Modelo de Mandado de Segurança com Pedido de Liminar para Recolhimento de ITBI com Base no Valor Efetivo da Transação

Publicado em: 10/06/2024 Tributário
Mandado de Segurança com pedido de liminar impetrado contra o Prefeito Municipal, visando à suspensão da exigência de recolhimento do ITBI com base no valor venal de referência estipulado pela Prefeitura. O pedido fundamenta-se nos princípios constitucionais da legalidade e capacidade contributiva, bem como no entendimento do STJ (Tema 1.113), que estabelece que a base de cálculo do ITBI deve ser o valor efetivo da transação. O documento expõe os fatos, argumentos jurídicos, jurisprudências aplicáveis e os pedidos específicos, incluindo a concessão de medida liminar e a confirmação da segurança para assegurar o direito do Impetrante.

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE __________

Impetrante: A. J. dos S.
Impetrado: Prefeito Municipal de __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal de 1988, e na Lei nº 12.016/09, impetrar o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

Em face do Prefeito Municipal de __________, com endereço na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Impetrante adquiriu um imóvel por meio de consórcio junto ao Banco Bradesco, pelo valor de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), conforme consta no contrato de compra e venda. Entretanto, ao buscar a lavratura da escritura pública de compra e venda, foi surpreendido com a exigência da Prefeitura Municipal para o recolhimento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) com base no valor venal de referência do imóvel, estipulado em R$ 326.702,00 (trezentos e vinte e seis mil, setecentos e dois reais), resultando em uma cobrança de R$ 7.270,49 (sete mil, duzentos e setenta reais e quarenta e nove centavos).

Tal exigência fere os princípios constitucionais da legalidade e da capacidade contributiva, além de desconsiderar o valor efetivo da transação imobiliária, que deve ser a base de cálculo do ITBI, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema 1.113.

DO DIREITO

O art. 38 do Código Tributário Nacional (CTN) estabelece que a base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Contudo, o valor venal deve ser entendido como o valor efetivo da transação, ou seja, o preço negociado entre as partes, e não um valor arbitrariamente fixado pelo Poder Executivo.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 150, inciso I, consagra o princípio da legalidade tributária, determinando que nenhum tributo será exigido ou aumentado sem lei que o estabeleça. A utilização de um "valor de referência" para o cálculo do "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Colegas, passo ao exame do mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por A. J. dos S. contra ato do Prefeito Municipal de __________, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

Dos Fatos

O Impetrante, ao adquirir um imóvel pelo valor de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), foi surpreendido pela exigência do recolhimento do ITBI com base no valor venal de referência do imóvel, estipulado pela municipalidade em R$ 326.702,00 (trezentos e vinte e seis mil, setecentos e dois reais), gerando uma cobrança de R$ 7.270,49 (sete mil, duzentos e setenta reais e quarenta e nove centavos). Argumenta que tal exigência viola os princípios constitucionais da legalidade e da capacidade contributiva.

É ponto de análise, portanto, a adequação do cálculo do ITBI ao valor efetivo da transação, em conformidade com o entendimento jurisprudencial consolidado.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 150, inciso I, consagra o princípio da legalidade tributária, determinando que nenhum tributo será exigido ou aumentado sem lei que o estabeleça. O Código Tributário Nacional (CTN), por sua vez, em seu art. 38, dispõe que a base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

Contudo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao decidir o Tema 1.113, firmou o entendimento de que a base de cálculo do ITBI deve ser o valor efetivo da transação ou o valor da arrematação em hasta pública, sendo vedada a utilização de valores de referência arbitrários.

Dessa forma, a atuação da Prefeitura Municipal ao exigir o recolhimento do ITBI com base em um "valor venal de referência" não previsto em lei afronta diretamente o princípio da legalidade tributária, além de desconsiderar o valor real da transação, o que contraria o entendimento consolidado pelo STJ.

Da Jurisprudência

A jurisprudência é clara em reconhecer o direito do contribuinte de recolher o ITBI com base no valor efetivo da transação. Exemplificativamente:

  1. TJSP - Apelação Acórdão/TJSP: "LIMINAR CONCEDIDA para garantir ao impetrante o direito de recolher o ITBI calculado sobre o valor efetivo da operação."
  2. STJ - Tema 1.113: "A base de cálculo do ITBI deve ser o valor efetivo da transação, sendo vedada a utilização de valores de referência arbitrários."

Conclusão

Diante do exposto, reconheço a violação do direito líquido e certo do Impetrante, pois, conforme se verifica, a base de cálculo do ITBI deve ser o valor efetivo da transação, de acordo com o art. 38 do CTN e o entendimento jurisprudencial fixado no Tema 1.113 do STJ.

Assim, voto no sentido de:

  1. Conhecer o mandado de segurança, dado que estão presentes os requisitos de admissibilidade;
  2. Conceder a segurança pleiteada, confirmando a liminar, para assegurar ao Impetrante o direito de recolher o ITBI com base no valor efetivo da transação, qual seja, R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais);
  3. Determinar à autoridade coatora que se abstenha de exigir o recolhimento do imposto com base no valor venal de referência, sob pena de multa diária em caso de descumprimento;
  4. Condenar a autoridade coatora ao pagamento das custas processuais.

Em razão do exposto, julgo procedente o pedido.

Termos Finais

É como voto.

__________, ___ de __________ de 20___.

___________________________________________
Magistrado


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