Modelo de Contestação à Ação de Usucapião com Alegação de Ilegitimidade Passiva e Ausência de Requisitos Legais

Publicado em: 20/08/2024 Civel Direito Imobiliário
Contestação apresentada em face de Ação de Usucapião, onde o requerido alega ilegitimidade passiva por não ser mais proprietário do imóvel desde 2003, demonstrando a inexistência de relação jurídica ou possessória com o bem. O documento fundamenta a improcedência da ação por ausência dos requisitos legais para a usucapião, como posse mansa, pacífica e ininterrupta, além de apresentar jurisprudências relevantes e pedidos como a extinção do processo sem julgamento do mérito e condenação do autor ao pagamento das custas processuais.

CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE USUCAPIÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerente: [nome do autor da ação]

Requerido: [nome do cliente, ex-proprietário do imóvel]

PREÂMBULO

[Nome do cliente], brasileiro, estado civil [especificar], profissão [especificar], portador do CPF nº [especificar], residente e domiciliado na [endereço completo], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], onde receberá intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação de Usucapião proposta por [nome do autor], apresentar sua CONTESTAÇÃO, com fulcro no CPC/2015, art. 335 e seguintes, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de ação de usucapião ajuizada por [nome do autor] em face do Requerido, pleiteando o reconhecimento da prescrição aquisitiva sobre o imóvel localizado na [endereço do imóvel], alegando posse mansa, pacífica, contínua e com animus domini por período superior a 15 anos.

Contudo, o Requerido não é mais proprietário do referido imóvel desde o ano de 2003, quando realizou a alienação do bem a [nome do comprador], conforme comprova a escritura pública de compra e venda anexada a esta contestação. A presente ação foi proposta apenas em 2019, ou seja, 16 anos após a alienação do imóvel.

Dessa forma, a presente ação não merece prosperar, uma vez que o Requerido não detém qualquer relação jurídica ou possessória com o imóvel objeto da lide, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

A usucapião é uma forma de aquisição originária da propriedade, sendo necessária a comprovação dos requisitos legais previstos no CC, art. 1.238, quais sejam: posse mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini pelo prazo legal.

No presente caso, o Requerido não é mais proprietário do imóvel desde 2003, conforme demonstra a escritura pública de compra e venda anexada. Assim, não há que se falar em usucapião em face do Requerido, pois este não possui qualquer relação jurídica ou possessória com o bem desde a alienação.

Ademais, a jurisprudência é pacífica ao reconhecer que a usucapião somente pode ser declarada em "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo uma simulação de um voto de magistrado, em formato HTML, fundamentado constitucionalmente e legalmente, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de análise da presente ação de usucapião, ajuizada por [nome do autor da ação], visando o reconhecimento da prescrição aquisitiva do imóvel situado na [endereço do imóvel]. O Requerido, [nome do cliente], apresentou contestação, alegando a inexistência de relação jurídica ou possessória com o bem, uma vez que o mesmo foi alienado a terceiro em 2003, conforme comprovado por escritura pública de compra e venda.

O objeto da lide é a análise dos requisitos legais para a configuração da usucapião, especialmente à luz do Código Civil, art. 1.238, bem como a verificação da legitimidade passiva do Requerido.

Fundamentação

Da Ilegitimidade Passiva

Inicialmente, deve-se analisar a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pelo Requerido. O Código de Processo Civil, art. 485, VI, prevê a extinção do processo sem resolução de mérito nos casos em que a parte não seja legítima para figurar no polo passivo da demanda.

No presente caso, restou demonstrado que o Requerido não é mais proprietário do imóvel desde 2003, conforme escritura pública de compra e venda anexada aos autos. A usucapião, sendo forma originária de aquisição da propriedade, deve ser pleiteada em face do proprietário atual do bem, nos termos do CPC/2015, art. 319, VI. Assim, conclui-se pela ilegitimidade passiva do Requerido.

Da Ausência dos Requisitos Legais para a Usucapião

Ainda que superada a preliminar, o pedido autoral não merece prosperar em razão da ausência dos requisitos legais para a configuração da usucapião. O Código Civil, art. 1.238, exige posse mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini pelo prazo legal.

No caso concreto, o Autor não demonstrou a posse qualificada sobre o imóvel em relação ao período necessário. Além disso, conforme entendimento consolidado na jurisprudência, a regularização do imóvel deve ocorrer por meio de escritura pública e registro, e não pela via oblíqua da usucapião.

Fundamento Constitucional

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, IX, determina que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, analiso o caso à luz dos princípios constitucionais da segurança jurídica e da legalidade.

O princípio da segurança jurídica exige que a propriedade seja regularizada por meios adequados, garantindo estabilidade nas relações jurídicas. Permitir a usucapião sem a comprovação dos requisitos legais violaria a ordem constitucional e traria insegurança às relações patrimoniais.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na Constituição Federal, art. 93, IX, e no Código de Processo Civil, art. 485, VI, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente a preliminar de ilegitimidade passiva do Requerido, extinguindo o processo sem resolução de mérito;
  2. Subsidiariamente, caso não acolhida a preliminar, julgar improcedente o pedido autoral, em razão da ausência dos requisitos legais para a usucapião, nos termos do Código Civil, art. 1.238;
  3. Condenar o Autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, conforme dispõe o CPC/2015, art. 85.

É como voto.

[Localidade], [data].

________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito

### Explicação: 1. Estrutura HTML: Criei uma estrutura organizada com títulos `

` e parágrafos `

` para dividir o relatório, fundamentação e dispositivo, conforme modelo de votos judiciais. 2. Base Legal: O voto foi fundamentado em dispositivos legais e constitucionais, incluindo o Código Civil, o CPC/2015 e a CF/88. 3. Decisão: A decisão considera a ilegitimidade passiva e a ausência dos requisitos para usucapião, seguindo a lógica jurídica apresentada no documento. 4. Estilo: Adicionei pequenas estilizações para melhorar a apresentação. Este modelo pode ser adaptado conforme o contexto e o caso concreto.


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