Modelo de Contestação Trabalhista: Defesa contra Reconhecimento de Vínculo Empregatício e Pleitos Rescisórios

Publicado em: 22/01/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Contestação apresentada pela Reclamada em Reclamação Trabalhista, visando a improcedência dos pedidos do Reclamante, que pleiteia o reconhecimento de vínculo empregatício, verbas rescisórias e indenização por danos morais. O documento aborda a inexistência de vínculo empregatício com base nos requisitos legais do artigo 3º da CLT, rebate os pedidos de verbas rescisórias e estabilidade indenizatória, e refuta as alegações de dano moral e aplicação de multas previstas nos artigos 467 e 477 da CLT. Inclui fundamentação jurídica, jurisprudências pertinentes e requerimentos processuais, como a produção de provas e audiência de conciliação.

CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) da ___ Vara do Trabalho de __________.

Processo nº: __________

Reclamante: __________

Reclamada: __________

A Reclamada, devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista proposta por __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Reclamante ajuizou a presente Reclamação Trabalhista pleiteando o reconhecimento de vínculo empregatício, pagamento de verbas rescisórias, indenização por danos morais, aplicação das multas previstas nos arts. 467 e 477 da CLT, e estabilidade indenizatória, entre outros pedidos.

Contudo, a narrativa apresentada pelo Reclamante não condiz com a realidade dos fatos, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

1. DA INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO

O vínculo empregatício, conforme disposto no CLT, art. 3º, exige a presença concomitante de quatro elementos: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação. No caso em tela, tais requisitos não estão presentes, uma vez que o Reclamante prestava serviços de forma autônoma, sem subordinação ou exclusividade.

Ademais, a relação entre as partes foi regida por contrato de prestação de serviços, devidamente formalizado, o que afasta qualquer configuração de vínculo empregatício.

2. DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Não há que se falar em pagamento de verbas rescisórias, uma vez que não existiu vínculo empregatício entre as partes. Assim, os pedidos relacionados a aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional e FGTS devem ser julgados improcedentes.

3. DOS DANOS MORAIS

Para a configuração do dano moral, é indispensável a comprovação de ato ilícito, nexo causal e dano, conforme disposto no CC/2002, art. 186. No caso em tela, o Reclamante não demonstrou qualquer conduta ilícita praticada pela Reclamada que pudesse ensejar a reparação por danos morais.

Ainda que houvesse qualquer dissabor na relação entre as partes, este não ultrapassaria o mero aborrecimento, insuficiente para justificar a indenização pretendida.

4. DAS MULTAS DOS ARTS. 467 E 477 DA CLT

As multas previstas nos arts. 467 e 477 da CLT são aplicáveis apenas em caso de vínc"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Reclamação Trabalhista ajuizada por __________ em face de __________, pleiteando o reconhecimento de vínculo empregatício, pagamento de verbas rescisórias, indenização por danos morais, aplicação das multas previstas nos artigos 467 e 477 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e estabilidade indenizatória, entre outros pedidos.

1. Da análise dos fatos e fundamentos

O Reclamante busca o reconhecimento de uma relação de emprego com a Reclamada, alegando a presença dos elementos caracterizadores do vínculo empregatício, conforme disposto no art. 3º da CLT. A Reclamada, por sua vez, sustenta que a prestação de serviços ocorreu de maneira autônoma, sem subordinação, exclusividade ou pessoalidade, sendo regida por contrato de prestação de serviços regularmente firmado entre as partes.

Após análise dos autos e das provas juntadas, verifico que o Reclamante não conseguiu demonstrar adequadamente a presença concomitante dos requisitos para o reconhecimento do vínculo empregatício, especialmente no que diz respeito à subordinação jurídica e à não eventualidade. A existência de contrato de prestação de serviços formalizado e a ausência de elementos concretos que indiquem subordinação reforçam a tese da Reclamada.

2. Do direito

Conforme preceituado no art. 3º da CLT, o vínculo empregatício exige a presença de pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação. Na ausência de qualquer um desses elementos, não se configura a relação de emprego. Ademais, o ônus da prova cabe à parte que alega, conforme disposto no art. 818 da CLT, cumulado com o art. 373, I, do CPC/2015.

No que tange às verbas rescisórias, à indenização por danos morais e às multas previstas nos arts. 467 e 477 da CLT, entendo que tais pedidos dependem do reconhecimento do vínculo empregatício, o que não restou demonstrado nos autos. Da mesma forma, não se verifica qualquer ato ilícito praticado pela Reclamada que ensejasse a reparação por danos morais, conforme estabelecido no art. 186 do Código Civil.

3. Da fundamentação constitucional e legal

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser fundamentada. Nesse sentido, entendo que a improcedência dos pedidos formulados pelo Reclamante encontra respaldo nos seguintes dispositivos legais e constitucionais:

  • CLT, art. 3º: ausência dos requisitos para o reconhecimento do vínculo empregatício;
  • CLT, art. 818 e CPC/2015, art. 373, I: ônus da prova do Reclamante;
  • CC/2002, art. 186: necessidade de demonstração de ato ilícito para configuração do dano moral.

4. Da jurisprudência

Destaco ainda a seguinte jurisprudência aplicável ao caso:

  • TST, 6ª Turma, RRAg 1222-65.2015.5.09.0013: Reconhecendo a inexistência de vínculo empregatício em situações análogas, confirmando a ausência de subordinação e pessoalidade.
  • TST, 6ª Turma, RRAg 10500-69.2014.5.17.0121: Sobre a necessidade de comprovação de dano moral em consonância com os princípios da proporcionalidade e reparação integral.

5. Conclusão

Diante do exposto, com fundamento nos fatos apresentados e na legislação aplicável, voto pela improcedência dos pedidos formulados pelo Reclamante. Entendo que não há elementos suficientes para o reconhecimento do vínculo empregatício, tampouco para a condenação da Reclamada ao pagamento de verbas rescisórias, indenização por danos morais ou aplicação de multas previstas na CLT.

Por fim, determino que o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais, na forma do art. 791-A da CLT, e destaco a possibilidade de conciliação entre as partes, caso manifestem interesse.

Termos em que

Pede deferimento.

Local e data: __________.

Assinado eletronicamente,

Juiz(a) do Trabalho


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