Modelo de Manifestação com Pedido de Reparcelamento em Execução Fiscal promovida pela União

Publicado em: 21/06/2024 Tributário
Pedido de manifestação apresentado por empresa devedora em execução fiscal promovida pela Fazenda Nacional, solicitando reparcelamento de débitos tributários inscritos em dívida ativa. A peça fundamenta-se no art. 151, VI, do CTN, na Lei 10.522/2002 e em jurisprudência do STJ, requerendo a suspensão da execução fiscal, a concessão do reparcelamento e a liberação de eventuais bloqueios de valores. O documento destaca a viabilidade jurídico-legal do reparcelamento como instrumento de regularização e eficiência na arrecadação tributária, em consonância com os princípios de razoabilidade e continuidade da atividade empresarial.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO

Processo nº: [inserir número do processo]

PREÂMBULO

[Nome da empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [inserir CNPJ], com sede na [endereço completo], neste ato representada por seu advogado, [nome do advogado], inscrito na OAB/UF sob o nº [número da OAB], com endereço profissional na [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da EXECUÇÃO FISCAL promovida pela UNIÃO (FAZENDA NACIONAL), apresentar MANIFESTAÇÃO COM PEDIDO DE REPARCELAMENTO, com fundamento no art. 151, VI, do CTN, art. 10 da Lei 10.522/2002 e demais dispositivos aplicáveis, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A presente execução fiscal foi ajuizada em razão de débitos tributários inscritos em dívida ativa, os quais foram objeto de parcelamento anterior pela empresa executada. No entanto, por dificuldades financeiras supervenientes, a empresa deixou de adimplir algumas parcelas, o que resultou na exclusão do parcelamento e no prosseguimento da execução fiscal.

A empresa, contudo, já realizou o pagamento de parte significativa do débito e, atualmente, encontra-se em condições de regularizar sua situação fiscal mediante a adesão a novo parcelamento, conforme permitido pela legislação tributária vigente.

DO DIREITO

Nos termos do art. 151, VI, do CTN, o parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário, sendo um instrumento legítimo para a regularização de débitos fiscais. A legislação aplicável, especialmente a Lei 10.522/2002, prevê a possibilidade de reparcelamento, desde que atendidos os requisitos legais.

O parcelamento fiscal, além de ser um direito do contribuinte, constitui uma medida de eficiência na arrecadação tributária, conforme reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento do Tema 997. A Corte Superior firmou o entendimento de que o parcelamento simplificado e suas condições podem ser regulamentados por atos infralegais, desde que não prejudiquem o contribuinte.

Ademais, o reparcelamento é uma medida que atende aos princípios da razoabilidade e da eficiência administrativa, permitindo que o contribuinte regularize sua situação fiscal sem comprometer a continuidade de suas atividades empresariais.

JURISPRUDÊNCIAS

A jurisprudência do ...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de execução fiscal promovida pela União (Fazenda Nacional) em face da empresa [Nome da Empresa], inscrita no CNPJ sob o nº [inserir CNPJ]. A presente demanda tem como objeto débitos tributários inscritos em dívida ativa, que foram inicialmente objeto de parcelamento. Contudo, em razão de dificuldades financeiras, a empresa deixou de adimplir algumas parcelas, resultando na exclusão do parcelamento e no prosseguimento da execução fiscal.

A parte executada requer a suspensão da execução fiscal e a concessão de novo parcelamento, com fundamento no art. 151, VI, do CTN e na Lei 10.522/2002, alegando que atualmente dispõe de condições para regularizar sua situação fiscal.

Voto

A presente controvérsia refere-se à possibilidade de deferimento do reparcelamento requerido pela executada e à consequente suspensão da execução fiscal nos termos do art. 151, VI, do Código Tributário Nacional (CTN).

1. Análise dos Fatos

Verifica-se que a empresa executada, apesar de sua inadimplência em relação ao parcelamento anterior, demonstra intenção de regularizar suas pendências fiscais por meio de adesão a novo parcelamento, conforme permitido pela legislação tributária vigente.

Além disso, a empresa traz elementos que indicam a existência de dificuldades econômicas supervenientes, as quais justificam a necessidade de reparcelamento, medida que preserva a continuidade de suas atividades e, ao mesmo tempo, atende ao interesse público de arrecadação tributária.

2. Fundamentação Jurídica

Nos termos do art. 151, VI, do CTN, o parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário, sendo um instrumento legítimo para a regularização de débitos fiscais. A Lei 10.522/2002, que regula o parcelamento no âmbito federal, prevê expressamente a possibilidade de reparcelamento, desde que atendidos os requisitos nela estabelecidos.

O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Tema 997, consolidou o entendimento de que o parcelamento constitui uma ferramenta de eficiência na arrecadação tributária, sendo legítima sua regulamentação por atos infralegais, desde que respeitados os direitos do contribuinte.

Ademais, o princípio da razoabilidade, previsto implicitamente na Constituição Federal de 1988, impõe que a Administração Pública adote medidas proporcionais e adequadas para a solução de conflitos tributários, especialmente em casos como o presente, onde a concessão do reparcelamento não apenas beneficia o contribuinte, mas também garante o interesse público na recuperação do crédito fiscal.

3. Aplicação do Direito aos Fatos

Considerando que a empresa executada já efetuou o pagamento de parte significativa do débito e atualmente demonstra condições de aderir ao novo parcelamento, entendo que estão preenchidos os requisitos legais para o deferimento do pedido de reparcelamento, nos termos do art. 151, VI, do CTN e da Lei 10.522/2002.

A suspensão da exigibilidade do crédito tributário é medida que se impõe, tendo em vista que o parcelamento, além de ser um direito do contribuinte, constitui instrumento de eficiência administrativa para a recuperação de créditos fiscais.

4. Jurisprudência Aplicável

Em reforço ao posicionamento acima exposto, destaco os seguintes precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ):

  • Tema 997/STJ: "O estabelecimento de teto para adesão ao parcelamento simplificado, por constituir medida de gestão e eficiência na arrecadação e recuperação do crédito público, pode ser feito por ato infralegal, nos termos do CTN, art. 96, excetuando-se a hipótese em que a lei em sentido estrito definir diretamente o valor máximo e a autoridade administrativa, na regulamentação da norma, fixar quantia inferior à estabelecida na lei, em prejuízo do contribuinte." (REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Herman Benjamin, DJ 01/07/2024).
  • Tema 1.012/STJ: "O bloqueio de ativos financeiros do executado via sistema BACENJUD, em caso de concessão de parcelamento fiscal, seguirá a seguinte orientação: (i) será levantado o bloqueio se a concessão é anterior à constrição; e (ii) fica mantido o bloqueio se a concessão ocorre em momento posterior à constrição, ressalvada, nessa hipótese, a possibilidade excepcional de substituição da penhora online por fiança bancária ou seguro garantia." (REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJ 14/06/2022).

5. Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pelo deferimento do pedido formulado pela empresa executada, para:

  1. Suspender a execução fiscal nos termos do art. 151, VI, do CTN;
  2. Determinar à União (Fazenda Nacional) que se manifeste quanto aos requisitos e condições para concessão do reparcelamento;
  3. Autorizar o reparcelamento dos débitos tributários, caso preenchidos os requisitos legais, promovendo a regularização fiscal da empresa.

É como voto.

Simulação de voto elaborada para fins acadêmicos e ilustrativos, com base na legislação e jurisprudência aplicáveis.

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