Modelo de Contestação com Pedido de Reconvenção em Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Usucapião e Indenização por Benfeitorias
Publicado em: 04/03/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioCONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________
Processo nº: [inserir número do processo]
Requerente: [nome do autor abreviado]
Requerida: [nome da ré abreviado]
PREÂMBULO
[Nome da ré abreviado], brasileira, [estado civil], [profissão], inscrita no CPF sob o nº 053.001.977-93, residente e domiciliada na Rua Luisa Barata, 466, Realengo, Rio de Janeiro/RJ, CEP 21770-230, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO, nos autos da ação de reintegração de posse movida por [nome do autor abreviado], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A ré encontra-se na posse do imóvel localizado na Rua Luisa Barata, 466, Realengo, Rio de Janeiro/RJ, há mais de 20 (vinte) anos, exercendo tal posse de forma mansa, pacífica e ininterrupta. Durante esse período, realizou diversas benfeitorias no imóvel, incluindo a construção de uma pequena loja onde exerce sua profissão de cabeleireira, sendo esta sua única fonte de renda.
O imóvel foi construído durante a constância da união estável entre a ré e o filho do autor, união esta já dissolvida. Após o término da relação, o autor, pai do ex-companheiro da ré, passou a intentar a retomada do imóvel, alegando ser proprietário do terreno onde o imóvel foi edificado.
Importante destacar que a ré sempre exerceu a posse de forma legítima, sem qualquer oposição, até o momento em que o autor passou a pleitear a reintegração de posse, configurando-se, assim, uma tentativa de esbulho possessório.
DO DIREITO
Nos termos do CCB/2002, art. 1.196, considera-se possuidor aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. A ré, ao longo de mais de 20 anos, exerceu a posse direta do imóvel, de forma mansa e pacífica, realizando benfeitorias e utilizando-o como sua moradia e meio de sustento.
Ademais, o CCB/2002, art. 1.238 estabelece que aquele que possuir imóvel como seu, contínua e incontestadamente, pelo prazo de 15 (quinze) anos, sem interrupção, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé. Assim, a ré preenche todos os requisitos para a usucapião do imóvel.
Quanto às benfeitorias realizadas, o CCB/2002, art. 1.219 assegura ao possuidor de boa-fé o direito de retenção e indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel. A ré, portanto, faz jus �"'>...