Modelo de Contrarrazões aos Embargos à Execução: Defesa da Validade de Títulos Executivos e Contestação de Prescrição Parcial

Publicado em: 25/11/2024 CivelProcesso Civil
Documento legal que apresenta contrarrazões aos embargos à execução, defendendo a validade e exigibilidade de duplicatas no valor de R$ 25.589,19. O texto aborda a interrupção do prazo prescricional pelo ajuizamento da ação, contesta a alegação de prescrição parcial e argumenta com base no Código de Processo Civil, Código Civil e jurisprudências relevantes. Inclui pedidos de condenação por litigância de má-fé e honorários sucumbenciais.

CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº __________

Adriano Luiz Pinto - Confecções, já qualificado nos autos da ação de execução em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO, nos termos do CPC/2015, art. 350, em face de Letícia Seidel de Oliveira, também qualificada, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A presente ação de execução foi ajuizada pelo Exequente em 24/04/2024, com despacho inaugural proferido em 20/05/2024, visando à cobrança de duplicatas no valor total de R$ 25.589,19. A Executada, ora Embargante, apresentou embargos à execução, alegando a prescrição parcial de parcelas vencidas em 15/04/2021, 10/05/2021 e 15/05/2021, totalizando R$ 8.522,15, sob o argumento de que o prazo prescricional de 3 anos previsto na Lei nº 6.458/1977 teria sido ultrapassado.

Contudo, a alegação de prescrição parcial não merece prosperar, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o prazo prescricional para a cobrança de duplicatas é de 3 anos, conforme previsto na Lei nº 6.458/1977. Todavia, o marco inicial para a contagem do prazo prescricional é a data de vencimento de cada título, sendo interrompido com o ajuizamento da ação de execução, nos termos do CCB/2002, art. 202, I.

No caso em tela, a ação de execução foi protocolada em 24/04/2024, antes de transcorridos os 3 anos do vencimento das duplicatas mencionadas (15/04/2021, 10/05/2021 e 15/05/2021). Portanto, não há que se falar em prescrição parcial, uma vez que o prazo prescricional foi tempestivamente interrompido pelo ajuizamento da ação.

Ademais, os títulos executados preenchem os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade, conforme disposto no CPC/2015, art. 784, III, sendo plenamente válidos e aptos a embasar a presente execução.

DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL

A alegação de prescrição parcial, além de infundada, configura violação ao princípio da boa-fé processual, previsto no CPC/2015, art. 5º. A Embargante tenta, de forma temerária, desconstituir a validade de títulos executivos que claramente atendem aos requisitos legais, o que pode ser interpretado como litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 80, II.

...


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RELATÓRIO

Trata-se de embargos à execução opostos por Letícia Seidel de Oliveira contra Adriano Luiz Pinto - Confecções, em que se discute a suposta prescrição parcial de duplicatas vencidas em 2021, no valor total de R$ 8.522,15. A embargante alega que o prazo prescricional de 3 (três) anos teria sido ultrapassado.

O exequente, por sua vez, apresentou contrarrazões, defendendo a interrupção do prazo prescricional com o ajuizamento da execução e pleiteando o reconhecimento da validade integral dos títulos executados, bem como a condenação da embargante por litigância de má-fé.

Relatados, decido.

FUNDAMENTAÇÃO

Dos Fatos e da Prescrição

Inicialmente, destaco que o prazo prescricional aplicável à cobrança de duplicatas é de 3 (três) anos, conforme previsto na Lei nº 6.458/1977. Contudo, o marco inicial da contagem do prazo prescricional é a data de vencimento de cada título, sendo interrompido com o ajuizamento da ação judicial, nos termos do Código Civil de 2002, art. 202, I.

No caso em análise, observa-se que a ação de execução foi ajuizada em 24/04/2024, antes de transcorridos os 3 (três) anos do vencimento das duplicatas (15/04/2021, 10/05/2021 e 15/05/2021). Assim, o prazo prescricional foi tempestivamente interrompido, razão pela qual não há que se falar em prescrição parcial.

Da Validade dos Títulos Executados

Os títulos apresentados pelo exequente preenchem os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade, conforme disposto no Código de Processo Civil de 2015, art. 784, III. Ademais, não foi comprovada nenhuma irregularidade formal ou material que pudesse invalidar os títulos executivos.

Do Princípio da Boa-Fé Processual

Ressalto ainda que a invocação da prescrição parcial pela embargante, embora legítima, parece desconectada da realidade jurídica do caso, considerando que o prazo prescricional foi devidamente interrompido. Tal postura pode ser interpretada como afronta ao princípio da boa-fé processual, previsto no CPC/2015, art. 5º, podendo configurar litigância de má-fé, conforme disposto no art. 80, II, do mesmo diploma legal.

Da Doutrina e Jurisprudência Aplicáveis

Fredie Didier Jr., em sua obra "Curso de Direito Processual Civil", ensina que a prescrição deve ser analisada com rigor técnico, observando os marcos definidos em lei. No presente caso, o ajuizamento da execução interrompeu o prazo prescricional, garantindo a exigibilidade dos títulos.

No mesmo sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e diversos Tribunais de Justiça estaduais reforçam que o protocolo da ação é suficiente para interromper o prazo prescricional, desde que os títulos sejam líquidos, certos e exigíveis, como ocorre na presente hipótese.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de:

  1. Julgar improcedentes os embargos à execução, reconhecendo a validade e exigibilidade dos títulos executados;
  2. Condenar a embargante ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa;
  3. Aplicar multa de 2% sobre o valor da causa por litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 81, considerando a tentativa temerária de desconstituir os títulos executivos válidos.

É como voto.

TERMOS FINAIS

Cidade, ___ de __________ de 2024.

Magistrado: __________________________


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