Modelo de Embargos à Execução: Contestação de Honorários Abusivos, Juros Indevidos e Excesso de Penhora com Fundamentação no CPC/2015
Publicado em: 05/08/2024 Processo CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
EMBARGOS À EXECUÇÃO
EMBARGANTE: [Nome completo do embargante, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]. EMBARGADO: [Nome completo do embargado, qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência].
O EMBARGANTE, já qualificado nos autos da execução promovida pelo EMBARGADO, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 914 e seguintes do CPC/2015, opor os presentes EMBARGOS À EXECUÇÃO, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
Os presentes embargos à execução são apresentados tempestivamente, dentro do prazo legal, e instruídos com os documentos necessários, conforme determina o CPC/2015, art. 914, §1º.
DOS FATOS
O embargante foi surpreendido com a execução promovida pelo embargado, que tem como fundamento um contrato de prestação de serviços advocatícios. Contudo, o valor cobrado ultrapassa os limites legais e contratuais, havendo clara abusividade na fixação dos honorários advocatícios, que excedem o previsto no CPC/2015, art. 85, §2º. Além disso, foram incluídos juros indevidos, que não encontram respaldo no contrato ou na legislação aplicável, bem como houve excesso de penhora, comprometendo bens essenciais à subsistência do embargante e de sua família. Diante disso, o embargante busca a tutela jurisdicional para corrigir as irregularidades apontadas.
DO DIREITO
1. DA ABUSIVIDADE DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A cobrança de honorários advocatícios convencionados em percentual superior ao previsto em lei é ilegal. O CPC/2015, art. 85, §2º, estabelece critérios objetivos para a fixação de honorários advocatícios sucumbenciais, os quais devem observar o zelo do profissional, o lugar da prestação do serviço, a natureza e a importância da causa, o trabalho realizado e o tempo exigido. No caso em tela, o contrato prevê honorários em percentual exorbitante, o que contraria os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, além de configurar enriquecimento sem causa, vedado pelo CCB/2002, art. 884.
2. DOS JUROS INDEVIDOS
Os juros cobrados pelo embargado não possuem previsão contratual ou legal. O CPC/2015, art. 919, §1º, permite a suspensão da execução quando há indícios de cobrança indevida, como ocorre no presente caso. A ausência de cláusula contratual específica que autorize a incidência de juros sobre os valores cobrados torna a exigência ilegal, devendo ser afastada.
3. DO EXCESSO DE PENHORA
A penhora realizada pelo embargado recaiu sobre bens essenciais à subsistência do embargante, em flagrante violação ao CPC/2015, art. 833, que protege bens impenhoráveis. A execução deve observar os princípios da menor onerosi"'>...