Modelo de Embargos à Execução Fiscal com Alegação de Excesso de Execução por Pagamento Parcial Não Considerado
Publicado em: 09/03/2024 Processo Civil TributárioEMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ___
Embargante: [Nome completo da embargante, qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência].
Embargado: Município de ___, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na [endereço completo], inscrito no CNPJ sob o nº ___.
PREÂMBULO
A. J. dos S., já qualificada nos autos do processo de execução fiscal nº ___, que lhe move o Município de ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento no CPC/2015, art. 914 e seguintes, opor os presentes EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
DOS FATOS
A embargante foi surpreendida com a execução fiscal promovida pelo Município de ___, referente a débitos tributários de natureza fiscal. Contudo, a embargante já havia realizado o pagamento parcial da dívida antes do ajuizamento da execução, fato que não foi considerado pela municipalidade, que deixou de abater o valor pago no montante exequendo.
Tal conduta da Fazenda Pública configura evidente excesso de execução, conforme será demonstrado adiante, razão pela qual se faz necessária a oposição dos presentes embargos para a correção da irregularidade.
DO DIREITO
Nos termos do CPC/2015, art. 917, §1º, é cabível a oposição de embargos à execução para alegar excesso de execução, como ocorre no presente caso. A embargante realizou o pagamento parcial da dívida antes do ajuizamento da execução, o que deveria ter sido abatido do montante exequendo.
O princípio da causalidade, amplamente reconhecido no ordenamento jurídico, determina que aquele que deu causa à instauração do processo deve arcar com os ônus decorrentes. No caso em tela, a municipalidade, ao desconsiderar o pagamento parcial realizado pela embargante, deu causa à execução indevida do valor já quitado, violando, assim, o princípio da boa-fé objetiva.
Ademais, a execução fiscal deve observar os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade do título executivo, conforme disposto no CPC/2015, art. 783. A ausência de abatimento do valor pago compromete a liquidez do título exequendo, tornando-o ine"'>...