme entendimento consolidado nos tribunais pátrios.
Importante destacar que a Autora, ao não comparecer à audiência de instrução e julgamento, deixou de produzir prova essencial à demonstração de sua posse anterior e do alegado esbulho, o que, por si só, conduz à improcedência da demanda.
Por fim, a posse da Requerida não é precária, tampouco derivada de "'>...