Modelo de Apresentação de Alegações Finais com Pedido de Absolvição por Insuficiência de Provas em Ação Penal

Publicado em: 30/05/2024 Direito Penal
Documento jurídico contendo as Alegações Finais apresentadas pela defesa no âmbito de processo criminal, com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal. O texto argumenta pela absolvição do réu, acusado de tentativa de homicídio, com base na ausência de provas suficientes, contradições nos depoimentos das testemunhas e vítima, e na aplicação do princípio do in dubio pro reo, conforme o artigo 386, inciso VII, do CPP. Inclui análise jurídica detalhada, citação de precedentes jurisprudenciais e pedidos subsidiários.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

ALEGAÇÕES FINAIS

O acusado C. R. dos S., já qualificado nos autos, por meio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal (CPP), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

PREÂMBULO

O acusado foi denunciado pela prática do crime previsto nos artigos 121, §2º, inciso IV, c/c artigo 14, inciso II, todos do Código Penal (CP), sob a alegação de que teria participado de tentativa de homicídio contra a vítima B. S..

DOS FATOS

Conforme consta nos autos, o inquérito policial foi instaurado por portaria. Durante a fase policial, o acusado negou a autoria do crime, afirmando que não teve qualquer envolvimento com os disparos de arma de fogo que atingiram a vítima.

As declarações das testemunhas ouvidas ao longo da instrução processual também não corroboram a tese acusatória:

  • J. V., testemunha, afirmou que estava em sua casa com o acusado quando ouviram os disparos. Após o ocorrido, o acusado teria retornado para sua residência.
  • L., irmã de J. V., declarou que ninguém estava armado e que, em momento algum, o acusado conversou com a vítima.

Além disso, a própria vítima apresentou versões contraditórias sobre os fatos. Inicialmente, afirmou que o acusado teria conduzido o veículo Ford Escort e efetuado os disparos. Posteriormente, declarou que o autor dos disparos foi um homem não identificado que estava no banco do carona do veículo.

Importante destacar que não foi realizado reconhecimento pessoal entre o acusado e a vítima, o que compromete ainda mais a identificação do autor do crime.

DO DIREITO

Conforme o artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal (CPP), o réu deve ser absolvido quando não houver provas suficientes para a condenação. No presente caso, a fragilidade do conjunto probatório é evidente, conforme demonstrado a seguir:

1. AUSÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES

As declarações das testemunhas e da vítima são contraditórias e insuficientes para comprovar a autoria do crime. Nenhuma testemunha presenciou o acusado praticando o delito, e a vítima não conseguiu identificar de forma inequívoca o autor dos disparos.

Ademais, não há qualquer prova técnica que vincule o acusado ao crime, como a apreensão da arma utilizada ou perícias que confirmem sua participação.

2. PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO

Nos termos do p"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de julgamento do recurso interposto no processo nº __________, onde o acusado C. R. dos S. foi denunciado pela prática do crime previsto nos artigos 121, §2º, inciso IV, c/c artigo 14, inciso II, todos do Código Penal (CP). A matéria encontra-se em análise para julgamento.

Dos Fatos

O acusado foi apontado como suposto autor de tentativa de homicídio contra a vítima B. S.. Entretanto, durante a instrução processual, foram identificadas contradições relevantes nas declarações das testemunhas e da vítima. Além disso, não há provas técnicas que vinculem o acusado ao fato delituoso, como a apreensão de arma ou perícia conclusiva.

As testemunhas J. V. e L. relataram que o acusado não estava presente no local dos disparos ou armado. Ademais, a vítima apresentou versões contraditórias, comprometendo a credibilidade de sua narrativa.

Do Direito

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, exige-se que as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas. Com base no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, o réu deve ser absolvido quando não houver provas suficientes para sua condenação.

1. Insuficiência Probatória

O conjunto probatório apresentado é frágil, com declarações contraditórias e ausência de elementos técnicos que confirmem a autoria do crime. Não houve reconhecimento pessoal do acusado pela vítima, o que compromete ainda mais a solidez da acusação.

2. Princípio do In Dubio Pro Reo

O princípio do in dubio pro reo, também consagrado no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, determina que, diante da dúvida razoável, deve-se decidir em favor do réu. Na presente situação, a inexistência de provas concretas torna impossível a condenação.

3. Precedentes Jurisprudenciais

Jurisprudências recentes reforçam a aplicação do princípio do in dubio pro reo em situações de insuficiência probatória:

  • “A ausência de provas técnicas e a fragilidade das testemunhas inviabilizam a condenação” (TJSP, Apelação Criminal Acórdão/TJSP);
  • “Dúvida fundada acerca do dolo do agente conduz à absolvição” (TJSP, Apelação Criminal Acórdão/TJSP).

Conclusão

Diante dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, resta evidente a insuficiência probatória para condenação do acusado. Em observância ao princípio constitucional da presunção de inocência e ao princípio do in dubio pro reo, entendo que a absolvição do réu é medida que se impõe.

Dispositivo

Por todo o exposto, com fulcro no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988 e no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal:

  • Julgo procedente o pleito defensivo para absolver o acusado C. R. dos S., em razão da insuficiência de provas.

É como voto.

Local e data.

__________________________

Magistrado(a)


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