Modelo de Impugnação à Avaliação Indireta de Imóvel em Ação de Execução com Fundamentação no CPC/2015 e CF/88

Publicado em: 17/08/2024 Processo Civil
Petição apresentada por A. J. dos S., empresário, no âmbito de uma Ação de Execução, visando à anulação de avaliação indireta de imóvel realizada por corretores imobiliários indicados pela parte exequente. O documento destaca a ausência de elementos técnicos robustos na avaliação, requerendo a nomeação de perito judicial conforme o CPC/2015, art. 870, parágrafo único. Argumenta-se que a avaliação viola os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório (CF/88, art. 5º, LV). O pedido é embasado em jurisprudência relevante e inclui a solicitação de nova avaliação técnica e a condenação da parte exequente ao pagamento das custas periciais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: ___________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº ___________ e do CPF nº ___________, residente e domiciliado na Rua ___________, nº ___, Bairro ___________, Cidade ___________, Estado ___________, CEP ___________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico ___________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação de Execução movida por B. F. de S., apresentar:

IMPUGNAÇÃO À AVALIAÇÃO INDIRETA DE IMÓVEL

com fundamento no CPC/2015, art. 870, parágrafo único, e demais dispositivos aplicáveis, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de ação de execução em que foi determinada a penhora de um imóvel de propriedade do executado, localizado na Rua ___________, nº ___, Bairro ___________, Cidade ___________, Estado ___________, com área total de ___ m². Após a penhora, a avaliação do bem foi realizada de forma indireta, com base em laudos apresentados por corretores imobiliários indicados pela parte exequente.

No entanto, referidos laudos apresentam inconsistências e carecem de elementos técnicos robustos, tendo sido realizados de maneira superficial, sem acesso ao interior do imóvel e baseando-se apenas em características externas e comparações genéricas de mercado. Tal situação compromete a exatidão do valor atribuído ao bem, prejudicando o executado e colocando em risco a justa satisfação do crédito exequendo.

DO DIREITO

O CPC/2015, art. 870, parágrafo único, estabelece que a avaliação de bens penhorados será realizada por perito nomeado pelo juízo quando houver necessidade de conhecimento técnico especializado. No presente caso, a avaliação indireta realizada pelos corretores imobiliários não atende aos requisitos de precisão e imparcialidade exigidos para a correta valoração do imóvel.

A jurisprudência é pacífica ao reconhecer que, em situações que envolvem imóveis com peculiaridades ou características diferenciadas, a avaliação deve ser realizada por perito judicial, de modo a garantir a exatidão do valor atribuído ao bem e resguardar os interesses das partes envolvidas no processo.

Ademais, a avaliação realizada de forma indireta, sem acesso ao interior do imóvel, viola o princípio"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo uma simulação de voto do magistrado, fundamentado no documento fornecido e na legislação aplicável, em formato HTML:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de impugnação à avaliação indireta de imóvel apresentada pelo executado, nos autos da Ação de Execução movida pela parte exequente. A controvérsia reside na validade e adequação da avaliação indireta realizada por corretores imobiliários indicados pela exequente, que, de acordo com o requerido, carece de elementos técnicos robustos e foi realizada sem acesso ao interior do imóvel, comprometendo a exatidão de sua valoração.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, as decisões judiciais devem ser devidamente fundamentadas, expondo a correlação entre os fatos e o direito aplicável. Assim, passo à análise da impugnação à luz dos dispositivos legais e constitucionais pertinentes.

1. Da avaliação indireta e dos critérios técnicos

Conforme dispõe o art. 870, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, a avaliação de bens penhorados deve ser realizada por perito nomeado pelo juízo quando a situação exigir conhecimento técnico especializado. No presente caso, os laudos apresentados pelos corretores imobiliários indicados pela parte exequente não atendem aos requisitos de precisão e imparcialidade exigidos, tendo sido realizados de forma superficial e sem acesso ao interior do imóvel.

Tal conduta viola o princípio da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal de 1988, na medida em que impede o executado de contestar adequadamente os critérios utilizados para a valoração do bem, além de colocar em risco a justa satisfação do crédito exequendo.

2. Da jurisprudência aplicável

A jurisprudência dos Tribunais reforça a necessidade de maior rigor técnico na avaliação de bens penhorados quando há controvérsias quanto ao valor atribuído. Exemplos disso podem ser encontrados nas decisões do TJSP e do TJRJ:

  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP - "A avaliação de imóveis penhorados, quando impugnada e diante da necessidade de conhecimento técnico especializado, deve ser realizada por perito nomeado pelo juízo, nos termos do CPC/2015, art. 870, parágrafo único."
  • TJRJ (18ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJRJ - "A avaliação apresentada pela agravante carece de elementos técnicos robustos e de maior precisão, considerando que foi realizada de forma indireta, com sugestão de valor, e baseada em métodos genéricos de comparação com bens supostamente similares."

3. Da necessidade de uma avaliação imparcial

A avaliação de bens realizada por perito judicial, imparcial e devidamente nomeado pelo juízo, é a medida mais adequada para garantir a exatidão do valor atribuído ao bem e resguardar os interesses das partes. Tal nomeação se justifica, especialmente, quando a avaliação é impugnada com base em inconsistências técnicas, como ocorre no caso em questão.

Conclusão e Voto

Ante o exposto, julgo procedente a impugnação apresentada pelo executado e determino:

  1. A anulação da avaliação indireta realizada pelos corretores imobiliários indicados pela exequente, por ausência de elementos técnicos adequados.
  2. A nomeação de perito judicial para a realização de nova avaliação do imóvel penhorado, nos termos do art. 870, parágrafo único, do CPC/2015.
  3. A intimação das partes para a apresentação de quesitos e indicação de assistentes técnicos, caso desejem.

Por fim, determino que as custas e honorários periciais sejam arcados pela parte exequente, caso seja constatada a improcedência dos laudos apresentados.

Local e data: ____________

___________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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