Modelo de Contestação à Aplicação de Medidas Protetivas com Base na Lei Maria da Penha: Análise Jurídica e Pedido de Revogação

Publicado em: 31/03/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Contestação apresentada em processo na 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Araguari/MG, visando à revogação de medidas protetivas impostas com base na Lei Maria da Penha. O documento discute a ausência de elementos concretos que justifiquem a manutenção das medidas, aborda princípios constitucionais como o contraditório, ampla defesa, proporcionalidade e razoabilidade, e destaca jurisprudências relacionadas. Inclui pedido de intimação da contestada para comprovação das alegações e requerimentos de provas e da concessão de justiça gratuita.

CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL E DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE ARAGUARI/MG

Processo nº: [inserir número do processo]

Segredo de Justiça

Nome do Contestante: D. H. da C. R. M., brasileiro, estado civil [informar], profissão [informar], portador do CPF nº [informar], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [informar].

Nome da Contestada: L. C. D., brasileira, estado civil [informar], profissão [informar], portadora do CPF nº [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [informar].

PREÂMBULO

O contestante, por intermédio de seu advogado, devidamente constituído nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO ao pedido de medidas protetivas formulado pela Sra. L. C. D., com fundamento nos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

DOS FATOS

O contestante e a contestada mantiveram relacionamento no passado, o qual foi encerrado em 2013. À época, foram deferidas medidas protetivas em favor da contestada, que posteriormente foram revogadas, dado o cumprimento das determinações judiciais e a ausência de novos episódios de violência.

Atualmente, o contestante não mantém qualquer contato com a contestada, seja direto ou indireto. Contudo, a contestada tem alegado, de forma infundada, que o contestante estaria ameaçando-a. Tais alegações carecem de provas concretas e têm como pano de fundo um bloqueio financeiro determinado em ação de alimentos, cujo valor já foi liberado por meio de alvará judicial.

Apesar de inexistirem elementos que justifiquem a imposição de novas medidas protetivas, o juízo determinou sua aplicação, prejudicando injustamente o contestante.

DO DIREITO

A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) foi criada para proteger mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Contudo, sua aplicação deve ser pautada pela análise criteriosa dos fatos e pela observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, conforme preceitua a CF/88, art. 5º, LV.

As medidas protetivas de urgência, previstas na Lei 11.340/2006, art. 22, possuem caráter excepcional e devem ser aplicadas somente quando presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora. No caso em tela, não há elementos que demonstrem a existência de risco atual ou iminente à integridade física ou psicológica da contestada.

Ademais, a jurisprudência é clara ao afirmar que as medidas protetivas devem ser fundamentadas em fatos concretos e atuais, não podendo ser mantidas indefinidamente sem que haja justificativa plausível. Nes"'>...

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Informações complementares

Segue a Simulação de voto em formato HTML com base no documento fornecido:

Simulação de Voto

Do Processo

Trata-se de processo judicial em que o Contestante, D. H. da C. R. M., apresenta contestação às medidas protetivas impostas em favor da Contestada, Sra. L. C. D., com alegação de ausência de fundamentos concretos que justifiquem a manutenção dessas medidas.

Dos Fatos

Os autos narram que as partes mantiveram relacionamento encerrado em 2013, ocasião em que foram deferidas medidas protetivas, posteriormente revogadas devido ao cumprimento das determinações judiciais e à inexistência de novos episódios de violência. Os fatos atuais indicam que a Contestada alega ameaças por parte do Contestante, sem, contudo, apresentar provas concretas.

O pano de fundo da presente lide envolve questões financeiras já resolvidas por meio de alvará judicial. Não há, nos autos, elementos que demonstrem risco atual ou iminente à integridade da Contestada.

Da Fundamentação Jurídica

A CF/88, art. 5º, LV, assegura o contraditório e a ampla defesa, princípios que devem nortear a aplicação das medidas protetivas previstas na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). As medidas de urgência, conforme a Lei 11.340/2006, art. 22, exigem a presença dos requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, os quais não se fazem presentes no caso concreto.

A manutenção das medidas protetivas sem a demonstração de fatos novos ou risco concreto viola os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, previstos na CF/88, art. 5º, LIV. Ademais, a jurisprudência é pacífica ao exigir fundamentação concreta e atual para a imposição ou prorrogação de medidas protetivas, conforme destacado nos seguintes precedentes:

Jurisprudências

  1. TJRJ (Oitava Câmara Criminal) - Habeas Corpus Acórdão/TJRJ:

    As medidas protetivas devem ser aplicadas apenas em situações que demandem intervenção do Estado para preservar a integridade da ofendida, sendo imprescindível a comprovação de violência ou ameaça concreta.

  2. TJRJ (Sétima Câmara Criminal) - Recurso em Sentido Estrito Acórdão/TJRJ:

    Medidas protetivas possuem caráter provisório e devem ser mantidas apenas enquanto perdurarem os motivos que as ensejaram, sendo necessária a apresentação de fatos novos para justificar sua prorrogação.

  3. TJRJ (Sexta Câmara Criminal) - Agravo Acórdão/TJRJ:

    A ausência de elementos concretos e a fragilidade das alegações da suposta vítima inviabilizam a manutenção das medidas protetivas.

Do Voto

Em análise ao caso concreto, verifico que não há nos autos elementos que demonstrem a existência de risco atual ou iminente à integridade física ou psicológica da Contestada. As alegações apresentadas carecem de provas concretas, e os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora não foram comprovados.

A manutenção das medidas protetivas, nas circunstâncias descritas, configura afronta aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, causando prejuízo ao Contestante de forma desproporcional e sem respaldo nos fatos apresentados.

Dessa forma, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, voto pela revogação das medidas protetivas impostas, reconhecendo a ausência de elementos concretos que justifiquem sua aplicação. Determino, ainda, a intimação da Contestada para que comprove suas alegações, sob pena de aplicação das sanções processuais cabíveis.

Conclusão

Ante o exposto, conheço o recurso interposto e dou-lhe provimento para declarar a procedência do pedido de revogação das medidas protetivas, determinando o arquivamento do feito, salvo manifestação de novas provas relevantes que demonstrem a necessidade de reavaliação da matéria.

É como voto.

[Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]

Este HTML organiza a simulação do voto do magistrado em seções claras, utilizando títulos e parágrafos para estruturar a fundamentação fática e jurídica, além de expor o voto de forma fundamentada com base na Constituição Federal e na jurisprudência citada no documento.


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