Modelo de Manifestação em Ação de Obrigação de Fazer e Indenização por Danos Morais Contra Cobrança Indevida e Litigância de Má-Fé

Publicado em: 10/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Documento jurídico que apresenta uma manifestação em defesa da autora, em ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais contra a VIVO S.A. O caso envolve cobrança indevida, inclusão do nome da autora em cadastros de inadimplentes e alegações depreciativas apresentadas pela ré. A autora requer a exclusão definitiva de seu nome dos cadastros, condenação da ré por litigância de má-fé, indenização por danos morais e pagamento das custas processuais. Fundamentada no Código Civil, Constituição Federal, Código de Defesa do Consumidor e jurisprudência aplicável.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

PREÂMBULO

A., brasileira, estado civil, profissão, portadora do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliada na __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na __________, endereço eletrônico __________, nos termos do CPC/2015, art. 319, apresentar sua MANIFESTAÇÃO em face da petição protocolada pela VIVO S.A., pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS

A autora ajuizou ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais em face da ré, VIVO S.A., requerendo a exclusão de seu nome dos cadastros de inadimplentes, bem como a reparação pelos danos morais sofridos em razão de cobrança indevida.

Em sua defesa, a ré apresentou petição depreciativa, alegando que a autora agiu com má-fé, utilizando uma certidão do SERASA para afirmar que a autora possui péssima reputação e é devedora contumaz, citando diversas empresas em que a autora teria praticado inadimplência.

Contudo, a própria SERASA emitiu nova certidão, na qual afirma que a autora não possui débitos pendentes e que todas as restrições foram excluídas, desmentindo as alegações da ré.

DO DIREITO

A conduta da ré ao imputar à autora a pecha de má-fé e devedora contumaz configura abuso de direito, nos termos do CCB/2002, art. 187, uma vez que extrapola os limites da boa-fé objetiva e da função social do contrato, princípios basilares do ordenamento jurídico brasileiro.

A inclusão indevida do nome da autora nos cadastros de inadimplentes viola o direito à honra e à dignidade, protegidos pela CF/88, art. 5º, X. Além disso, a conduta da ré contraria o CDC, art. 42, parágrafo único, que prevê a reparação em dobro dos valores cobrados indevidamente, acrescidos de juros e correção monetária.

Ademais, a tentativa da ré de desqualificar a autora com base em informações inverídicas configura litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 80, II e III, sendo passível de sanção processual.

DO ABALO MORAL

A jurisprudência pátria reconhece que a inclusão indevida do nome de um consumidor nos cadastros de inadimplentes gera dano moral in re ipsa, ou seja, prescinde de comprovação de prejuízo concreto, conforme entendimento c"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais ajuizada por A., em face de VIVO S.A., requerendo a exclusão de seu nome dos cadastros de inadimplentes, bem como a reparação pelos danos morais sofridos em razão de cobrança indevida.

Em sua contestação, a ré alegou má-fé por parte da autora, anexando certidão que apontava inadimplências passadas. Contudo, foi apresentada certidão atualizada do SERASA, que desmentiu as alegações da ré, confirmando que inexistem débitos pendentes em nome da autora.

FUNDAMENTAÇÃO

O direito à honra e à dignidade está consagrado no art. 5º, X, da Constituição Federal de 1988, sendo inviolável. A conduta da ré ao imputar à autora a pecha de má-fé, utilizando-se de informações inverídicas, caracteriza abuso de direito, conforme disposto no art. 187 do Código Civil.

Ademais, a inclusão indevida do nome da autora nos cadastros de inadimplentes, quando ausente débito legítimo, afronta diretamente o art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, que prevê a reparação em dobro de valores cobrados indevidamente.

Configura-se ainda litigância de má-fé por parte da ré, nos termos do art. 80, incisos II e III, do CPC/2015, ao tentar desqualificar a autora por meio de informações sabidamente inverídicas, comprometendo a boa-fé processual.

A jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça reforça que a inclusão indevida do nome do consumidor em cadastros de inadimplentes gera dano moral in re ipsa, dispensando a comprovação de prejuízo concreto. A violação à honra subjetiva e objetiva da autora é evidente e deve ser reparada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, passo ao julgamento:

Julgo procedente o pedido inicial para:

  1. Determinar a exclusão definitiva do nome da autora dos cadastros de inadimplentes;
  2. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir da data desta decisão e acrescidos de juros legais desde a citação;
  3. Condenar a ré por litigância de má-fé, impondo multa de 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 81 do CPC/2015;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

____________________________
Magistrado(a)
Vara Cível da Comarca de __________


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