Modelo de Defesa Administrativa em Processo Disciplinar de Professor Concursado com Alegações Infundadas
Publicado em: 31/07/2024 AdministrativoConstitucional Direito PenalDEFESA ADMINISTRATIVA
Ilustríssimo Senhor Presidente da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar
PREÂMBULO
Processo Administrativo nº: [inserir número do processo]
Interessado: Professor C. E. da S.
Assunto: Defesa Administrativa contra denúncias caluniosas.
DOS FATOS
O Professor C. E. da S., concursado e atuante como professor do ensino médio e coordenador na instituição de ensino [nome da escola], foi alvo de denúncias graves e infundadas realizadas por sua esposa, Sra. M. F. de S. L., que também atua como professora temporária na mesma escola. As acusações imputadas ao defendente incluem:
- Prática de pedofilia contra uma aluna adolescente, com alegação de existência de áudio comprovando o fato;
- Imputação de homossexualidade como fator desabonador de caráter;
- Acusação de violência doméstica, com suposta medida protetiva em vigor;
- Histórico de violência e passagens pelo Tribunal.
A denunciante alega possuir um áudio no qual a aluna supostamente propõe um relacionamento amoroso com o professor, afirmando que este teria dito que ficariam juntos quando ela completasse 15 anos. Contudo, tal prova é inexistente e a acusação carece de qualquer fundamento fático ou jurídico.
Ressalta-se que os filhos do casal estão sob a guarda do defendente desde junho de 2023, por decisão judicial. Além disso, a denunciante possui histórico de transtorno bipolar, com registros de atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e duas tentativas de suicídio documentadas, o que compromete a credibilidade de suas alegações.
DO DIREITO
As acusações imputadas ao Professor C. E. da S. são infundadas e configuram clara tentativa de prejudicar sua reputação e carreira profissional. Passamos a analisar cada uma das acusações sob a ótica jurídica:
1. DA ACUSAÇÃO DE PEDOFILIA
A denunciante alega que o defendente teria praticado pedofilia contra uma aluna adolescente, baseando-se em um áudio cuja existência não foi comprovada. Tal acusação é grave e carece de qualquer respaldo probatório, violando o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da CF/88.
Ademais, a inexistência de provas materiais ou testemunhais que corroborem a denúncia impede qualquer conclusão desfavorável ao defendente. Conforme entendimento do STJ, "o acusado se defende dos fatos", sendo imprescindível a descrição detalhada e a comprovação dos ilícitos imputados (MS 21.721/DF/STJ, relator Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de 18/11/2022).
2. DA IMPUTAÇÃO DE HOMOSSEXUALIDADE
A orientação sexual do defendente, que é heterossexual, não interfere em sua conduta profissional ou moral. Mesmo que fosse homossexual, tal condição"'>...