Modelo de Contrarrazões à Apelação em Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Manutenção da Sentença de Primeiro Grau
Publicado em: 07/10/2024 CivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO
Nome da Parte Apelada: A. J. dos S.
Nome da Parte Apelante: M. F. de S. L.
Por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional situado à __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar as presentes CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO, interposta por M. F. de S. L., nos autos da Ação de Reintegração de Posse, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
As presentes contrarrazões são apresentadas em face do recurso de apelação interposto pela parte ré, que busca reformar a sentença de procedência proferida pelo juízo de primeiro grau, a qual reconheceu o direito da parte autora de ser reintegrada na posse do imóvel objeto da lide, bem como condenou a parte ré ao pagamento de alugueres e honorários advocatícios.
DOS FATOS
A parte autora ajuizou a presente ação de reintegração de posse, alegando que detinha a posse legítima do imóvel situado em __________, o qual foi objeto de esbulho praticado pela parte ré, que se recusou a desocupar o bem após notificação extrajudicial.
A sentença de primeiro grau reconheceu a posse legítima da autora, o esbulho praticado pela ré e a perda da posse, determinando a reintegração da autora no imóvel, além do pagamento de alugueres e honorários advocatícios.
Inconformada, a parte ré interpôs recurso de apelação, alegando, em síntese, que não houve esbulho possessório e que a relação jurídica entre as partes não configura comodato.
DO DIREITO
Preliminarmente, cumpre destacar que a sentença de primeiro grau encontra-se devidamente fundamentada e em conformidade com os dispositivos legais aplicáveis, não havendo qualquer vício que justifique sua reforma.
I – DA POSSE LEGÍTIMA DA AUTORA
Nos termos do CPC/2015, art. 561, incumbe ao autor da ação de reintegração de posse comprovar: (i) sua posse; (ii) o esbulho praticado pelo réu; (iii) a data do esbulho; e (iv) a perda da posse. No caso em tela, a parte autora demonstrou cabalmente todos esses requisitos, conforme prova documental e testemunhal produzida nos autos.
A posse legítima da autora decorre de sua relação jurídica com o imóvel, sendo incontroverso que a ré ocupava o bem a título precário, configurando-se, portanto, o esbulho possessório a partir do momento em que se recusou a desocupar o imóvel após a notificação extrajudicial.
II – DO ESBULHO POSSESSÓRIO
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