Modelo de Contrarrazões de Recurso Inominado contra o INSS visando à Concessão de Auxílio-Doença por Incapacidade Laboral

Publicado em: 27/11/2024 Direito Previdenciário
Documento jurídico que apresenta contrarrazões ao recurso inominado interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no âmbito de um processo perante o Juizado Especial Federal. O autor, trabalhador incapacitado por neoplasia maligna de laringe, busca a concessão de benefício previdenciário (auxílio-doença) com fundamento no artigo 59 da Lei nº 8.213/91, no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e na jurisprudência que reforça o direito do segurado ao benefício em caso de incapacidade laboral. O documento detalha os fatos, fundamentos jurídicos, contradições no laudo pericial e pleiteia a reforma da sentença que julgou improcedente o pedido inicial, requerendo o pagamento das parcelas vencidas, correção monetária e honorários advocatícios.

CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito do Juizado Especial Federal da Comarca de [inserir comarca],

Processo nº [inserir número do processo]

Autor: A. J. dos S.

Réu: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Por intermédio de seu advogado, conforme procuração anexa, vem o Autor, A. J. dos S., apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos termos do artigo 42 da Lei nº 9.099/95, requerendo que sejam remetidas ao Egrégio Colégio Recursal para apreciação e julgamento.

Termos em que pede deferimento,

[Local], [Data]

Advogado: [Nome do advogado]

OAB: [Número da OAB]

DOS FATOS

O Autor, A. J. dos S., analfabeto e trabalhador na função de ajudante geral, foi diagnosticado com neoplasia maligna de laringe (CID 32), doença de alta gravidade que o incapacita para o trabalho. Devido à enfermidade, o Autor sofre episódios de desmaios, o que inviabiliza o desempenho de qualquer atividade laboral.

Embora o laudo pericial reconheça a gravidade da patologia, concluiu, de forma contraditória, que o Autor não apresenta incapacidade para o trabalho. Tal conclusão contraria os diversos laudos médicos particulares anexados aos autos, os quais comprovam a incapacidade laboral do Autor.

Em sentença, o pedido do Autor foi julgado improcedente, sob o fundamento de que não foi apresentada fundamentação técnica suficiente para desqualificar o laudo pericial. Contudo, a decisão desconsiderou a totalidade das provas documentais e a realidade fática do Autor, que permanece incapacitado para o exercício de suas atividades habituais.

DO DIREITO

O presente caso trata da concessão de benefício por incapacidade, cujo direito está amparado pela Constituição Federal de 1988 e pela legislação previdenciária.

1. Da Incapacidade Laboral

O artigo 59 da Lei nº 8.213/91 estabelece que o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido a carência exigida, quando for o caso, estiver incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. No caso em tela, os laudos médicos particulares apresentados pelo Autor demonstram de forma inequívoca sua incapacidade para o trabalho, em razão da gravidade da neoplasia maligna de laringe e dos episódios de desmaios.

Ademais, o artigo 62 da mesma lei prevê que, em caso de agravamento da doença, o segurado pode requerer a reavaliação do benefício. Tal previsão reforça o direito do Autor à concessão do auxílio-doença, considerando a gravidade de sua condição.

2. Da Contradição no Laudo Pericial

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

O presente caso trata de uma ação previdenciária movida por A. J. dos S., trabalhador analfabeto e ajudante geral, contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Autor busca a concessão de benefício por incapacidade, alegando que sofre de neoplasia maligna de laringe (CID 32), doença grave que o incapacita para o trabalho. O processo tramita perante o Juizado Especial Federal.

2. Dos Fatos

O Autor foi diagnosticado com uma grave enfermidade que o impede de exercer suas atividades habituais, sendo acometido por episódios de desmaios frequentes. No entanto, o laudo pericial judicial, embora tenha reconhecido a gravidade da doença, concluiu que o Autor não está incapacitado para o trabalho, contrariando os diversos laudos médicos particulares anexados aos autos.

A sentença de primeira instância julgou improcedente o pedido do Autor, argumentando que o laudo pericial não foi desqualificado por fundamentação técnica suficiente. Contudo, a decisão ignorou a totalidade das provas documentais e a realidade fática do Autor, que permanece sem condições de exercer qualquer atividade laboral.

3. Do Direito

A concessão do benefício previdenciário requerido pelo Autor encontra fundamento na Constituição Federal de 1988 e na legislação previdenciária, especialmente a Lei nº 8.213/91.

3.1. Da Incapacidade Laboral

O artigo 59 da Lei nº 8.213/91 garante o direito ao auxílio-doença ao segurado que estiver incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Os laudos médicos particulares apresentados pelo Autor demonstram de forma inequívoca sua incapacidade laboral devido à gravidade da neoplasia maligna de laringe e aos episódios de desmaios.

3.2. Da Contradição no Laudo Pericial

O laudo pericial judicial apresenta contradições, pois reconhece a gravidade da doença, mas conclui que o Autor está apto para o trabalho. O princípio do in dubio pro misero, amplamente reconhecido pela jurisprudência, estabelece que, em casos de dúvida razoável sobre a incapacidade do segurado, a decisão deve favorecer o trabalhador.

3.3. Do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Negar o benefício ao Autor viola o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal. Privar o Autor de condições mínimas de subsistência compromete sua dignidade e afronta os fundamentos do Estado Democrático de Direito.

3.4. Da Valoração das Provas

O artigo 371 do Código de Processo Civil determina que o juiz deve valorar as provas de forma fundamentada, considerando o conjunto probatório. No presente caso, os laudos médicos particulares apresentados pelo Autor corroboram sua incapacidade laboral e devem prevalecer sobre o laudo pericial contraditório.

4. Jurisprudências

Decisões recentes reforçam o direito do Autor à concessão do benefício:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhece a prevalência de provas documentais sobre laudos periciais frágeis em casos de incapacidade laboral.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Destaca a importância da prova emprestada e de documentos médicos que comprovem a incapacidade.
  • TJSP - Apelação Acórdão/TJSP: Confirma que o teor conclusivo de laudos médicos particulares pode superar a presunção de legitimidade de atos administrativos.

5. Conclusão

Com base nos fatos e fundamentos expostos, conclui-se que o Autor preenche os requisitos legais para a concessão do benefício de auxílio-doença. A decisão de primeira instância deve ser reformada, assegurando ao Autor o acesso ao benefício desde a data do requerimento administrativo, com o pagamento das parcelas vencidas corrigidas e acrescidas de juros.

6. Pedidos

Requer-se:

  1. O não provimento do recurso inominado interposto pelo INSS;
  2. A reforma da sentença, com a concessão do benefício de auxílio-doença ao Autor;
  3. A condenação do INSS ao pagamento das parcelas vencidas, acrescidas de juros e correção monetária;
  4. A condenação do INSS ao pagamento de honorários advocatícios.

Por todo o exposto, requer-se a reforma da decisão, em atenção aos princípios constitucionais e à legislação previdenciária aplicável.


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