Modelo de Contestação à Ação de Cobrança de Anuidades pelo CRECI com Base na Inatividade Profissional e Enriquecimento Sem Causa
Publicado em: 05/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor ProfissãoDEFESA CONTRA COBRANÇA DE ENTIDADE DE CLASSE
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___.
Processo nº: ___________
Nome do Requerido: M. F. de S. L.
Nome do Requerente: Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI)
Por intermédio de seu advogado, com endereço profissional à Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO à ação de cobrança promovida pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
A Requerida, M. F. de S. L., obteve registro profissional junto ao CRECI, conforme exigência legal para o exercício da profissão de corretor de imóveis. Contudo, desde a obtenção do registro, a Requerida não exerceu a atividade de corretagem de imóveis, tampouco utilizou a carteira profissional emitida pelo CRECI.
Apesar disso, a entidade de classe tem cobrado anuidades referentes aos últimos anos, mesmo diante da ausência de exercício profissional por parte da Requerida. Tal cobrança é indevida, pois a Requerida não se utiliza dos serviços oferecidos pela entidade e não exerce a profissão regulamentada.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que a cobrança de anuidades por entidades de classe está vinculada à efetiva utilização dos serviços e ao exercício da profissão regulamentada. A ausência de exercício profissional descaracteriza a obrigatoriedade de pagamento das anuidades.
Nos termos do CCB/2002, art. 476, "nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro". Assim, a cobrança de anuidades sem a correspondente prestação de serviços ou utilização da carteira profissional pela Requerida configura enriquecimento sem causa por parte do CRECI.
Ademais, o princípio da razoabilidade, consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, impõe que as cobranças sejam proporcionais e justas. A imposição de anuidades a profissionais que não exercem a atividade regulamentada viola tal princípio.
Por fim, o CPC/2015, art. 373, II, estabelece que cabe ao autor da ação o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. No presente caso, o CRECI "'>...