Modelo de Apelação Contra Sentença de Extinção Sem Resolução de Mérito para Regularização de Imóvel em Favor de Menor

Publicado em: 04/12/2024 CivelProcesso Civil Familia Direito Imobiliário
Recurso de apelação interposto contra sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito, sob fundamento de ausência de interesse de agir, em caso envolvendo menor representada por sua genitora. O pedido busca a reforma da sentença para reconhecer o interesse processual na transferência de propriedade de imóvel adquirido por contrato de gaveta, registrada em nome de terceiro. A apelação fundamenta-se no CPC/2015, art. 1.009, e na necessidade de proteção integral da menor, conforme os princípios constitucionais e normativos aplicáveis.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

APELAÇÃO

Apelante: M. F. dos S., representada por sua genitora, S. C. dos S.

Apelado: [INSERIR NOME DO APELADO]

Por intermédio de sua advogada, conforme instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor a presente APELAÇÃO, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, contra a r. sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito por falta de interesse de agir, requerendo o recebimento e processamento do recurso, com posterior remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça.

Segue, em anexo, as razões recursais.

Termos em que,

Pede deferimento.

[LOCALIDADE], [DATA].

[NOME DA ADVOGADA]

OAB/[UF][NÚMERO]


RAZÕES DE APELAÇÃO

PREÂMBULO

EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÂMARA, DOUTOS JULGADORES,

A presente apelação visa à reforma da r. sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito, com fundamento no CPC/2015, art. 485, VI, sob o argumento de ausência de interesse de agir. Contudo, conforme será demonstrado, a decisão merece ser reformada, pois o interesse processual está devidamente configurado, considerando a necessidade de regularização da propriedade do imóvel em favor da menor.

DOS FATOS

A menor M. F. dos S., representada por sua genitora, ajuizou ação visando à transferência de propriedade de um imóvel adquirido por seu pai por meio de contrato de gaveta. O imóvel, contudo, encontra-se registrado em nome de terceiro, o que impede a formalização da transferência diretamente no registro imobiliário.

Ocorre que o juízo de origem entendeu pela ausência de interesse de agir, extinguindo o processo sem resolução de mérito, com base no CPC/2015, art. 485, VI. Tal decisão desconsidera a necessidade de intervenção judicial para regularizar a situação jurídica do imóvel, prejudicando os direitos da menor.

DO DIREITO

O interesse de agir está configurado quando há necessidade de intervenção judicial para assegurar o direito pleiteado. No caso em tela, a menor busca a regularização da propriedade de um imóvel adquirido por seu pai, mas registrado em nome de terceiro. A ausência de registro em nome do pai impede a transferência direta à menor, tornando indispensável a atuação do Poder Judiciário.

Conforme o CCB/2002, art. 1.245, a transferência da propriedade de bens imóveis ocorre com o registro do título translativo no cartório de reg"'>...

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Informações complementares

Contexto Fático

A menor M. F. dos S., representada por sua genitora, S. C. dos S., ingressou com ação judicial visando à regularização da propriedade de um imóvel adquirido por seu pai por meio de um contrato de gaveta. Contudo, tal imóvel encontra-se registrado em nome de terceiro, impossibilitando o registro direto em nome da menor no cartório de registro de imóveis.

O juízo de primeira instância decidiu extinguir o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil de 2015, alegando ausência de interesse de agir. Tal decisão desconsiderou a necessidade de intervenção judicial para regularizar a titularidade do imóvel, situação que prejudica os direitos da menor e impede sua plena proteção.

Fundamentos Jurídicos

A decisão merece reforma, pois o interesse de agir está devidamente configurado no caso. Conforme o artigo 1.245 do Código Civil de 2002, a propriedade de bens imóveis somente se transfere com o registro do título translativo no cartório competente. O contrato de gaveta firmado pelo pai da menor carece de eficácia para transferir a titularidade, sendo indispensável a atuação judicial para suprir essa ausência de registro.

Além disso, o direito à propriedade é um direito fundamental garantido pelo artigo 5º, inciso XXII, da Constituição Federal de 1988. A proteção integral da criança, prevista no artigo 227 da Constituição Federal e no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), reforça o dever do Poder Judiciário de assegurar os direitos da menor, incluindo o direito à titularidade do imóvel.

A extinção do processo, sem análise do mérito, prejudica o princípio do melhor interesse da criança, que deve nortear todas as decisões judiciais que envolvem menores. A necessidade de regularização do imóvel é evidente e justifica a continuidade do processo para garantir a proteção do direito da menor.

Pedidos Fundamentais

Diante do exposto, a apelação apresentada pela menor requer:

  1. O conhecimento e provimento do recurso de apelação;
  2. A reforma da sentença para que seja reconhecido o interesse de agir e, consequentemente, determinado o prosseguimento do feito na instância de origem;
  3. A condenação do apelado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, conforme previsto no artigo 85 do Código de Processo Civil de 2015.

Considerações Finais

Portanto, a reforma da sentença é imprescindível para garantir o direito à propriedade da menor, assegurando a efetividade dos princípios constitucionais da proteção integral e do melhor interesse da criança. A atuação judicial no caso é indispensável para corrigir a irregularidade no registro do imóvel e proteger os direitos fundamentais da menor.


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