Modelo de Alegações Finais - Revisão de Qualificação de Crime de Tentativa de Homicídio

Publicado em: 21/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de alegações finais em processo criminal envolvendo tentativa de homicídio qualificado e lesão corporal. A defesa argumenta pela desclassificação do crime para uma tipificação menos gravosa, em razão da ausência de provas concretas que demonstrem as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Inclui princípios aplicáveis, conceitos e defesas possíveis da parte contrária.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de [cidade]

Processo n.º [número do processo]

Acusado: E. M. F., inscrito no CPF n.º [número], residente e domiciliado à [endereço], endereço eletrônico [e-mail do acusado].

Com a devida vênia e respeito, E. M. F., já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado constituído, vem, perante Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos abaixo expostos:

I - DOS FATOS

O acusado E. M. F. foi denunciado pelo Ministério Público pela prática dos crimes de tentativa de homicídio qualificado (CP, art. 121, § 2º, II e IV, c/c CP, art. 14, II) e lesão corporal (CP, art. 129, § 9º), em razão dos fatos ocorridos no dia 29 de maio de 2024, quando teria tentado matar Lindomar Pereira da Silva, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ter desferido uma coronhada na cabeça da vítima, causando-lhe lesões corporais.

É importante destacar que o réu é primário, possui bons antecedentes, 23 anos de idade, reside em endereço fixo e tem boa conduta social, conforme documentos anexados aos autos. Ademais, colaborou com a Justiça durante toda a instrução processual, sem oferecer qualquer resistência aos atos.

II - DO DIREITO

Inicialmente, cumpre analisar os elementos que caracterizam o crime de tentativa de homicídio qualificado (CP, art. 121, § 2º, II e IV, c/c CP, art. 14, II). Para que se configure o homicídio qualificado, é necessário que o agente tenha atuado com uma das circunstâncias qualificadoras previstas em lei, como motivo fútil e recurso que dificulte a defesa da vítima. Contudo, no presente caso, verifica-se que não há elementos concretos que evidenciem tais qualificadoras de maneira inequívoca.

No que tange à tentativa de homicídio, é imperioso destacar que a conduta do réu não foi suficiente para caracterizar a intenção de matar. O fato de a vítima não ter sofrido lesões de maior gravidade e de o réu não ter agido de maneira reiterada e contundente demonstra que a intenção homicida não restou suficientemente configurada, devendo-se, portanto, considerar a possibilidade de desclassificação do crime para uma tipificação menos gravosa.

Além disso, a c"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO, CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Neste caso, o réu Ediarle Mendes Ferreira foi denunciado pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como lesão corporal decorrente de uma coronhada desferida contra Lindomar Pereira da Silva. A defesa sustenta que não há elementos suficientes para caracterizar a tentativa de homicídio qualificado, sendo possível a desclassificação para um crime menos grave.

Os princípios constitucionais aplicáveis, como o princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da proporcionalidade, devem nortear a análise dos fatos, garantindo que a aplicação da lei penal seja justa e adequada à conduta praticada. A revisão da qualificação do crime imputado ao réu se faz necessária, tendo em vista a ausência de prova inequívoca da existência de motivo fútil e da utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Defesas que Podem Ser Opostas pela Parte Contrária:

  1. Manutenção da Qualificação do Crime: O Ministério Público pode sustentar que os elementos probatórios são suficientes para caracterizar as qualificadoras, sendo necessária a manutenção da acusação de tentativa de homicídio qualificado.

  2. Fato de Menor Potencial Ofensivo: O MP pode ainda argumentar que a lesão corporal configurada não é passível de absolvição, tendo em vista a existência de prova material que demonstre a ofensa à integridade física da vítima.

Conceitos e Definições:

  • Tentativa de Homicídio: Conduta na qual o agente tenta tirar a vida de outra pessoa, mas não logra êxito por circunstâncias alheias à sua vontade (CP, art. 14, II).

  • Motivo Fútil: Circunstância qualificadora do homicídio, que se caracteriza pela razão insignificante ou desproporcional para a prática do crime (CP, art. 121, § 2º, II).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O réu, além de ser primário e possuidor de bons antecedentes, colaborou com a Justiça e não apresenta periculosidade que justifique a manutenção das qualificadoras atribuídas ao crime de tentativa de homicídio. É essencial que a aplicação da lei penal seja justa e proporcional aos fatos, de modo a evitar penalizações excessivas e desproporcionais. Assim, a desclassificação para um crime menos grave é medida que se impõe.



TÍTULO:
ALEGAÇÕES FINAIS EM PROCESSO CRIMINAL ENVOLVENDO TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO E LESÃO CORPORAL


  1. Introdução

As presentes alegações finais têm por objetivo demonstrar a necessidade de desclassificação do crime de tentativa de homicídio qualificado para uma tipificação menos gravosa, considerando a ausência de provas concretas que justifiquem as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ademais, a defesa busca argumentar pela análise objetiva dos fatos e a aplicação correta dos princípios constitucionais do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana.

A defesa sustenta que as provas apresentadas nos autos são insuficientes para sustentar as qualificadoras, sendo necessária uma revisão das acusações em conformidade com o princípio da proporcionalidade e o respeito aos direitos do acusado.

Legislação:

CP, art. 121, § 2º. Tipificação de homicídio qualificado.

CF/88, art. 5º, LIV. Direito ao devido processo legal.

CP, art. 14, II. Configuração de tentativa de crime.


Jurisprudência:

Tentativa de homicídio

Lesão corporal

Desclassificação de qualificadora de homicídio


  1. Alegações Finais

Nas alegações finais, a defesa enfatiza a inexistência de provas que sustentem as qualificadoras do crime, especificamente o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a análise das provas apresentadas, a narrativa da acusação não conseguiu comprovar de maneira clara e inequívoca os elementos necessários para que essas qualificadoras sejam aplicadas, como exige o Código Penal.

Além disso, a defesa apresenta argumentos baseados em jurisprudências que reforçam a necessidade de uma reavaliação da tipificação, considerando a ausência de intenção prévia do réu em cometer o crime de forma qualificada e a complexidade dos fatos, que afastam a presunção de culpa agravada.

Legislação:

CP, art. 121, § 2º. Sobre as circunstâncias qualificadoras no homicídio.

CP, art. 129. Definição de lesão corporal.

CF/88, art. 5º, LVII. Presunção de inocência.


Jurisprudência:

Alegações finais em processo de homicídio

Alegações finais sobre lesão corporal

Revisão de qualificadora


  1. Tentativa de Homicídio

No que tange à tentativa de homicídio, é necessário esclarecer que a caracterização desse crime requer elementos claros de que o réu tenha agido com a intenção de matar, além de ter praticado atos concretos que iniciaram a execução do crime, mas que foram interrompidos por razões alheias à sua vontade. No caso em tela, os indícios apresentados nos autos não são suficientes para demonstrar essa intenção inequívoca.

A defesa, portanto, busca a desclassificação do crime para lesão corporal, já que a prova dos autos indica que os atos praticados pelo réu não configuram uma tentativa clara de homicídio, sendo a lesão corporal o resultado direto da conduta atribuída ao réu.

Legislação:

CP, art. 14, II. Definição de tentativa de crime.

CP, art. 129. Tipificação de lesão corporal.

CF/88, art. 5º, XLV. Princípio da responsabilidade penal.


Jurisprudência:

Tentativa de homicídio e intenção

Desclassificação de tentativa de homicídio

Tentativa de homicídio e lesão corporal


  1. Lesão Corporal

A conduta do réu, conforme demonstrado no decorrer do processo, revela que os fatos apontam para a prática de lesão corporal, e não tentativa de homicídio. A lesão corporal, conforme o CP, art. 129 do Código Penal, abrange situações em que a integridade física da vítima é afetada, sem que haja intenção de matar.

A lesão corporal pode ser classificada de acordo com a gravidade dos ferimentos e as circunstâncias que envolvem a sua prática. No presente caso, os elementos probatórios mostram que o réu agiu de forma a causar lesões à vítima, mas sem a intenção de dar causa à sua morte.

Legislação:

CP, art. 129. Definição de lesão corporal e suas gradações.

CP, art. 14, II. Tentativa de crime.

CF/88, art. 5º, XXXVIII. Competência do Tribunal do Júri.


Jurisprudência:

Lesão corporal

Desclassificação para lesão corporal

Gravidade da lesão corporal


  1. Revisão de Qualificação

A revisão da qualificação para um crime menos gravoso, como a lesão corporal, é uma medida necessária e justa quando as provas não sustentam as qualificadoras imputadas. No caso em questão, a acusação de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima não foi comprovada de forma robusta, o que impõe a revisão da acusação para uma tipificação mais adequada à realidade dos fatos.

Os princípios da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana devem ser observados ao julgar a conduta do réu, garantindo que a punição seja proporcional ao crime efetivamente praticado.

Legislação:

CP, art. 121, § 2º. Definição das qualificadoras do homicídio.

CF/88, art. 5º, LIV. Direito ao devido processo legal.

CP, art. 14, II. Definição de tentativa.


Jurisprudência:

Revisão de qualificadora

Desclassificação de qualificadora por motivo fútil

Recurso que dificultou a defesa da vítima


  1. Princípio da Dignidade e Princípio da Proporcionalidade

No direito penal, o princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da proporcionalidade atuam como garantias de que o réu não será punido de forma desproporcional ao crime que efetivamente praticou. No presente caso, a acusação de tentativa de homicídio qualificado é excessivamente gravosa diante da ausência de provas concretas que sustentem as qualificadoras.

Portanto, a defesa busca a aplicação justa dos princípios constitucionais, promovendo uma revisão da qualificação para garantir que a pena seja proporcional ao crime de lesão corporal, conforme os fatos demonstrados.

Legislação:

CF/88, art. 1º, III. Princípio da dignidade da pessoa humana.

CP, art. 59. Critérios de aplicação da pena.

CF/88, art. 5º, LIV. Direito ao devido processo legal.


Jurisprudência:

Princípio da dignidade

Princípio da proporcionalidade

Revisão por proporcionalidade da pena


  1. Considerações Finais

Diante da ausência de provas robustas que sustentem as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, a defesa requer a desclassificação do crime para lesão corporal, conforme previsto no CP, art. 129 do Código Penal. Além disso, requer-se que a aplicação da pena observe os princípios da dignidade e da proporcionalidade, em conformidade com os fatos apurados.

Assim, é necessária a absolvição do réu das qualificadoras imputadas e a sua responsabilização apenas pelos atos efetivamente praticados, em respeito ao devido processo legal e à justiça penal.


 


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