Modelo de Contra-razões de Apelação em Ação de Indenização por Fraude Bancária

Publicado em: 16/09/2024 Processo CivilConsumidor
Modelo de contra-razões de apelação para ação de indenização por danos materiais e morais em caso de fraude bancária, com base na responsabilidade objetiva da instituição financeira e na proteção do consumidor.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº: [....]
Apelante: BANCO BRADESCO S/A
Apelada: C.C.F.

A apelada, CAROLINA DA CONCEIÇÃO FAMILIAR, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que ao final subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar

CONTRA-RAZÕES DE APELAÇÃO

nos autos da apelação interposta pelo BANCO BRADESCO S/A, pelos fatos e fundamentos de direito que passa a expor:

1. SÍNTESE DOS FATOS

A apelada ajuizou ação de indenização por danos materiais e morais contra o apelante, BANCO BRADESCO S/A, devido à subtração indevida de valores de sua conta bancária por meio de transações que não reconhece. A sentença proferida pelo Juízo de primeira instância julgou parcialmente procedentes os pedidos da apelada, condenando o apelante a restituir os valores subtraídos e a indenizá-la pelos danos morais sofridos.

O apelante, inconformado com a decisão, interpôs o presente recurso de apelação, buscando a reforma da sentença, alegando, entre outros pontos, a inexistência de falha na prestação de serviços e a culpa exclusiva da apelada.

2. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO

O Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/1990) estabelece, em seu art. 14, que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados ao consumidor em razão de falhas na prestação dos serviços. O banco, como instituição fornecedora de serviços financeiros, tem o dever de zelar pela segurança das transações bancárias e proteger os dados de seus clientes.

No presente caso, ficou demonstrada a falha na prestação do serviço por parte do apelante, que não adotou as devidas medidas de segurança para evitar que a apelada fosse vítima de fraude. Dessa forma, conforme previsto no CDC, art. 14, caput, o banco apelante responde objetivamente pelos danos causados à apelada, não sendo necessário comprovar a culpa direta da instituição.

3. DA CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR – NÃO CONFIGURAÇÃO

O apelante alega a culpa exclusiva da apelada, argumentando que ela teria facilitado a fraude ao "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

Esta peça processual visa responder à apelação interposta pelo Banco Bradesco S/A, que busca afastar sua responsabilidade pelo dano sofrido pela autora em decorrência de fraude bancária. O banco argumenta pela culpa exclusiva da apelada, sem sucesso. A defesa da apelada baseia-se na responsabilidade objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor, que impõe ao fornecedor o dever de reparar os danos, independentemente de culpa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A peça destaca a necessidade de proteção ao consumidor em face de fraudes bancárias, consolidando o dever das instituições financeiras de garantir a segurança das transações. A manutenção da sentença inicial é a medida mais adequada para reparar os danos sofridos pela apelada.

TÍTULO:
MODELO DE CONTRA-RAZÕES DE APELAÇÃO PARA AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS EM CASO DE FRAUDE BANCÁRIA


1. Introdução

As contra-razões de apelação visam demonstrar a responsabilidade objetiva da instituição financeira frente à fraude bancária sofrida pelo cliente. A relação jurídica entre o banco e o consumidor é regulada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), impondo à instituição o dever de garantir a segurança na prestação dos serviços bancários. Diante da falha no serviço e dos prejuízos causados, o consumidor tem direito à reparação por danos materiais e morais.

Legislação:

CDC, art. 14 - Estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, independentemente de culpa, pelos danos causados ao consumidor em decorrência de defeitos relativos à prestação dos serviços.

CF/88, art. 5º, X - Assegura o direito à indenização por danos materiais e morais.


2. Fraude Bancária

A fraude bancária é caracterizada pela utilização indevida de meios eletrônicos ou físicos para subtrair valores da conta do consumidor. A responsabilidade do banco decorre da falha na segurança do sistema bancário, que deveria proteger os dados e os valores do cliente. A instituição financeira, portanto, responde objetivamente pela fraude, uma vez que não forneceu o serviço com a segurança devida.

Legislação:

CDC, art. 14 - Dispõe sobre a responsabilidade do fornecedor de serviços por falhas na segurança.

Súmula 479/STJ - Afirma que as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fraudes ou delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.


3. Danos Morais

O dano moral no contexto de fraude bancária está presente quando o cliente sofre abalo emocional e psicológico decorrente da perda de valores, da necessidade de refazer procedimentos burocráticos, e da falta de suporte adequado por parte do banco. A proteção à dignidade do consumidor está assegurada pelo CDC e pela Constituição Federal, o que legitima a busca por reparação.

Legislação:

CDC, art. 6º, VI - Estabelece como direito básico do consumidor a reparação dos danos morais e patrimoniais sofridos.

CF/88, art. 5º, V - Garante o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de ato ilícito.


4. Responsabilidade Objetiva

A responsabilidade objetiva imposta ao banco decorre do fato de que a instituição financeira, enquanto prestadora de serviços, deve garantir a segurança dos dados e valores de seus clientes. A falha nesse dever de segurança caracteriza o defeito no serviço, atraindo a responsabilidade civil, conforme disposto no CDC. Nesse sentido, não há necessidade de comprovação de dolo ou culpa por parte da instituição para que a indenização seja devida.

Legislação:

CDC, art. 14 - Impõe ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa.

CCB/2002, art. 927, parágrafo único - Estabelece que a reparação por danos independe de culpa quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.


5. Falha na Prestação de Serviço

A falha na prestação de serviço pelo banco é evidente quando, por exemplo, os sistemas de segurança são insuficientes para evitar fraudes, transferências indevidas ou saques não autorizados. A instituição bancária tem o dever de implementar medidas de segurança adequadas para proteger os interesses dos consumidores. A negligência nesse sentido resulta na responsabilidade pelos prejuízos materiais e morais sofridos.

Legislação:

CDC, art. 14, §1º - Define que o serviço é defeituoso quando não oferece a segurança que o consumidor dele pode esperar.

CCB/2002, art. 186 - Trata da responsabilidade por ato ilícito, impondo a obrigação de reparar o dano.


6. Segurança Bancária

O conceito de segurança bancária está diretamente vinculado à confiabilidade dos sistemas utilizados pelas instituições financeiras para proteger os dados e os recursos de seus clientes. A ausência de medidas eficazes de proteção contra fraudes bancárias configura violação ao dever de segurança, gerando a obrigação de reparação por parte do banco.

Legislação:

CDC, art. 6º, I - Garante ao consumidor a proteção à vida, à saúde e à segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de serviços.

Súmula 297/STJ - Afirma que o Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.


7. Código de Defesa do Consumidor

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é a legislação fundamental que regula as relações entre consumidores e fornecedores de serviços, impondo responsabilidades aos bancos pela qualidade e segurança dos serviços prestados. No caso de fraudes bancárias, a responsabilidade do banco está fundamentada no dever de assegurar a proteção dos dados e do patrimônio do consumidor.

Legislação:

CDC, art. 3º - Define o fornecedor de serviços, incluindo as instituições financeiras, como responsáveis pela segurança do serviço prestado.

CDC, art. 14 - Disciplina a responsabilidade civil objetiva nas relações de consumo.


8. Considerações Finais

As contra-razões de apelação reafirmam a responsabilidade objetiva do banco pela fraude sofrida pelo consumidor, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor. A falha na prestação de serviço, aliada à negligência na segurança bancária, gera o dever de indenizar os danos materiais e morais sofridos pelo cliente. A instituição financeira deve ser condenada a reparar integralmente os prejuízos, em conformidade com a legislação vigente.

Legislação:

CDC, art. 14 - Responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços.

CF/88, art. 5º, V e X - Garantia do direito à reparação por danos materiais e morais.


 


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