Modelo de Embargos à Execução em Face da Caixa Econômica Federal com Fundamentação no CPC/2015 e Discussão sobre Excesso de Execução e Encargos Contratuais Abusivos
Publicado em: 13/06/2024 Processo CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: [inserir número do processo]
EMBARGANTE: [Razão Social da Sociedade Empresária, CNPJ, endereço completo, e-mail]
EMBARGADA: Caixa Econômica Federal - CEF, CNPJ, endereço completo, e-mail
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Por meio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, a sociedade empresária acima qualificada, com fundamento no CPC/2015, art. 914 e seguintes, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, opor os presentes EMBARGOS À EXECUÇÃO em face da execução promovida pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
Os presentes embargos são opostos no prazo legal, sendo tempestivos. O embargante, ciente da execução em curso, busca a tutela jurisdicional para discutir a validade e os valores exigidos no título executivo extrajudicial apresentado pela embargada.
DOS FATOS
1. A embargada ajuizou ação de execução em face do embargante, com base em dois contratos de empréstimo firmados entre as partes:
- Contrato 1: Empréstimo para capital de giro, sem destinação específica, no âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Empregos, com garantia do BNDES (Fundo Garantidor de Investimentos).
- Contrato 2: Empréstimo PJ com garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO).
2. O embargante reconhece a celebração dos contratos, mas contesta a forma como os valores foram calculados, bem como a aplicação de encargos contratuais que considera abusivos.
3. Além disso, o embargante aponta que a execução apresenta vícios formais e materiais, que comprometem a validade do título executivo e a exigibilidade dos valores cobrados.
DO DIREITO
1. DA EXCESSIVIDADE DOS ENCARGOS CONTRATUAIS
Os contratos firmados entre as partes preveem encargos financeiros que, no entendimento do embargante, são abusivos e desproporcionais. A taxa de juros pactuada, embora inferior à da Lei da Usura, deve ser analisada à luz do princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).
Ademais, a capitalização mensal de juros, embora permitida pela Lei 10.931/04, art. 28, §1º, deve estar expressamente pactuada, o que não ocorreu de forma clara nos contratos em questão. A ausência de clareza na pactuação viola o dever de informação previsto no CDC, art. 6º, III, aplicável de forma subsidiária.
2. DA GARANTIA DO BNDES E DO FGO
Os contratos foram firmados com garantias do BNDES e do FGO, que têm como objetivo mitigar os riscos da operação para o credor. Assim, eventual inadimplemento deveria ser compensado por essas garantias, reduzindo o montante exigido do embargante. A ausência de abatimento dos valores garantidos configura excesso de execução, nos termos do CPC/2015, art. 917, §1º.
3. DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
O embargante aponta que os valores cobrados pela embargad"'>...