Modelo de Manifestação em face do INSS contestando desistência unilateral de acordo homologado e RPV expedida
Publicado em: 16/02/2025 Processo CivilEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCAL]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
PREÂMBULO
N. M. B., brasileiro, estado civil [especificar], profissão [especificar], portador do CPF nº [inserir], residente e domiciliado à [endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, apresentar a presente MANIFESTAÇÃO, em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal, com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor ajuizou ação previdenciária pleiteando a concessão de aposentadoria, tendo obtido decisão favorável em primeira instância. Contudo, em sede de recurso, a decisão foi reformada, sendo julgado improcedente o pedido do Autor.
Após o trânsito em julgado, os autos retornaram à origem, ocasião em que o INSS, por iniciativa própria, reconheceu o direito do Autor a uma indenização e propôs acordo, solicitando a homologação judicial, caso o Autor concordasse. O Autor manifestou sua concordância com a proposta e, após a apresentação da planilha de cálculos, o Juízo homologou o acordo e expediu a Requisição de Pequeno Valor (RPV).
No entanto, após a expedição da RPV, o INSS apresentou petição requerendo o cancelamento do pagamento, sob a alegação de que o Autor não teria direito à aposentadoria e, consequentemente, à indenização, pretendendo, assim, desistir do acordo já homologado.
DO DIREITO
Inicialmente, é importante destacar que o acordo judicial homologado possui força de título executivo judicial, conforme preceitua o CPC/2015, art. 515, III. Assim, a desistência unilateral do acordo por parte do INSS, após sua homologação e a expedição da RPV, configura violação à segurança jurídica e ao princípio da boa-fé objetiva, ambos pilares do ordenamento jurídico brasileiro.
O princípio da boa-fé objetiva, consagrado"'>...