Modelo de Contestação à Medida Protetiva Proposta pelo Ministério Público com Fundamentação no CPC/2015 e ECA
Publicado em: 08/09/2024 Processo Civil Familia Menor MenorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
Requeridos: Sr. A. J. dos S. e Sra. M. F. de S. L.
Requerente: Ministério Público do Estado de __________
CONTESTAÇÃO
Sr. A. J. dos S. e Sra. M. F. de S. L., já qualificados nos autos, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à medida protetiva proposta pelo Ministério Público, com fulcro no CPC/2015, art. 335 e seguintes, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
Os Requeridos vêm sendo alvo de denúncias infundadas e perseguições desde o ano de 2019, conforme será demonstrado. A presente medida protetiva, baseada em informações distorcidas e descontextualizadas, não reflete a realidade dos fatos e impõe graves restrições aos direitos fundamentais dos Requeridos, especialmente no que tange à convivência familiar com seus filhos menores.
DOS FATOS
O Conselho Tutelar recebeu denúncia de que os Requeridos não estariam levando seus filhos menores à escola e que as crianças estariam sendo expostas a situações de risco, como trabalho doméstico e manuseio de ferramentas. Além disso, foram anexadas fotos das crianças utilizando uma furadeira e soldando, bem como segurando uma arma de brinquedo.
Os Requeridos esclarecem que as crianças não frequentam a escola devido a ameaças recebidas por desavenças com vizinhos, o que gerou temor por represálias. Ademais, os Requeridos alegam que as professoras da comunidade utilizam substâncias ilícitas, o que reforça a decisão de manter os filhos em casa.
As imagens apresentadas como prova foram tiradas em contexto lúdico e supervisionado, sem qualquer risco à integridade física ou psicológica das crianças. A arma de brinquedo, por exemplo, não representa perigo algum, sendo um objeto comum em brincadeiras infantis.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988 assegura, em seu art. 227, que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à educação, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar. Nesse sentido, os Requeridos têm buscado proteger seus filhos das ameaças externas, garantindo-lhes um ambiente seguro dentro do lar.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/1990, art. 4º, reforça a prioridade absoluta dos direitos das crianças e adolescentes, mas também estabelece, em seu art. 19, que toda criança tem direito a ser criada e educada no seio de sua família, salvo comprovada impossibilidade.
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