Modelo de Contestação à Reconvenção em Ação de Extinção de União Estável com Pleito de Alimentos e Partilha de Bens

Publicado em: 30/03/2025 CivelProcesso Civil Familia
Contestação apresentada nos autos de uma Ação de Extinção de União Estável, contestando os pedidos de alimentos e partilha de bens móveis formulados pela reconvinte em sede de reconvenção. O documento argumenta a inaplicabilidade do pleito de alimentos com base na independência financeira da reconvinte, a separação obrigatória de bens em razão da idade do reconvindo e a ausência de provas que sustentem as alegações da reconvinte. Fundamentado no CCB/2002, art. 1.694, CPC/2015, art. 343 e CPC/2015, art. 373, bem como na Súmula 655/STF e em precedentes jurisprudenciais.

CONTESTAÇÃO À RECONVENÇÃO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________

Processo nº: __________

Reconvindo: __________

Reconvinte: __________

PREÂMBULO

__________, já qualificado nos autos da Ação de Extinção de União Estável em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 343, apresentar CONTESTAÇÃO À RECONVENÇÃO, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

A reconvinte, em sede de reconvenção, pleiteia a fixação de alimentos no percentual de 30% da remuneração do reconvindo, após descontos fiscais e parafiscais, bem como a meação de bens móveis e utensílios do lar, totalizando o valor de R$ 45.000,00. Contudo, tais alegações não encontram respaldo nos fatos e tampouco na legislação aplicável.

Inicialmente, cumpre destacar que a reconvinte é professora aposentada pelo INSS, recebendo proventos regulares, além de continuar lecionando informalmente em um templo evangélico onde seu filho é pastor. Ademais, a reconvinte atua como recepcionista em um restaurante pertencente à família da esposa de seu filho, o que demonstra sua capacidade de autossustento.

No que tange aos bens móveis e utensílios do lar, é importante ressaltar que todos foram adquiridos pelo reconvindo em momento anterior à união estável, sendo provenientes de seu casamento anterior com sua falecida esposa. Não houve qualquer aquisição de bens durante a constância da união estável, conforme será demonstrado.

DO DIREITO

1. DA INAPLICABILIDADE DO PEDIDO DE ALIMENTOS

Nos termos do CCB/2002, art. 1.694, os alimentos são devidos apenas quando demonstrada a necessidade de quem os pleiteia e a possibilidade de quem deve prestá-los. No presente caso, a reconvinte não comprovou sua necessidade, tampouco a incapacidade de prover sua subsistência.

Ressalte-se que a reconvinte é aposentada pelo INSS, possui renda própria e exerce atividades remuneradas, o que evidencia sua independência financeira. Ademais, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é clara ao estabelecer que os alimentos em favor de ex-cônjuges ou ex-companheiros possuem caráter excepcional, sendo devidos somente quando comprovada a incapacidade absoluta de autossustento, o que não ocorre no presente caso.

2. DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS

Conforme a Súmula 655/STF, aplica-se o regime de separação obrigatória de bens às uniões estáveis contraídas por septuagenários, comunicando-se apenas os bens adquiridos na constância da união mediante comprovaç"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Processo nº: __________

Reconvindo: __________

Reconvinte: __________

Dos Fatos

Trata-se de contestação à reconvenção apresentada nos autos da Ação de Extinção de União Estável, em que a reconvinte pleiteia a fixação de alimentos no percentual de 30% da remuneração do reconvindo, após descontos fiscais e parafiscais, bem como a meação de bens móveis e utensílios do lar, totalizando o valor de R$ 45.000,00.

Após análise dos elementos constantes nos autos, verifica-se, de forma clara, que a reconvinte é aposentada pelo INSS, possui renda própria e exerce atividades remuneradas, o que demonstra sua capacidade de autossustento. Ademais, quanto aos bens móveis e utensílios do lar, é incontroverso que tais bens foram adquiridos anteriormente à união estável, sendo provenientes de um casamento anterior do reconvindo.

Do Direito

1. Da Inaplicabilidade do Pedido de Alimentos

Nos termos do CCB/2002, art. 1.694, os alimentos são devidos apenas quando demonstrada a necessidade de quem os pleiteia e a possibilidade de quem deve prestá-los. No presente caso, a reconvinte não comprovou sua necessidade, tampouco a incapacidade de prover sua subsistência.

Ressalte-se que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é clara ao estabelecer que os alimentos em favor de ex-cônjuges ou ex-companheiros possuem caráter excepcional, sendo devidos somente quando comprovada a incapacidade absoluta de autossustento, fato não comprovado nestes autos.

2. Da Separação Obrigatória de Bens

Conforme a Súmula 655/STF, aplica-se o regime de separação obrigatória de bens às uniões estáveis contraídas por septuagenários, comunicando-se apenas os bens adquiridos na constância da união mediante comprovação de esforço comum.

No caso em tela, a união estável foi formalizada em 31/01/2007, quando o reconvindo já possuía mais de 70 anos. Não há nos autos comprovação de aquisição de bens durante a união estável, tampouco de esforço comum para tal finalidade. Assim, não há que se falar em meação ou partilha de bens.

3. Da Ausência de Provas

Nos termos do CPC/2015, art. 373, inciso I, cabe à parte autora o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. A reconvinte, contudo, não apresentou qualquer prova que demonstre a necessidade de alimentos ou a aquisição de bens durante a união estável, o que torna sua pretensão destituída de fundamento probatório.

Fundamentos Constitucionais

Este magistrado fundamenta-se na CF/88, art. 93, IX, que estabelece que todas as decisões do Poder Judiciário devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, é dever do julgador motivar sua decisão com base nos fatos e no direito aplicável, garantindo a transparência e a legitimidade do julgamento.

Conclusão do Voto

Ante o exposto, em atenção aos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, voto pelo julgamento de improcedência da reconvenção. Declaro inexistente o direito da reconvinte aos alimentos pleiteados, bem como à meação dos bens indicados, tendo em vista a ausência de comprovação dos requisitos legais necessários.

Condeno a reconvinte ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85, fixados em 10% sobre o valor da causa.

É como voto.

Determinações

  1. Proceda-se ao arquivamento do presente processo, com as devidas baixas na distribuição.
  2. Intimem-se as partes.

Local e data: __________

Assinatura do Magistrado: __________


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